quarta-feira, agosto 31, 2011

A era dos computadores tal como hoje os conhecemos está a chegar ao fim?

Há algum tempo escrevi este post no qual me referia, entre outras coisas, ao previsível fim da era actual a nível informático. Há quem antecipe que, seguindo a tendência desenhada pela lei de Moore, a miniaturização atinja níveis de tal forma ínfimos que deixe de ser industrialmente manuseável.



Este mês soube-se que a HP está vendedora da sua área de negócios dos computadores pessoais. Deixou de ser um negócio interessante.

Nem tem a ver com o tema da cloud computing porque, ainda que a informação seja processada na nuvem, é requerido um dispositivo pessoal para a ela aceder (exemplifico: ao estar a escrever este post, não sei em que computador físico isto que escrevo está a ser processado e onde será armazenado - ficará algures na imensa 'nuvem' que são os imensos centros informáticos espalhados pelo mundo).

A questão não é, pois, só isso. É mais que isso. Avançar-se-á para as nanotecnologias - a Elvira Fortunato já coloca os processadores em folhas de papel - mas também é provável que seja uma qualquer outra coisa.



A índústria de software acompanhará os avanços da tecnologia e, certamente, alguém a esta hora, (matemáticos, cientistas da computação, engenheiros - e, com certeza, poetas, filósofos) estará a esforçar os seus preciosos neurónios para desenvolver potentes compiladores que se alojem algures, acedidos sabe-se lá como e disponíveis sabe-se lá a partir de que dispositivos.

A Microsoft, entretanto, anda numa azáfama, nomeadamente a tentar acelerar o lançamento do Windows 8 antes que todo este mundo desapareça.



É um mundo volátil este. Os avanços tecnológicos são extraordinários e, tal como há pouco tempo não existia internet e agora é indispensável, algo sem o qual não se comunica, não se fazem revoluções, não se vive, imagino que, dentro de menos de 10 anos, nova disrupção terá acontecido e a nossa vida seguirá um qualquer outro paradigma.



Parabéns ao Sr. Cientista que leva um fio daqui até à nuvem cujo blogue esta semana completou uma volta ao sol!

7 comentários:

  1. Cara Um Jeito Manso. Obrigado de novo pelo carinho.

    Sim, está bem informada ... cada coisa que fazemos online agora de "ocorre" de facto já em boa parte na nuvem, num ou mais de milhares de servidores, em algum armazém, talvez até subterrâneo e anti-sísmico. Como todos os avanços científicios, tem a sua maravilha e perigos.

    Entretanto a história da Ciência de Computação está cheia de pessoas e estórias interessantes, por exemplo a do "pai" Alan Turing e o seu fim trágico, Richard Stallman, Linus Torvalds, ou Steve Jobs. (Bill Gates é o "mau da fita", em vários aspectos).

    Porque no seu artigo sobre Matemática falou dos jovens, e falando de Jobs -- que agora se retirou por motivos de força maior -- veja este discurso brilhante de Jobs numa cerimónia de graduação em Stanford.

    Obrigado, bjs

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  2. O mesmo discurso de Steve Jobs com legendas em português aqui.

    Bjs

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  3. Já vi Fio-Nuvem e gostei de ver.

    Embora me tenha dado alguma pena, sabendo como ele agora está tão doente.

    A vida de algumas pessoas é demasiado breve.

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  4. Creio que se perdeu na "nuvem" o primeiro comentário sobre Alan Turing, etc. Deixe lá ....

    De qq forma, a referência correcta para o vídeo de Steve Jobs (sem interrupção de som a meio e melhor qualidade) é esta.

    Bjs

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  5. Pois é, perdeu-se, não chegou cá. Não quer, pelo menos, resumir? Fiquei curiosa.

    E sobre o que é a sua tese? Pode diser ou isso costuma ser tema reservado?

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  6. Viva,

    Desculpe, não me posso alongar muito sobre a minha tese para preservar o meu anonimato.

    Metaforicamente, é sobre como mudar o padrão de algumas "nuvens" (programas) no céu sem ter de parar o "movimento" das outras (execução) ao mesmo tempo. Não tem a ver com "cloud computing" em específico, mas software em abstracto.

    Já não me lembro bem do texto exacto da primeira mensagem.

    Queria chamar-lhe a atenção de personagens e estórias interessantes sobre o "pai" da CC Alan Turing, Richard Stallman, Linus Torvalds, além de Steve Jobs.
    Desculpe não tenho agora à mão links muito decentes, a wikipédia poderá servir de base para exploração.

    Veja a estória de Alan Turing em particular: os seus contributos, e o facto de ser sido castrado quimicamente por ser homossexual, desonrado e despedido, levando depois ao posterior suicídio (de forma bem delicada e metafórica, explore ...).

    Isto, para alguém que foi o pai da CC e decisivo em alguns aspectos na II guerra mundial.
    Só recentemente o governo britânico pediu desculpa.

    O caso de Oscar Wilde é parecido, "morreu" por dentro e literalmente poucos anos pelos mesmos motivos.

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  7. Muito obrigada. Percebo o que diz quanto ao tema da tese. Não me tinha lembrado disso.

    Vou ler o que refere que me parece bem interessante.

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