terça-feira, março 22, 2011

Pedro Passos Coelho e o PEC, a tia que acordou a falar espanhol, Horst Strub que era nazi e Monika, a enfermeira socialista

Estive fora uns dias, afastada do pequeno nonsense diário. Mas, ao regressar, fiz questão de comprar o Expresso e já o folheei, lendo em diagonal algumas coisas. Penso que é a única paranóia de que padeço: não descanso se não ler o Expresso, mesmo que alguns dias depois. Tenho receio de que algo de grave aconteça e eu sem dar por nada. Mas não, como de costume por aqui nada de especial, só a costumeira parvoíce. Infelizmente lá por fora, e isso eu acompanhei, o mundo continua numa convulsão que só visto. Há um ou dois meses o problema maior era a crise financeira e económica. Depois veio a revolta na Tunísia, depois o Egipto, depois o contágio a outros países, agora a Líbia sob fogo. E o Japão de mal a pior.

Mas, aqui, vi agora as notícias por alto e dei uma espreitadela a alguns blogues e ou percebi mal ou algo de estranho aconteceu com o Pedro Passos Coelho e entourage.

Há tempos, falando com um médico amigo sobre um familiar meu que sofreu um AVC e que ficou com algumas alterações a nível de orientação e equilíbrio, contou-me ele o que se tinha passado com uma sua tia que também tinha tido um AVC. A tia, ao recuperar a consciência, para grande espanto da família, desatou a falar em espanhol, só falava em espanhol. Ninguém percebia porquê. Familiares mais idosos recordavam que na infância tinha estado em sua casa, durante algum tempo, uma prima espanhola mas há que tempos isso tinha sido e, além disso, ninguém se lembrava de a ter ouvido alguma vez falar em espanhol.

Contudo, os médicos informaram a família que não é inédito, depois de uma lesão cerebral, a pessoa passar a falar em língua estrangeira.

Pois vem isto a propósito do PPC. Do que percebi, saíu da reunião com o Sócrates a dizer que vai chumbar o PEC, que não há acordo possível.

Passado um bocado, algum treco deve ter tido, pois parece que passou a exprimir-se em língua inglesa.

"Indeed, a broad coalition for change would improve the political legitimacy of such a program"

Além disso, parece que disse o que acima refiro entre aspas, ou seja, que quiçá o melhor seja o país ser governado por uma coligação.

What? Oh dear.

Ou li tudo muito em diagonal e derrapei nalguma curva ou alguma coisinha de mal lhe sucedeu a ele pelo meio. Ou isso ou, então, é muito influenciável e, consoante quem está ao lado a opinar, assim ele vai repetindo o que ouve. Já se sabe que o PSD é aquele saco de gatos e, vai ver, se é o Cabo Angel que lhe sopra no ouvido, vai para a guerra, se é o Pacheco Pereira, nem sim, nem sopas, se é o Rui Rio atira-se para os braços do Sócrates.

Pedro Passos Coelho e o Grande Mestre Ângelo Correia

Tem graça. Será que amanhã aparece a falar em francês e a querer coligar-se com a Joana Amaral Dias?

Também há aquele caso do skinhead nazi que virou enfermeira socialista.

Antes Horst Strub, pró-nazi. Agora, Monika, enfermeira socialista, candidata social-democrata na Alemanha
Acontece.

E o nosso Presidente o que diz? Ou está atarantado com estes sobressaltos e não diz nada?

Vou ver se me informo. Talvez amanhã já consiga perceber. Às tantas não é nada disto.

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