São onze e tal (da noite) e, ao tentar perceber se o planeta Terra ainda existe e, em particular, se o nosso mini e fofo rectângulo ainda está a salvo da sanha dissolvente do super-comentador Marcelo, dei com a bizarra notícia de que o conhecido Mãozinhas, aka Sarmento, está a contar com um excedente orçamental neste e no próximo ano. Apesar de andar a dar massa a quem pede e a dar borlas fiscais a quem pode (com p), pensa ele que, face ao bodo aos ricos, estes soltarão a franga e desatarão a investir e a aumentar o pagode e que, qual milagre, o pão transformar-se-á em rosas e a água em vinho e, apuradas as contas, vai sobrar dinheiro que será um fartote.
Que o Marcelo se fia na Virgem já a gente sabe e também estamos todos carecas de saber no que a coisa tem dado. Agora o Montenegro fiar-se no bonequinho já me parece risco a mais.
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Provavelmente toda a gente sabe qual o novo significado da palavra bonequinho. Eu, até ontem, não sabia. E porque pode haver por aí, a ler-me, mais gente também desactualizada, eu explico.
Conversando com o meu neto mais velho, um galã que já teve várias namoradas e que tem agora a teoria de que com a dedicação ao futebol (é guarda-redes já na competição o que o obriga a treinos diários e jogos ao fim de semana) e com a necessidade de levantar notas (ah pois), dizia-me ele que, a partir de agora, não vai ter tempo para namoros. Enfim, raparigas isso vai continuar a haver, claro, agora namoros a sério não, não tem tempo e, para ser franco, elas cansam-no um bocado. Presumo que se refira às combinações de idas ao cinema, à praia, aos passeios, aos lanches, às mensagens. E que não percebe isto de alguns amigos, aos 15 anos, acharem que encontraram o amor da vida deles e já pensarem que aquela é a pessoa com quem vão casar.
Achei muito pragmático. Ao contar à minha filha, disse-me ela que ele já lhe lhe tinha comunicado isso mas que, por acaso, neste momento supostamente namora uma. Mas, portanto, conclui-se que esta deve ser uma das 'raparigas', que isso continua a haver, mas em relação à qual não haverá compromisso.
Mas, continuando a conversar comigo, para ilustrar o excesso de romantismo de alguns colegas, contou que tinha um colega de escola e de futebol, um tipo todo bonequinho. E que se tinha apaixonado por uma miúda também toda bonequinha. Para ter tempo para namorar, o amigo largou o futebol. Imagine-se a maluquice. Vai a miúda, ao fim de três meses, largou-o por o gajo ser obcecado. Por isso, ficou sem namorada e sem futebol. Ganda burro.
Eu ouvi e estava intrigada por ele definir os outros como bonequinhos pois não costuma adjectivar na positiva, muito menos usar termos carinhosos. Perguntei se eram bonitos. Ele muito admirado: 'Não!'
'Mas bonequinhos não significa serem bonitos?'
'Não. Não. São tipos assim... muito... como dizer...?, assim esquisitinhos... Não estou bem a encontrar a palavra...'
'Nerds?', sugeri eu.
'Não, não. O gajo não é nerd... Não, não é isso. Bonequinho, estás a ver...? Assim todo coisinho...'
'Cromo?', lembrei-me eu.
'Exacto. É isso. Tipos esquisitinhos. Cromos, é isso.'
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Portanto, sobre o Sarmento tenho dito. O Montenegro que não ponha as barbas de molho que vai ver no que dão as fezadas do bonequinho que lá tem nas Finanças.
Não há ninguém na equipa de imagem, que aconselhe Montenegro a usar casaco com o comprimento ao nível do polegar, e manga a dois centímetros do limite do punho da camisa?
ResponderEliminarVestir bem, não é necessariamente vestir caro, é ter sentido estético.
Ontem na cimeira da NATO, a imagem de Montenegro, era a que Marcelo referenciava. Lembram-se?!
E desta vez, Marcelo até tem razão.
Olá Ccastanho
ResponderEliminarComo não tenho visto televisão, não vi. Vou pesquisar a ver se vejo alguma fotografia. Agora, fiquei curiosa...
Abraço!