Com um brilhozinho nos olhos, hoje é o primeiro dia do resto da tua e da minha vida. Essa é que é essa. E o resto vem por acréscimo.
Claro que antes foi um stress. Não há um lugar para estacionar, um único, nem ali nem nas redondezas. O parque dos Restauradores também cheio. E um trânsito do caraças. Taxis e Ubers a largarem clientes junto aos hotéis. Ou seja, demorado, a tirar bagagem, a agradecer, tudo nas calminhas, e a gente atrás a ver o tempo a escoar-se. Depois os sentidos das ruas... Tendo ambos trabalhado por ali durante anos e dir-se-ia que conhecendo a zona da Av. da Liberdade de olhos fechados, agora foi assim: 'vira aí que ou se arranja aí ou viras para baixo e entras outra vez na avenida.'. Está bem, está, não dá para virar ou, se dá, depois, não dá para virar para baixo. Voltas e voltas e o tempo a desaparecer... Uns nervos.
Há um ano longe do bulício das zonas e dos períodos de trânsito, coisas assim já nos enervam.
Resultado, fomos para a direita, por cima, pela Mártires da Pátria, para tentar o parque do Martim Moniz. E foi o que nos valeu.
Dali ao Coliseu é um pulinho a pé.
Com isto já estávamos em cima, já à hora de começar. Lançados que íamos, dirigimo-nos à pressa para a entrada. Até que começámos a ver que estávamos com uma fila de gente ao lado. Incrédula, perguntei se era para o Sérgio. Era. Uma fila gigante. Que remédio, voltámos para trás para nos pormos no fim. Mas atrás de nós continuou a juntar-se gente. Certamente gente que passou pelo mesmo que nós. Conclusão: não dá para ir de carro lá para o pé.
Foi sentarmo-nos e o concerto a começar.
E foi bom, bom.
Claro que o Sérgio tem para aí uma dúzia de canções que são fantásticas, icónicas, cantantes, colectivas. As outras -- e que me desculpem a heresia -- são, sobretudo, mais do mesmo, meio chatas. Mas a dúzia fantástica, mais as do Zeca que cantou, mais aquelas em que teve a companha do Canto Nono e da Garota Não valeram muito, muito a pena, foi uma festa, uma alegria, momentos de partilha com toda a gente a cantar e a bater palmas para acompanhar.
E depois aquela surpreendente memória do meu marido que sabe a letra de todas as mais antigas, incluindo uma de que não tinha qualquer ideia com letra do O'Neill. Incrível.
Viemos de lá todos felizes da vida.
Claro que, depois, ao entrar no parque do Martim Moniz, todas as portas fechadas... Valeu que outras pessoas ali tinham também o carro e algumas já sabiam que, a esta hora, só pela rampa. Acho que isto para evitar que transformem as escadas mais em casa de banho do que já são de dia.
Só tenho pena de não ter jeito para fazer vídeos de jeito. Por isso, aqui vão os Vampiros no meu mal-amanhado registo e que, lá, foi arrepiante, um momento maravilhoso.
Um gesto tão simples como o de rodar o telefone noventa graus para filmar melhoraria muito e sem esforço os filmes. Nunca percebi por que razão tanta gente filma com o telefone na vertical...
ResponderEliminarHá quantos anos que não vou ver um concerto do Sérgio Godinho! Mas cruzámo-lo por acaso numa rua em Bilbao, já lá irão praí uns 3 ou 4 anos.
Marsupilami, olá,
ResponderEliminarNão o faço pois tenho ideia que, ao importar para o blog, ficaria de pernas para o ar e não sei se aqui conseguiria pô-lo bem. E nunca me aventurei nas ferramentas de edição de videos... Por isso, por via das dúvidas, filmei na vertical.
Mas hei-de fazer umas experiências pois até pode acontecer que não tenha ciência nenhuma.
Mas, olhe, foi um belo espectáculo!
Olá JM,
ResponderEliminarEu sabia que haveria uma razão... No blogger, não sei; mas é muito fácil rodar os vídeos com os leitores standard (eg QuickTime Player ou VLC).
É pena. Se fosse daqui a um mês, levaria o meu filho ao concerto. Quando andamos de carro, ele gosta muito de ouvir o Sérgio, o Zeca, o Fausto (Por este rio acima), o Pedro Joia. A esperança que resta é que, então, a tournée passe pelas bandas de Évora, mas fui espreitar e parece que não...
Bom fim de semana.