Já aqui falámos, eu e o meu marido, sobre a pantomina fiscal de Montenegro -- A inventona governamental da descida do IRS, na expressão de Vital Moreira -- que fez do choque fiscal a sua bandeira levando muitos eleitores ao engano, muito provavelmente, conseguindo ganhar as eleições (apesar de ser por uma unha negra) à custa desse embuste.
Veio agora, mais uma vez feito chico-esperto, dizer que todos os portugueses, incluindo os jornalistas, perceberam mal, inventaram e ficcionaram. Fez mal outra vez.
Ao dizer que os jornalistas ficcionaram, desacreditando-os profissionalmente, abre um fosso de descredibilização para onde atira todos não percebendo que, ao agir assim, é ele que, com isto, se enterra.
Mas mais grave do que o caso em si é a atitude, o carácter de quem age assim, usando conversa enganadora, não se importando de navegar em águas dúbias em que todos os logros são possíveis.
Diz que no documento está escrito que a verba anunciada comparava com o ano anterior. Não digo que não. Não li o documento. Mas a comunicação, em especial quando a matéria é sensível como é o caso de matéria fiscal, deve ser clara e inequívoca. Ora, a ser como Montenegro diz, então a comunicação foi traiçoeira, enganadora, fosca e pantanosa.
Na realidade, pela cabeça de quem é que passa anunciar como sua grande medida eleitoral uma coisa que, na sua essência e na sua quase totalidade, já está em vigor (ainda por cima, sendo resultante de um orçamento que vetou e posta em prática pelo seu principal opositor)? Penso que só pela cabeça de uma criatura sem vergonha nenhuma, uma pessoa com carácter muito duvidoso.
Quem age assim é capaz de fazer mais o quê? Quem desrespeita assim a inteligência e a confiança da população e a honorabilidade de uma classe profissional (a dos jornalistas) merece o quê?
Respondo: merece desprezo.
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Escrevo enquanto, em directo, se tenta perceber o alcance da ofensiva do Irão a Israel. Vamos ver no que isto vai dar mas pode não ser boa coisa (to say the least). Mesmo neste capítulo, grave, temo pela capacidade do nosso Governo estar à altura de crises sérias. Pela cabeça de quem passou a ideia de pôr o Rangel em MNE? Pelo amor da santa.
Nunca votei, e certamente não votaei no PSD, nem em qualquer partido de direita. A razão é simples:Em Portugal, ainda que o neguem, a matriz da direita radica no salazarismo, e disso fartei-me.
ResponderEliminarEsta é a direita que Marcelo levou ao pote. Todos conhecemos o "modus operandi" de falta de vergonha e ética desta gente quando no poder.
ResponderEliminarA peça de teatro Irão-Israel ontem, parecia a "guerra do Solnado". -" Ó pessoal "avisa o Irão" dentro de três horas vão chegar por essas bandas uns discos voadores que não fazem bem nem mal
para vocês tratarem deles. já não é só o Montenegro que faz do pagode estúpidos.