sábado, outubro 25, 2025

Psicologia das pessoas que não publicam as suas fotos nas redes sociais

 

Não faço selfies, não tenho interesse em mostrar-me, nenhum, não me mostro com as minhas toilettes, não me mostro com a comida que vou comer, não me mostro com paisagens em fundo nem com o que quer que seja atrás, ao lado, em cima ou à frente. No mundo inteiro, tão cheio de coisas fantásticas, a última coisa que me interessa é desviar a atenção dessas coisas para me colocar a mim em primeiro plano.

E nem é só isso, é também porque não faço gosto em que vejam que estou feliz, que estou sorridente, que estou pensativa, sonhadora, brincalhona, bem ou mal conservada, bem ou mal amanhada. 

Sou o que sou e a mim basta-me o que sinto e como me vejo. Claro que também me interessa a opinião dos meus, mas interessa-me sobretudo numa perspectiva construtiva, ou seja, gosto que me sugiram dicas sobre como fico melhor. Mas se me disserem que, com este tempo, não faz sentido ainda andar de calções, estou-me nas tintas pois, se me sentir bem assim, é assim que vou andar. 

Mas também não faço disso um filme, não me vitimizo por me achar uma incompreendida (até porque não acho), nem me faço de heroína por achar que não cedo a modas (até porque não acho me heroína nem por isso nem por coisa alguma), nem me mostro nem assim nem assado pois a chuva é linda, as árvores, quando chove, são lindas, a urze é linda, a terra molhada é linda e cheirosa e tudo é uma maravilha -- e eu sou coisa nenhuma, sou irrelevante, uma poeira insignificante que é o que é, independentemente de acharem bem ou mal, gostarem ou não gostarem.

Dito isto, nada contra quem se acha o centro do mundo e se coloca no meio de todas as fotografias. É o que é, e são tantas as pessoas que o fazem que tenho que aceitar que é o novo normal -- o mar é lindo mas lá está o emplastro em primeiro plano, o jardim é uma graça mas lá está o emplastro a tapar parte da sua beleza. Por todo o lado. Mas, enfim, nada contra os emplastros. Se as pessoas sentem essa necessidade, lá terão as suas razões. 

Aliás, enquanto vou passeando à beira mar -- as águas revoltas, bravias, o céu lindíssimo --, o que mais vejo é gente de costas para o mar a fotografar-se com ele em fundo. Devo ser a única pessoa que se limita a fotografar o mar.

No entanto, não escondo que, de quando em quando, me ocorre que deve haver qualquer coisa em mim que me leva a não seguir essa tendência, a não ter qualquer interesse em partilhar a minha imagem. 

Pois bem, não sei porquê, hoje o algoritmo do youtube apareceu-me com o vídeo que aqui partilho. Gostei. Sim senhor, então é isso. Very well.

Vejam porque é interessante. E se V que me lê, meu Caro Leitor ou Leitora, é mais do tipo selfie, selfie, selfie, então veja o vídeo em reverso pois o que aqui se diz para os que não se mostram pode ser entendido ao contrário para os que se mostram. 

Psychology of People Who Don't Post their Photos on Social Media

Porque é que algumas pessoas nunca publicam fotografias online — nenhuma selfie, nenhuma atualização, nenhum vestígio da sua vida pessoal?

Num mundo que premeia a visibilidade, o silêncio delas sobressai.

A psicologia diz que este comportamento revela algo mais profundo — sobre confiança, limites e inteligência emocional.

Estas pessoas podem não ansiar por atenção, mas compreendem algo que a maioria de nós ignora sobre a natureza humana e o mundo digital.

Neste vídeo, descobrirá a verdadeira psicologia por detrás das pessoas que preferem a privacidade à popularidade — e porque é que isso pode ser um sinal de força, e não de insegurança.

Esta perceção vai além das redes sociais. Trata-se de autoconsciência, identidade e de quão profundamente as nossas mentes se adaptam à exposição constante.


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Desejo-vos um belo sábado
Be happy

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