Confundem tesouraria com contabilidade. Confundem o andamento mensal da caixa com a execução contabilística orçamental. Se falarmos em distinguirmos geral de analítica, disso, então, nem nunca devem ter ouvido falar.
Que o líder parlamentar não faça ideia do que diz não me admira: sempre foi mais trauliteiro do que inteligente. É que não é por ser de Direito pois há-os que percebem alguma coisa, ou até muito, de números e de contas. Mas este não. Ou é isso, isto é, não faz ideia do que diz, ou é um arruaceiro e atira para o ar tudo o que lhe parece que lança confusão.
Mas já me admira que o próprio ministro da área se troque todo, misture alhos com bugalhos, revele uma ignorância que até dói. Há quem diga que, se ele não sabe, peça ajuda à equipa. Ora a julgar por um ou outro que lá estão e que sabem menos do assunto que o meu neto com sete anos feitos há pouco, também não seria por aí que lá ia.
Uma cambada de anhucas. Não sabem nada de nada. É que nem sequer sabem disfarçar que não sabem, nem sequer são capazes de ser ou de parecer responsáveis, não sabem minimamente portar-se à altura dos cargos que ocupam.
Lançam confusão, dão cabo da imagem do País nas mais diversas instâncias nacionais e internacionais. Não são fiáveis, não são confiáveis, não são críveis. Não é gente capaz.
Provavelmente a única coisa de que são capazes é de fazerem baderna, dizerem disparates, vitimizarem-se e fazerem figuras tristes.
O que pode esperar-se disto?
Dramático, no entanto, é os jornalistas, igualmente ignorantes e, pelo que se vê, também sem vontade ou capacidade para aprender, apresentarem as asneiras do ministro e a explicação técnica do anterior como se fosse uma guerra de palavras. Santa paciência. Um diz asneiras como se não houvesse amanhã, outro tenta explicar as coisas como se estivesse a explicar a uma criança de 4 anos. E os jornalistas põem tudo em pé de igualdade. E chamam toda a espécie de gente abstrusa para se pronunciar como se houvesse o que comentar.
Imagine-se que um dos muitos broncos do governo aparecia, todo espavorido, a dizer que o resultado de sete vezes nove era trinta e cinco. E aparecia alguém, idóneo, com muita paciência, a dizer que não, não senhor, o valor correcto era sessenta e três. E, a seguir, jornalistas e comentadores, cheirando-lhes a divergência, desatavam a especular sobre quem é que tinha razão, incapazes de perceberem que o primeiro era um cábula ignorante e o outro era uma pessoa conhecedora e competente.
E é a isto que estamos reduzidos.
Como é que se sai disto? Alguém me diz?
Completamente de acordo.
ResponderEliminarJá não há paciência para tanta ignorância e confusão.
Mena
Ex-funcionário do ministério das finanças e da UTAO, claro que ele sabe a diferença entre contabilidade pública e contabilidade nacional.
ResponderEliminarÉ um clássico da política politiqueira: chegar lá, dizer que está tudo pior do que algum dia poderiam ter pensado e, meus amigos, não há nada para ninguém.
Diria que este tipo de "narrativa" foi chão que já deu uvas. Resta-lhes entenderem-se com o Chega, que os vai comer, ou irmos a votos, para continuar a confusão. O estado da política e dos políticos é tal que, estou convencido, o que não vão faltar são Mirandas Sarmentos. Isto nos governantes. Agora é só imaginar os gabinetes, os Fredericos Pinheiros, mansos e brabos, que por lá deve haver.
Estamos tramados.
É isso.
ResponderEliminarOntem no canal de notícias do militante nº 1 do PSD, a SICN, o apatetado Gomes Ferreira fazia-se de novas, mostrando-se surpreendido e muito preocupado com o facto do Governo ter aberto diversas mesas de negociação com várias corporações, polícias, GNR, funcionários judiciais, professores, guardas prisionais e de outras estarem no pipeline, médicos, enfermeiros, militares, por exemplo.
Que não há dinheiro para tudo isso, que assim o país caminha para o desastre, que a AD na campanha tinha prometido mundos e fundos e que não havia possibilidade de acudir a todas as promessas e rebeubeu pardais ao ninho, bicho mau, etc.
Cabe perguntar ao pateta se não sabia de tudo isso antes das eleições. Se por acaso entre 10 de Março e a data de ontem fez algum curso de Economia ou Finanças que finalmente lhe permitiu perceber aquilo que estava à vista de todos, que o programa económico da AD erra um logro e totalmente inexequível.
Evidentemente que o atarantado Ferreira sabia de tudo isso, mas tal não o inibiu de andar durante semanas a fazer a propaganda do programa económico da AD, abordando-o e comentando-o como se de um documento sério se tratasse.
Não é só incompetência, é acima de tudo muita mas mesmo muita desonestidade.