A resposta da Relação ao recurso da defesa do caso Influencer foi demolidor para o MP.
Como já se antevia, segundo a Relação, a investigação do MP foi suportada numa visão distorcida da realidade, o que parece ser apanágio dos Procuradores.
Os Juízes Desembargadores não tiveram dúvidas em afirmar que o que aconteceu foi apenas o resultado da atividade normal dos intervenientes (os supostos suspeitos), fizeram o que era suposto que fizessem no âmbito das suas funções, que não vislumbram nenhum crime nem nenhuma intervenção do António Costa que resulte de algum pedido dos intervenientes no processo. Mais: dizem ou dão a entender que tudo o que ali está é uma ficção, uma incompetência, um disparate do MP.
Relativamente ao João Galamba -- que foi mais do que destratado na comunicação social e pelo PR -- também referem que a sua atuação se insere no âmbito das funções que exercia.
Depois destas conclusões, o que faz a PGR? Refere que vai continuar a investigar, que vai continuar a gastar o dinheiro dos contribuintes.
Isto é demais, Se esta senhora não se demite, alguém devia demiti-la. E já.
É incompreensível como é que a PGR não dá quaisquer explicações, mais do que devidas, e o PR -- sempre tão prolixo -- não exige publicamente que ela esclareça os Portugueses.
É que esta senhora deitou um governo abaixo, com ajuda do PR, o que fez com que tivéssemos um governo em gestão durante seis meses, gastássemos milhões em eleições que não se justificavam e, ainda por cima, o resultado dessas eleições tenha deixado o País mais ou menos ingovernável.
É urgente que a PGR explique porque acrescentou o parágrafo no comunicado (foi "inspirado" por alguém?) e a seguir se demita.
E o PR tem que fazer o seu "mea culpa" pois, não nos esqueçamos, aproveitou a oportunidade para correr com o PS e, no intervalo, trucidou o João Galamba.
A honestidade implicaria que o PR assumisse os seus erros.
Vir agora, com ar de quem não quer a coisa, assobiar para o lado, e, em vez de demitir a PGR por indecente e má figura, pôr-se com bocas ligeiras e despropositadas como se o que aconteceu até fosse bom para o Costa, é muito mau, é muito grave, é inaceitável.
Quanto à Comunicação Social, talvez valha a pena que meditem neste caso e deixem de fazer julgamentos, com culpados pré definidos. Já basta a bandalheira criada e alimentada pelo MP, não é preciso que a Comunicação Social ainda a propale ou empole.
Pf sra. PGR demita-se!!!!
ResponderEliminarClaro que não se demite. Porquê? Porque a lei aplica-se aos outros. Eles são a lei, logo não se lhes aplica.
ResponderEliminarHá um problema mais fundo: o Centro de Estudos Judiciários e o que lá aprendem. Se se olhar bem conclui-se que estão à altura quando se trata de crime de navalhada ou coisa parecida. Quando a coisa deriva para o direito administrativo e o direito financeiro percebem o que percebem, quer dizer, perdem os processos em tribunal e o Estado vê-se obrigado a bater à porta das sociedades de advogados. Mas vá tocar-lhes e depois conte como ficou.
Assino por baixo o seu artigo, Caro Senhor.
ResponderEliminarPorem, há coisas que me transcendem. Por exemplo, todos sabemos ou percecionamos como funciona a justiça e os políticos, por maioria de razão, são os primeiros, a sofrer na pele a justiça que temos, e não mexem uma palha para reajustar os procedimentos? O que os leva - para além do medo- a alterar o que for necessário para um melhor funcionamento da mesma?
O que levou António Costa, a não aceitar a disposição de Rui Rio, para analisar e alterar procedimentos de que os dois foram, e continuam a ser vitimas?
António Costa, independentemente de se sentir prejudicado - assistindo-lhe toda a razão- , desde logo na sua honorabilidade, não se pode vitimizar, porque, tudo o que lhe está a acontecer, é da sua inteiríssima, repito, inteiríssima responsabilidade em empurrar com os pés, o problema da justiço neste país.
António Costa é vitima do seu imobilismo no momento da decisão politica. Foi assim no Aeroporto quando tinha tudo para avançar, e preferiu deixar no regaço aos interesses da direita que agora se está nas tintas para o PS.
Não sou contra a governação de António Costa, até porque votei PS como sempre voto. Mas não me satisfez o modo de governação, porque podia ir muito mais além do que foi, e o resultado está á vista. Como nunca gostei da subalternização do governo a Marcelo, permitindo intromissão inconstitucional face ao governo sempre com o beneplácito do primeiro-ministro adensando continuadamente um lamaçal politico onde já não se sabia "quem era quem", com pedidos de demissão de ministros em diretos na CS pelo PR ,quais os poderes efetivos de cada um , até que, na oportunidade escolhida, foi impiedosa a ferroada como um passe de morte, foi ao tapete.
A chegada da direita ao poder, era uma estratégia maduramente pensada e friamente traçada a regra e esquadro, sempre na determinação objetiva de terraplanar o terreno para a vitória final. E, aí, assumamos: Costa, foi comido de cebolada, como um anjinho. Um dia saberemos a historia real de "quem, foi, quem" no teatro da demissão.
Ele, e o Governo, estavam a ser atacados de todas as formas, todos os dias, com a CS pejada de jornalistas-comentadores de direita, enquanto tentavam trabalhar. Ele fez muita coisa na justiça, já no governo de Sócrates. Que, aliás, a justiça nunca perdoou. Acho que ele foi um resistente. E decente. Não se pode lutar contra canalha de forma decente. É uma luta desleal e inglória. Agora, arguidos calejados, como a Dantas da Madeira e ainda assim o sabujo do Montenegro teve o desplante de a convidar e forçar uma ida para o Governo. E a CS finge que não se passa nada. Não deve ter sido nada fácil.
EliminarUm golpe de Estado. Foi o que aconteceu. Foram de caso em caso, até chegarem ao PM. O rei vai nú e ninguém, com voz, se atreve a chamar a coisa pelo nome: golpe de Estado justicialista, sem pudor. De gente de direita da justiça. De gente que se acha (e está de facto) acima de tudo e de todos. Apoiados pela CS. Tudo bem urdido, mas transparente para quem quiser ver. Um verdadeira máfia.
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