Quando escolho um Presidente da Câmara para nele votar, tento adivinhar se a pessoa tem pedalada para a exigência da função, se é uma pessoa de acção, se é pragmática, se é pessoa com sentido prático para resolver os mil problemas do dia a dia, se é pessoa com mão firme, se é pessoa com sensibilidade e bom senso. E etc.
A mulher de um presidente de Câmara dizia-me uma vez que é uma ocupação deveras ingrata pois a pessoa pode fazer inúmeras coisas boas, estruturais, a pensar no futuro, e todo irrepreensível, mas se uma pedra estiver solta na calçada as pessoas não pensam em todo o bem que ele fez e vão acusá-lo de não ter mandado arranjar a pedra que se soltou no passeio. Acredito que sim.
Não é qualquer um que consegue, ao mesmo tempo, ver ao longe, ver ao perto, ter atenção a quem quer espetar-lhe uma faca nas costas, ser empático, não se deslumbrar com elogios, não se ir abaixo com críticas, e, no meio da barafunda, sem muita conversa fiada e muito foco, seguir em frente e fazer o que tem que ser feito.
Se eu tivesse que escolher um candidato a Presidente da Câmara de Lisboa, assim de repente, sem ter pensado no assunto, não sei quem escolheria. Talvez um João Galamba desse um belíssimo Presidente da Câmara de Lisboa. Acho que sim, que daria. Ou o ex-ministro Siza Vieira. Ou a Mariana Vieira da Silva. Seria seguramente muito boa. Por exemplo. Mas não sei, não pensei no assunto. Mas uma coisa eu sei: sei que não escolheria Alexandra Leitão.
E também sei que, se fosse eu a mandar, a escolher a candidata à Presidente, e quisesse comunicar a minha decisão, jamais usaria o argumento que Pedro Nuno Santos usou. Jamais. Caraças... jamais.
E se Alexandra Leitão é a 2ª pessoa mais importante do PS, então, na volta, é isso: na volta está tudo explicado.
Tem toda a razão. Não sou socialista, friso. Estou farto cinco palmos acima da cabeça de Carlos Moedas porque o acho incompetente. A cidade está mal. Mas não confio de todo em Alexandra Leitão. Não me inspira a mínima confiança. Vou ficar em casa e o diabo que escolha. Ainda assim admito que ela possa ganhar em Lisboa na base de uma frente de esquerda, tal é o estado da cidade.
ResponderEliminarMas não salva Pedro Nuno Santos. Presumo que este tem a ideia de que já está de mala aviada e quer preparar a sucessão. Veremos se acaba em Carneiro se em Mariana. Mas Pedro Nuno Santos está acabado. Quem diria...
Mas com que critérios é base de suporte?
EliminarNão sei neste momento qual é o equilíbrio de forças em Lisboa. Mas só há sucesso eleitoral de esquerda ou de direita, concorrendo em coligações.
ResponderEliminarNão simpatizo lá grande coisa co Aleandra Leitão, mas entre as pessoas que a
Continuação:
ResponderEliminarDizia eu que, apesar de não ir á bola com Alexandra Leitão pelo comportamento critico e woke, que teve para com o autarca de Loures, acredito que, de todos os nomes mencionado por UJM , a Alexandra, é de longe a que tem mais pedalada para derrotar Moedas.
Mas ( utilizando a moda do momento), a minha perceção, vale o que vale.
0 eterno problema das percepções e concepções errónea? Será que se chegará a um governo digno para um povo à deriva?
EliminarVou contar uma história. As pessoas pensam que essa senhora é só uma douta jurista, supostamente lutadora de causas, que se tem aproximado talvez demasiado da esquerda mais radical nos últimos tempos. Não, a senhora é mesmo e acima de tudo incompetente. Bem, talvez alguns já tivessem percebido ao ouvi-la ser a chata que nada diz e tudo repete no programa do Pacheco Pereira. Mas pior. Quando o PS tomou posse no primeiro governo da geringonça, lembrar-se-ão que Cavaco ainda deu primeiro posse ao Troikano sem Miolos, um mês de posse recordem-se, um mês de posse de um governo mal formado e sem esperança de manter a dita posse. O que faz essa senhora quando se senta no gabinete? Eis que pede a um coleguinha da Faculdade que lhe passe os papéis que andaram a preparar nesse mísero mês, sendo que para o coleguinha foi só duas semanitas à secretária, semanas essas que passou obviamente mais tempo a passar o dedo na madeira e a balançar a cadeira a ver se era boa do que a produzir papéis. E falo à vontade, porque o coleguinha era eu. Eis a estirpe dessa senhora. Eu antes nem gostava do Moedas (não é tão mau assim), mas não há palavras para essa senhora.
ResponderEliminarNão expliquei que só aceitei porque fica bem no CV. Para quem desconfiado, ficasse com dúvidas. Mas já me vi livre dessas andanças. Felizmente. Embora prefira ainda o anonimato.
EliminarPois é, fluxo de caixa?
EliminarCom certeza. Deu me jeito aquelas tres semanas de suspensão do prazo da tese também. Mesmo no momento certo. Para quem julgue, que saiba que eu teria sido melhor assessor que a maioria não obstante as minhas motivações egoístas. Trabalho é trabalho. Não sou radical na política.
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