sexta-feira, julho 04, 2025

Em dia de notícia triste, socorro-me do facto de estarmos na silly season e faço a agulha para uma coisa de nada.
Eu ficava doida com as canções dela enquanto alguns amigos (no masculino) ficavam doidos com a beleza da outra

 

Estamos na silly season e, portanto, temos legitimidade para esparvoar, para falar sobre coisa nenhuma e para atirar um dia numa direcção e, no outro, numa completamente diferente.

Mas acontece que hoje, de manhã, ao olhar para o telemóvel, vi uma mensagem da menina que estava no estrangeiro, na sua viagem de finalistas. Num primeiro pensamento imaginei que fosse uma fotografia sua com amigos mas, logo depois, vi que estava a enviar a notícia da morte do Diogo Jota e do irmão, André Silva. Nada percebo de futebol e não conhecia os rapazes mas, apesar de o nome dele não me ser estranho, só o facto de morrerem dois jovens assim de repente deixou-me congelada. Mas, de imediato, pensei na mãe, a perder dois filhos. Dor inimaginável, dor existencial. Depois li que o Diogo se tinha casado dias antes, que os filhos, três crianças, tinham assistido ao casamento. Tragédia dolorosa demais. E este peso acompanhou-me todo o dia.

Não quis falar nisto pois dores imensas, em meu entender, requerem contenção, silêncio. Agora à noite, ao ligar a televisão, vejo o expectável: uma overdose, uma exploração ad nausean de uma desgraça tamanha que se abateu sobre uma família.

Por isso, não vou aqui fazer declarações sobre um tema que me deixa transida de pena, de aflição.

Espero que não levem a mal mas vou divergir, vou disfarçar.

E, para isso, trago a Janis Joplin que eu adorava ouvir, cujo LP 'Pearl' ouvi carradas de vezes, ao som de quem dancei mil vezes.

E trago a Raquel Welch que os rapazes achavam uma 'brasa', uma 'bomba', um 'avião'. 

When Janis Joplin met Raquel Welch on the Dick Cavett Show (1970)


Uma boa sexta-feira

5 comentários:

  1. A estação é pateta. Alguem invetou este rotulo, mas isso não significa que as outras estações sejam talvez sensatas ou espertas. Enfim.

    ResponderEliminar
  2. Deixo um comentário em jeito de sugestão, que nada tem a ver com este seu Post: o Blog Estátua de Sal publica um extraordinário Post em defesa de José Sócrates a propósito do seu julgamento, ou farsa de julgamento, onde escalpeliza a porcaria política que sempre esteve no cerne desse processo. Vale a pena ler. Nem mais.
    a) Anónimo

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Com a -dica- do Anónimo fui ao Estátua de Sal.
      O que Sócrates está a fazer á justiça, é o mesmos que esta, já lhe fez com a CS de apoio.
      Já me cansei de dizer que, independentemente de ser ou não culpado, eu, jamais pedia dinheiro quer ao banco quer a amigos para férias e outras mordomias até porque não tinha maneira de pagar , mas isso sou eu com a minha filosofia de vida.
      Com o início do julgamento, tem acontecido o aparecimento de todas as carcaças congeladas e agora saídas para o festim de hienas ao cadáver Sócrates.Os abutres comentadeiros estão no repasto a tentar desfazer a bolota que lhes encravou a traqueia desde o aparecimento de Sócrates no poder, o ódio da direita, e até alguma esquerda em vias de extinção nutrem por este político , é doentio. Claro que a estratégia de Sócrates é ridicularizar a acusação tal como a acusação o ridicularizou todos estes anos.Estamos todos sentados para saber se a acusação tem suporte verdadeiro para levar o tribunal a condenar ou absolver.

      Eliminar
    2. Ridicularizar? Pois claro, com fotocópias!

      Eliminar
  3. UJM, há um oceano de beleza e sensualidade que separa Raquel Welch de Janis Joplin. Agora, cada uma são fantásticas no que fizeram.

    ResponderEliminar