Não se espantem por eu andar a passar ao lado dos temas da actualidade mas estou mais numa de peace and love, por exemplo a ver cogumelos (que irrompem aos montes por todo o lado -- uns gigantes como naves espaciais, outros gordos como farófias, outros pequenos e robustos como anõezinhos bem alimentados, outros que não parecem o que suponho que sejam), a andar a ver os reflexos de luz nas límpidas gotas de água que pendem das folhas, a fotografar tudo o que mexe e tudo o que está imóvel.
Para além disso, de noite ouvimos um barulho não identificado e, acto contínuo, o cão desatou a ladrar freneticamente. Assustei-me, claro, o meu marido foi passar revista à casa e etc. Não descobriu nada mas ficámos intrigados. Com isso, claro que fiquei sem sono. Só voltei a adormecer já quase amanhecia. Por isso, agora que liguei o computador e me instalei no sofá, estou só a adormecer, estou com o computador no colo há séculos e tem sido uma luta, a maior parte do tempo a dormir.
Praticamente não tenho vi televisão, pois não se aguenta. Li o Expresso de ponta a ponta, por vezes em rápida diagonal, outras vezes bem devagarinho.
E agora à noite estive a ver alguns vídeos bem interessantes, entre os quais uma entrevista a António Tabet, um dos meus preferidos da Porta dos Fundos.
Como sempre, só posso concluir que quem vê caras não vê corações. A vida dele, um miúdo pequeno a cuidar do pai com cancro, a mãe, viúva (na altura com um filho bebé, para além dos mais velhos, o António, na altura com 15 e outro com 13), que se passou e mandou o filho de 13 para casa dos avós e a ele para fora de casa, depois a andar de casa em casa, não foi nada fácil. Como tudo foi incorporado até se tornar um humorista como ele é é extraordinário.
A entrevista é longa, e ainda bem, e ouve-se de gosto do princípio ao fim, por vezes a rir. Por exemplo, como se viu livre de um ameaçador grandão que estava a barrar-lhe a passagem, incorporando a personagem do 'policial Peçanha' é de gargalhada.
Antonio Tabet fala sobre relação difícil com a mãe, personagem Peçanha e trote no 1º emprego
O roteirista e ator Antonio Tabet é o convidado desta semana do “Desculpe Alguma Coisa”, videocast da escritora Tati Bernardi em Universal UOL. Tabet conta como foi expulso de casa aos 16 anos, após perder seu pai para um câncer agressivo no cérebro. Humorista, ele relembra o policial que inspirou seu personagem “Peçanha”, esclarece seu posicionamento político e diz que o humor paga um preço que nenhum político pagou com a polarização política.
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