Música, por favor
Uma vez mais aqui, Oleta Adams - Get here
Por volta da três e tal da manhã, Miguel ainda dizia poemas num sussurro, quase ao ouvido de uma Eva quase anestesiada (para não dizer inebriada, que poderia parecer excessivo),
eu gostava de poder dizer
que entrei no teu corpo como um pássaro
espreitando de invisíveis ruínas
e que o som da tua voz bastava
para me salvar
Eva respondia, num sopro muito leve, um segredo quase silencioso:
a língua sobre a pele o arrepio
os teus dedos nas escadas do meu corpo
as lâminas do amor o fogo a espuma
a transbordar de ti na tua fuga
E depois, interrompendo-se: 'Olha, e por tua fuga....'.
Miguel interrompeu-a a ela e,
apoiado sobre um cotovelo, deitado de lado enquanto passava a mão pela pele macia
da anca de Eva, também deitada de lado, perguntou simplesmente: ‘Antes da minha fuga, diz-me lá então, femme fatale,
em que é que ficamos?’.
Eva, ensonada, espreguiçando-se como uma gata, nua, madura, roliça: ‘Pois olha, nem sei que te diga… Era uma maçada desmarcar tudo em cima da hora, não é…?’ e bocejava. ‘Também, verdade seja dita, que fizeste a minha vontade durante tantos anos, vivendo amancebado quando querias tudo certinho, de papel passado, que também te posso, agora, dar uma colherzita de chá.’
Miguel sorriu condescendente,
‘Ok, eu sou um menino de província, querendo tudo certinho e tu és uma libertina do
caraças que vai assentar… é isso então? Ou seja, mantém-se o casório. Toda esta cena era,
portanto, totalmente escusada’, mas o tom de voz, se era cansado, era também de quem apenas constatava um facto,
não de quem censurava.
Eva, já quase a dormir: ‘Ou
seja, não apreciaste a despedida de solteiro.’
Miguel, já também quase a
dormir: ‘Não, não apreciei nada… Vinha para uma despedida de solteiro e em vez
de uma miúda nova a sair de dentro de um bolo ou coisa do género, saíu-me a fava, ou seja, a mãe da miúda’.
Eva fez-lhe uma festa nos
pelos do peito, já meio grisalhos: ‘Pois foi, não correu nada bem. A mim, que gosto de polícias musculados que fazem striptease, apareceu-me um médico grisalho e que, ainda por cima, não vinha de bata branca nem de estetoscópio ao peito...'
'Não vinha de estetoscópio ao peito... mas...', ia Miguel gracejar, mas Eva interrompeu-o: 'Estou com sono, deixa-te de parvoíces. Agora vá, vai-te lá embora para casa do filho que eu
ainda quero ver se durmo alguma coisa. Se é para ser à antiga portuguesa, que
seja mesmo, não podemos dormir juntos na última noite. Vai.’
Era já meio dia quando Eva acordou
descontraída, muito bem disposta. Telefonemas e mais telefonemas a
perguntarem-lhe se ainda não tinha desistido, se estava nervosa, que ainda
estava a tempo de fugir, etc e tal. A indecisão, a neura, a inquietação, tudo tinha desaparecido. As longas asas do arcanjo Miguel operam milagres em Eva.
Um pouco depois, a filha chegou com sacos de
roupas, de sapatos, de make up, com o bouquet, num entusiasmo: ia casar a mãe.
A cerimónia seria o mais
simples possível, pouquíssimas pessoas - mas tinham combinado que a produção
individual seria tipo red carpet. Ao longo da semana experimentaram penteados, viram como se conjugava o penteado com o vestido, com os sapatos, com possíveis jóias. A filha analisava, fotografava de frente, de lado, de trás, sugeria alterações e Eva fazia o mesmo. Divertiam-se como duas miúdas.
Uma das jóias e toilettes testados |
Almoçaram sopa, salada,
iogurtes, fruta, para irem leves mas sem fome. Depois ajudaram-se mutuamente com
a opção aprovada para a toilette, para o penteado, para a maquilhagem. Eva, wild girl, não gosta de grandes penteados, coisas complicadas, ar muito arranjadinho. A filha também não. E estava linda, a filha, linda, linda. O que ela gostou de pentear a filha que tem uma bela cabeleira, forte, com um belo ondulado natural. Que linda ia a sua menina mais linda.
Eram seis e tal da tarde
quando saíram. Por essa hora, já Eva estava um bocado nervosa, estas coisas dão-lhe sempre um friozinho no
estômago, um aceleramento nas pulsações.
A filha ia numa alegria
desbragada, fazia telefonemas, mandava e recebia sms em contínuo, trocava
impressões com o irmão e depois dava testemunho: ‘O pai está num stress, há
mais de uma hora que está pronto, não pára sossegado.’ Depois coordenava-se
para garantir que ela e a mãe seriam as últimas a chegar.
Quando lá chegaram,
trocaram de posições. O filho entraria com ela, a filha iria para o pé do pai, esperar pela mãe.
Depois trocariam de novo, uma coreografia que, entre eles, engendraram.
Se a música lá de cima já acabou, então, por favor, agora esta
Katie Melua e Eva Cassidy - What a wonderful world
Quando ela entrou com o filho, emocionou-se. O filho estava lindo, alto, compenetrado, emocionado, o seu menino querido, e ela só lhe apetecia fazer um miminho ao seu menino lindo, que belo homem estava. Levava-a pelo braço e sorria-lhe, uma lagrimita no canto do olho, o seu menino querido. E Eva quase a desmanchar-se, que Eva é assim.
Depois viu Miguel, lindo também, sorrindo, comovido. Miguel sorria-lhe, olhava-a enlevado, via-se que estava embevecido, que estava apaixonado. E ela sorria-lhe também, à beira das lágrimas, rendida, apaixonada também.
Depois, a seguir - diz quem lá estava - que nunca viu coisa assim.
Os poemas são, na verdade, excertos de poemas de Alice Vieira in 'Dois corpos tombando na água'.
E, por poesia, hoje lá no meu Ginjal e Lisboa, a love affair, escrevo umas palavras que voam sobre um excerto de um dos poemas que mais indelevelmente me marcaram, 'Mulheres correndo na noite' de Herberto Helder. Jessye Norman acompanha com 'D'amour l'ardente flamme' de Berlioz, um luxo. Gostava de vos ter também por lá..
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Os poemas são, na verdade, excertos de poemas de Alice Vieira in 'Dois corpos tombando na água'.
E, por poesia, hoje lá no meu Ginjal e Lisboa, a love affair, escrevo umas palavras que voam sobre um excerto de um dos poemas que mais indelevelmente me marcaram, 'Mulheres correndo na noite' de Herberto Helder. Jessye Norman acompanha com 'D'amour l'ardente flamme' de Berlioz, um luxo. Gostava de vos ter também por lá..
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E, por hoje, é isto. Tenham, meus Caros, uma bela quinta feira. E divirtam-se que não há coisa melhor que estarmos bem, felizes, divertidos.
E, meus Amigos, se me permitem, deixem-se ficar agora aqui mais um pouco, a ouvirem o What a wonderful world até que se entranhe bem na vossa pele, no vosso sangue. É que, apesar de tudo, meus Caros, que belo mundo é este.
Belo "post" este, principalmente pelo sentido da vida: Feliz. Aliás, toda a história de Eva é uma celebração do estar de bem com a vida, sem lamentações, incomum nas histórias contadas na vida ou na ficção. Estou a apreciar, às vezes não sei o que dizer, pois estou mais habituada a histórias dilaceradas, ou até trágicas.
ResponderEliminarEva é uma mulher admirável. Não compreendo a sua relutância em "casar", pois se já o era, de facto.
É sim, o mundo ainda tem coisas belas.
ResponderEliminarFico a torcer para que Eva não desista e nunca precise de se arrepender.
Que seja como a sua amiga Maria, cuja história achei um encanto.É bom conhecer histórias assim.
Um abraço
Jeitinho amiga:
ResponderEliminarEstou desde manhã em pulgas, para ver o que ia acontecer. Estive toda a noite, sem electricidade, de manhã ligaram um gerador barulhento, para dar luz ao bairro. A Net foi-se e, só agora voltou.
Ora bem: a despedida correu bem.
Eva resolveu fazer de Miguel, um homem honesto, casando com ele.
Gostei da cumplicidade entre mãe e filha. Foi bonito.
Quando chegou à hora de ela entrar, lembrei-me que, quando me casei, o meu pai fez questão que eu entrasse no Registo Civil, pelo seu braço. Lembrei-me do casamento do meu filho, que entrou na Sé de Lamego, pelo meu braço e...chegaram-me as lágrimas aos olhos. O beijo que me deu, quando chegámos ao altar, foi doce, como sempre, o "Gosto muito de ti mãe", mais doce ainda.
A Mary que não liga ao casamento, tem destas lamechices.
A música, a poesia da minha Alicinha, tudo lindo.
O Rufino que não fique zangado. Conheço bem o Miradouro de que ele fala. Sou capaz de estar lá, horas.
E quanto às perdizes, noutras circunstâncias, iria adorar. Gosto imenso de perdizes.
Espero que esteja melhor. De qualquer modo, vá ao médico.
Beijinhos e as melhoras
Mary
Estimada Mary (e UJM)!
ResponderEliminarNão, não, jamais zangado! Como e porquê? Tenho muita consideração pela autora deste Blogue. Que, tal como Eva, é mulher de fibra (culta, inteligente e com personalidade bem acentuada) – sente-se!
Ainda bem que alguém conhece e já lá esteve a deleitar-se com aquela maravilhosa paisagem, vista do Miradouro de São Salvador do Mundo. Aquilo é espantoso!
À medida que a vida passa, vamos gozando a mesma com aquilo que dela vamos retirando e aprendendo. Estas pequenas coisas, mas importantes, como saber, querer, gostar, de conviver com amigos e familiares, de cozinhar para eles, etc, vão tendo um papel cada vez mais relevante nas relações pessoais.
Voltando ao Douro, ali há tanta maravilha por redescobrir!
Ah, mil desculpas pela minha insensibilidade, Estimada UJM, mas está melhor? Já o devia ter perguntado há mais tempo. Nós homens somos, por vezes, uns “mentecaptos”! Nunca, ou tardiamente, nos lembramos de vós, mulheres! Penetencio-me!.
Hoje, vou, ao contrário do habitual, mais cedo ter com Morfeu. Amanhã, só chatices, so to say!
P.Rufino
PS: depois de ouvir ontem (na TV) o homem da Medis, o actual Ministro da Saúde, fiquei de tal forma mal disposto que só me apetecia...
Olá Leitora Contemplativa,
ResponderEliminarGostei de ler o seu comentário.
Estar de bem com a vida, celebrá-la a cada instante - apesar das circunstâncias, apesar de momentos de quebra - é 'o' grande desafio da existência (acho eu).
Está-me a dar prazer escrever sobre pessoas que não se amarguram, não se fecham, não voltam para trás, não se vingam - e estou a referir-me aos dois, a Eva e a Miguel porque já relatei situações em que um dos dois (especialmente ele) poderia amuar, ter reacções que iriam prejudicar o relacionamento e, no entanto, tudo isso é relevado por contrapartida do que há de bom ainda para viver.
Ser amargurado, sentir-se vítima, coisas do género, tudo isso é fácil. Isso é, aliás, o mais comum. Difícil é conseguir ultrapassar e seguir em frente, sempre com total disponibilidade para viver tudo como se fosse a primeira vez.
Acho eu e se sou livre de escrever sobre o que me apetece, que seja sobre coisas que me agradam.
Porque é que ela não quer casar? Porque casar (=contrato, =cumprir a tradição, =evitar censuras alheias) para ela é uma coisa desnecessária e não gosta de fazer coisas desnecessárias ou de fazer coisas apenas porque respeitam convenções. Acho eu que é por isso (não pensei no assunto ao escrever, saíu-me assim) mas, se for, percebo-a.
Olá Isabel das palavras por aqui e por ali e sempre por aí,
ResponderEliminarFico contente que a 'boa onda' destes dois (Eva e Miguel) passe para quem lê sobre eles. São pessoas positivas, divertidas que, apesar de terem os seus momentos menos bons, os ultrapassam a bem do amor entre os dois.
Do que tenho lido à Mary, é um caso de amor. É uma mulher apaixonada, fantástica, frontal - uma mulheraça de armas e uma mãe e avó babada. é sempre bom saber-se de casos de paixão, amor e companheirismo.
Obrigada, Isabel e um abraço.
Olá Mary,
ResponderEliminarFoi uma despedida em grande estilo que, na recta final, até meteu poesia dita em sussurro (a poesia da Alice Vieira é uma maravilha).
A entrada para casar de um filho ou de uma filha são momentos de grande emoção, de lágrimas nos olhos, de felicidade destilada, momentos de grande beleza emocional. No caso dos meus foi, também, muito bonito. Já aqui descrevi (em vários episódios) os momentos que precederam o casamento dela e o casamento propriamente dito.
O do meu filho foi também uma beleza, uma alegria, os dois apaixonados, muitos amigos muito divertidos, uma grande festa.
Claro que, em ambos os casos, não me contive, nestas situações é escusado tentar conter-me (apesar de muito avisada para não 'dar barraquinha'...)
Imagino a Mary também toda babada com o seu filho.
Mas esse miradouro de que falam deve ser extraordinário. Estou desejando ir para esses lados para o ir ver.
Quanto às costas, aquelas bombas malvadas parece que estão a fazer efeito (apesar das horas de carro). Se não me puser boa vou mesmo ao médico.
Um beijinho (e obrigada pelo carinho), Mary!
Olá P. Rufino,
ResponderEliminarMuito obrigada pelas palavras simpáticas. Não sei se será tudo completamente assim mas gosto de as ouvir pelo que fico com elas, não as rejeito.
Concordo muito consigo, P. Rufino. A vida é uma coisa boa (apesar de as circunstância, por vezes, lhe retirarem alguma graça) e quanto mais vivemos mais a sabemos apreciar: um sorriso, uma palavra, um gesto, uma boa conversa, um bom petisco, cozinhar e servir uma refeição que agrada aos amigos, uma boa música - tudo pequenas coisas que contribuem, e muito, para que nos sintamos bem. É o que mais nos fica, os bons momentos. É o que importa: o afecto, a partilha. E o apreço pelas coisas belas - uma vista de cortar a respiração, um recanto aconchegante, um bom filme, um bom livro, uma pintura, uma escultura, um jardim.
Quanto á minha maleita, não se penitencie, P. Rufino, que acho que não é nada de grave nem eu levo muito a sério isto (aliás, sento-me aqui a escrever e nem me lembro - desde que não rode, não estique o braço para apanhar um livro mais distante, não me curve, etc). Como estou habituada a ser saudável (noc,noc, noc, já bati três vezes na madeira), fico empenada e com dores e ponho-me a falar disto aqui como se fosse alguma coisa de grave. Devo ter dado algum mau jeito ou coisa do género e a coisa foi alastrando (acho eu).
Nem me vou pronunciar sobre o Ministro da Doença para não ficar pior.
Espero que o seu dia não seja tão pesado como receia. As sextas feiras devem ser, psicologicamente falando, uma quase antecipação do fim de semana.
Cara UJM:
ResponderEliminarDepois dos “jeux d’amour” e das provocações, Eva rende-se.
Inteligente, sabe que não pode ficar presa a radicalismos. No amor, como na vida, ão se deve forçar muito. É melhor que tudo suceda naturalmente, como os frutos maduros.
E lá vai com um sorriso de ave, comovida, embevecida, romântica, como a maioria das Evas, dizer o sim.
Mas empreendedora como é, e, recordando os últimos versos que Miguel lhe declamou, já está a pensar escrever um livro sobre os segredos de um casamento feliz.
No meu tempo de menina as histórias acabavam sempre “casaram e foram felizes para sempre” e ainda hoje, romântica, adoro finais felizes e acredito que há casamentos que serão para sempre e casais que sobrevivem apesar das falhas, dos defeitos e quedas. Sabem reinventar-se e ficam prontos a ser felizes para sempre!
Estou a criar a minha história para que acabe como as histórias da minha infância.
(e desculpem-me o desabafo, estou mesmo lamechas, mas não resisto a uma história de um grande amor)
Para todos a wonderful world
E tenha dias Felizes
Leanor formosa e segura
Minha Amiga:
ResponderEliminarAntes de mais, dê-me licença, que agradeça à Isabel e amigo Rufino, as palavras que me dirigiram.
Agora nós. Que anda a tomar agora? Vá ao médico. Não a quero doente. Lembre-se que temos uma empresa para montar.
Hoje estou um bocadinho apressada. Foi um dia de trabalho chato, com a luz a faltar, as máquinas a parar e, no fim, a cereja em cima do bolo: Faltou a água.
A empregada a protestar, o meu marido farto de a ouvir, eu a fazer de conta que tudo se ia resolver e, que estava muito calma. Por fim, tudo entrou nos eixos. Com calma, boa disposição e estupidez natural, tudo coisas que possuo, tudo se resolveu.
Amanhã, logo se vê.
Vá ao médico. Outra das minhas manias, é ser teimosa.
Beijinhos
Mary
Cara UJM:
ResponderEliminarDepois de ler os posts de P Rufino e da Mary não resisti a dar a minha opinião sobre São Salvador do Mundo.
Sou suspeita, ao falar destes lugares, porque tenho o privilégio de ter nascido neste sítio,(já o disse aqui) onde corre o rio mais belo do mundo. Por isso, não posso estar mais de acordo com P Rufino e com a Mary - S. Salvador do Mundo, São Leonardo de Galafura são miradouros da região douriense de onde se abarca a incomensurável beleza da paisagem. Mas “quem subir ao alto de Vargelas ficará com a certeza que chegou ao ponto mais belo do céu. O Douro visto daquele píncaro é o Paraíso prometido”
Sem dúvida, um lugar a visitar, em qualquer altura do ano, mas particularmente nos meses de setembro/outubro.
Leanor formosa e segura
Leanor, formosa, segura, eva,
ResponderEliminarPois é bem isso. Qual é a Eva, mulher muito mulher, que não usa a sua inteligência, intuição e feminilidade, fazendo de tudo para ser feliz?
Disse-o muito bem, Leanor-Eva, concordo plenamente com isso: nada de coisas forçadas, de receitas, de bons comportamentos convencionais só para as aparências, nada que não apenas o que vem naturalmente, como (usando a sua analogia) como o amadurecimento natural dos frutos.
E que a vida seja uma coisa boa, que apeteça festejar - que a vida é curta e é estupidez desperdiçá-la.
Que o seu arcanjo tenha umas longas asas para a abraçar e que a sua história seja também sempre emocionante e feliz, Leanor-Eva.
E que viva dias maravilhosos!
Leanor,
ResponderEliminarEra para ter comentado no mesmo mas passou-me: mas será possível que afinal toda a gente conheça esses miradouros menos eu...?
Isso é para me fazerem sentir uma infeliz criatura...?
Não quererão então dar coordenadas mais precisas que já estou a ver que se justifica uma vista especial para ir visitar os mais belos miradouros do mundo?
Para quem vá do Sul, qual a ordem a seguir e onde ficam? Dentro de pouco tempo vou ter um festejo especial e a ocasião talvez requeira sítios românticos como esses.
Agradeço desde já.
Mary,
ResponderEliminarQuando a coisa dá para descarrilar em casa, ou se avariam as máquinas umas a seguir às outras, ou pinga a torneira, ou entorna a água, ou o balde cheio de água se vira, e é um festival. Deve ser essa onda que se abateu na sua casa. Só espero que amanhã já esteja tudo calmo.
Hoje já me recomendaram um médico de clínica geral e também um osteopata. Se eu amanhã não estiver bem, vou ao médico. E digo isto porque não sei se é do efeito dos comprimidos que agora estou a tomar ('Airtal' - e que nem sei se são indicados ou se isto era mais para Buscopan ou coisa do género só que não tenho cá nada disso) mas parece que já estou a ficar melhor.
Só espero que não esteja nenhum médico a ler estes comentários... Se eu lesse isto noutro lado atirava as mãos à cabeça com a estupidez que é fazer automedicação - mas tenho andado com tanto que fazer que não tem dado para perder uma manhã ou uma tarde. Além disso, estando uma pessoa cheia de dores, como é que tem ânimo para andar a atravessar Lisboa, procurar estacionamento, etc, perder horas nisso...?
Faça figas para eu amanhã já estar boa, Mary, que isso é que era bom. Fico doente de ir ao médico...
Cara UJM:
ResponderEliminarSão onze os miradouros do Douro.
A minha proposta:
A viagem é longa mas vale a pena.
A partir do Sul tomar a A1 até ao Porto, depois apanhar a A4 até Vila Real, tomar depois a N 313 até S. Leonardo de Galafura, em Covelinhas , dirigindo-se para o Peso da Régua.
Seguir depois para o Pinhão, S. João da Pesqueira e Vale Figueira e seguir pela N 222 até cruzamento com N222-3; N 222-3 até estrada municipal de acesso ao Miradouro S. Salvador do Mundo.
Deixar o miradouro, continuar até Vale Figueira e continuando nessa estrada subir ao alto de Vargelas continuando a viagem passar por Custoias do Douro, Freixo de Numão até Vila nova de Foz Coa e visitar o museu do Côa e deslumbrar-se mais uma vez.
Depois fazer a viagem de Foz Côa para Sul.
E as suas melhoras
Com dias felizes
Leanor
Leanor,
ResponderEliminarMuito obrigada. Que belo programa deve ser. Já tenho, portanto, programa de festas para a ocasião.
Agradeço eu e agradecem, certamente, todos os leitores que por aqui passarem.
Um abraço!