segunda-feira, novembro 18, 2024

[Em actualização]
Depois das 11 mortes que as notícias relacionam com a falta de socorro atempado, agora temos as mortes nas salas de espera das Urgências dos hospitais?

 

Transcrevo:

Homem de 66 anos encontrado morto nas urgências do Hospital de Coimbra depois de 12 horas de espera

Um homem de 66 anos morreu nas urgências do Hospital de Coimbra no domingo passado, depois de estar mais de 12 horas à espera, segundo a rádio Renascença.

De acordo com a Renascença, José Pais foi ao Centro de Saúde de Tábua, devido a um mal-estar, depois de comer míscaros (uma espécie de cogumelos).  Posteriormente foi transferido para o Hospital de Coimbra onde ficou à espera mais de 12 horas. (...)

Celeste dos cravos de Abril morreu sozinha na urgência de hospital

Na quinta-feira à tarde Celeste sentiu-se “mal em casa”, em Alcobaça: “Estava com falta de ar e foi levada para o Hospital de Alcobaça.” Nessa unidade hospitalar foi submetida a análises e a um eletrocardiograma. Mas como no período noturno não há raio-X no Hospital de Alcobaça, o médico decidiu transferi-la para o Hospital de Leiria, o que fez já a receber oxigénio. Entrou com pulseira amarela e terá ficado, de acordo com o que foi transmitido à família, à espera do raio-X e de um cardiologista. Estaria sozinha na sala da urgência onde aguardam os doentes com pulseira amarela. (...)

Pergunto:

Vamos continuar a ter a saúde e a vida dos Portugueses entregues a uma gente que não tem noção do que está a fazer? A uma gente que inspira desconfiança, seja qual for a perspectiva por que se olhe?

Até quando?

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Notas 

1 - Hoje, no Isto é gozar com quem trabalha, Ricardo Araújo Pereira aplicou a estocada final à equipa da Saúde (bem como à Coisinha Blasco). Depois do que ali vimos e do que ele gozou, não há qualquer possibilidade de aquela equipa se aguentar. Mas, note-se, quem escolheu aquela equipa e quem a está a agarrar é Mentenegro pelo que, em última análise, é ele o primeiro responsável.

2 - Antes, já Marques Mendes, tentando lavar a cara aos ditos e parecer querer branquear a situação, não deixou de dizer, aparentando que o dizia nas entrelinhas mas, de facto, dizendo-o bem às claras, que nada tinha sido feito para evitar a greve e que isso tem que ter consequências. E acrescentou ainda que é preciso algum cuidado na escolha das pessoas. Deu como exemplo, o jovem do INEM, (cujo CV e cujo fácies não enganam ninguém -- e isto do fácies sou eu que o digo), que pode ter uns cursos mas experiência em gerir um organismo como o INEM, zero. Acrescentou que a questão partidária não pode ser o critério de escolha. Ou seja, quando Marques Mendes tira o tapete desta maneira (e, em meu entender, tirou-o em toda a linha: presidente do INEM, Secretária de Estado, Ministra e Mentenegro), a sina daquela gente está lida.

3 - E eu alerto ainda os partidos da oposição e a comunicação social para o seguinte: vão ver os CVs e as filiações partidárias de outras nomeações, umas concretizadas e outras a caminho. Agora refiro-me à área da Saúde mas, provavelmente, é prática generalizada. Vão ver, peço-vos eu, antes que mais desgraças continuem a acontecer.

4 - E, já agora, investiguem um pouco mais a fundo: quem é a pessoa que, ela própria, fala com os ditos a convidá-los? Terão a confirmação de que estas escolhas, disparatadas, absurdas, que só podem dar em desgraça, estão a acontecer com o aval de quem, com isto (com isto e não só) tem mostrado não fazer a mínima ideia do que anda a fazer.

3 comentários:

  1. Já agora, acrescento:
    5) ver Pacheco Pereira -- no principio da incerteza--constituir um governo igual a Tramp com a direita mais reacionária do burgo. Foi uma pérola do Pacheco.

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  2. "...cujo CV e cujo fácies não enganam ninguém..." Houve durante um período do séc. XIX uma corrente de criminologia que avaliava os potenciais criminosos pelo aspecto físico e sobretudo facial (volume de lábios, inserção das sobrancelhas, escala da testa, etc.). Muitos cidadãos inocentes foram condenados por coincidirem com a bitola definida. Argumentos destes integram-se hoje nas diversas correntes populistas que convergem, designadamente, nos partidos de direita radical. Não se admirem com os cinquenta deputados do Chega!

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