Tive um dia complicado, enredada nas manigâncias burocráticas de funcionários que me atrapalham a vida com mentalidades e atitudes burocráticas, sem o mínimo de compreensão. Nem falo em empatia. Falo em compreensão básica. Dizem-me que o que é preciso fazer é aquilo que os outros fora das Finanças dizem que é impossível. Há um senhor que diz que se tem que fazer uma coisa que só na Conservatória se faz. E a Conservadora diz, embora com todo o respeito e em linguagem jurídica, que os das Finanças vão mas é dar banho ao cão pois o que querem é tecnicamente impossível. E é taxativa: já disse o que tinha a dizer, não vai dizer mais nada. Face a isso, lá fui outra vez para as Finanças.
Portanto, uma audiência. Uma audiência que me tirou do sério.
Na sequência disso, mal cheguei a casa fiz uma exposição para uma Notária.
E mais umas quantas coisas.
Portanto, não levem a mal mas hoje já não tenho cabeça para me insurgir contra as marcelices que se sucedem em catadupa nem para o que quer que seja que puxe pelo lado sério do meu pensamento.
Até podia falar da entrevista ao Galamba na CNN. Comoveu-me. Ainda não foi ouvido pelo MP. Ainda não conhece o processo. O que sabe, sabe-o pela Comunicação Social. Entraram-lhe pela casa, para fazer buscas, estando as filhas a dormir. Escutaram-no durante anos. Ninguém merece tamanha pulhice. Os danos de toda a espécie que isto causa na vida de uma pessoa... E, disseram os juízes da Relação, tudo porque se esforçou por fazer o melhor para o País. Qual crime...? Num outro dia, eu falaria sobre isto. Esta entrevista merece ser falada. E não tem a ver com a entrevista, pois ele foi até bastante contido, mas também não deve ser esquecido pois não é só uma coisa incompreensível por parte do MP (ia dizer canalhice mas não quero ir por aí), é também tudo muito obra do Marcelo que não descansou enquanto não lhe fez a cama. O que Marcelo pressionou António Costa para correr com o Galamba é coisa que não deve ser esquecida. Mas tem que ser num outro dia. Hoje estou com a cabeça feita em água.
Por isso, deixem-me mas é distrair-me com esta rapaziada aqui abaixo me põe bem disposta.
Calças que se rasgam nas virilhas | Fugiram de Casa de Seus Pais | RTP
Um problema que já lhe causou forte embaraço junto da polícia e que poderá ser resolvido, apenas, se ele tirar as calças.
Há um ponto que merece atenção: o estatuto de arguido. Procurem no direito comparado de outros países "civilizados"; Alemanha, Itália, Inglaterra, França. É uma especialidade nossa e, tal como está, "uma conquista de abril". A doutrina é conhecida e repetida: a defesa dos direitos da pessoa. A realidade é outra: uma pena infame, sem condenação. Pôr a pessoa no pelourinho da opinião pública.
ResponderEliminarMandar a PGR para casa é despesa barata. O problema é muito maior: é o próprio direito penal e processual penal português que têm de ser alterados. Tal como está, se bem entendo, é simples: para interromper a prescrição de um eventual processo constitui-se a pessoa como arguido. Este estatuto só caduca com a prescrição do crime eventual imputado (se o for). Entretanto, durante 10 ou 15 anos, anda-se por aí com o estatuto de arguido, mesmo que a investigação fique num armário e ninguém mais queira saber dela. Teoricamente tudo isto é para defesa dos direitos individuais, na verdade é o contrário.
No que eu não acredito é que tenham a coragem de mexer nas leis. Quando muito, e a medo, talvez mexam na organização interna do MP.
Caro Anónimo
ResponderEliminarÉ a resposta do milhão: e porque não resolvem a questão os dois maiores partidos?! O que levou Costa a dar nega a Rio? Para os crentes, só Deus sabe a razão...
Eu não quero ser chato, mas o "outro",- o que não precisa ajuda de ninguém e sozinho assume a guerra- é o único que os tem no sitio e sem medo diz ao que vem de peito aberto.
Mas estou de acordo, com o SR. Anónimo.