Depois de anos a acompanhar o declínio do meu pai, com as suas recuperações intermédias e efémeras, com fisioterapia lá em casa e com o apoio de uma senhora que tratava da higiene e da mobilização dele de e para o cadeirão (isto quando tal era possível), com o desgaste e a ansiedade que tal situação acarreta, quando ele se foi pensámos que a minha mãe ia poder gozar a sua vida em liberdade.
De facto, foi para a universidade sénior, teve aulas de informática, voltou a refrescar o inglês, isto para além de frequentar psicologia, história e literatura, foi a passeios com amigas, a excursões e à revista, habituou-se a usar o iPad, fazíamos passeios na praia, juntava-se a nós cá em casa, foi de férias connosco para o Algarve. E tudo parecia estar bem e ela descontraída e feliz.
Até que, talvez há um ano e tal, quase de um dia para o outro, as coisas mudaram. Passou a ter pavor de doenças, evitava ajuntamentos, temia que os miúdos a contagiassem com viroses e afins, mas, estranhamente, ainda tinha mais pavor dos efeitos secundários dos medicamentos. Começou por se recusar a tomá-los até que, por duas vezes, ficou internada com a sua situação clínica descompensada.
A partir da segunda vez, passei a acompanhá-la às consultas dessa especialidade pois percebi que poderia ser grave se não se tratasse. Era a única doença que eu lhe conhecia, doença essa que, sendo controlada, nem seria nada demais, coisa quase banal tendo em atenção a sua idade.
Contudo, muitas vezes me interroguei se eu fazia bem em fazer aquela marcação cerrada, assistindo às suas consultas, insistindo para que cumprisse à risca todas as prescrições. O ter que tomar aqueles medicamentos era para ela uma doença, uma espécie de condenação.
Queixava-se de todos os sintomas que via na bula e fazia de tudo para ver se suspendia a medicação. Sofria por se sentir obrigada a tomar os medicamentos. E, estou hoje em crer, muitas vezes não devia tomá-los.
Eu dizia-lhe frequentemente que ela padecia de uma variedade atípica de hipocondria pois receava as doenças mas receava ainda mais os medicamentos. Ela achava que eu não a levava a sério, e, de facto, não, não podia acreditar que todos os efeitos que constavam da bula, mesmo os improváveis, mesmo os muito raros, se manifestassem nela.
No entanto, apesar disso, continuava bem, autónoma, independente, tratando da sua casa e, na prática, rejeitando apoio regular. Dizia-me: 'Mas, olha lá, tu não vês que dou bem conta de tudo...? Ter cá alguém para quê? Para estar aqui, sentada na sala, a olhar para mim?' ou 'Deixa-me cá estar, como eu quero, a fazer as coisas à minha maneira'.
Apesar de suspeitar que a sua recusa em ter companhia regular se devia a não querer tomar os medicamentos, respeitei a sua vontade. O que havia de fazer?
Aliás, quando julguei que a tinha convencido a ter lá uma pessoa todos os dias, logo constatei que, ao fim de uma semana, já tinha reduzido para uma manhã e, acto contínuo, já tinha passado de uma manhã para uma hora e, por fim, apenas a queria como dama de companhia, para ir de carro com ela às compras ou, por vezes, passear à beira-rio.
Contudo, queixava-se permanentemente de mil maleitas que a mim, e aos médicos que consultava, pareciam aleatórias e avulsas, de curta duração, e que não se encaixavam em nada. E ia a muitos médicos e fazia muitos exames. E, segundo ela (e do que eu via nos relatórios que ela me mostrava) não havia nada a reportar. Mas queria sempre encontrar algum outro médico que fosse competente pois, segundo ela, eram todos gaiatos ou distraídos ou 'a despachar'. E, de cada consulta que vinha, dizia que era mais um que não percebia nada daquilo e que achava que seria importante ouvir uma segunda opinião. Eu retorquia que já tinha ouvido dezenas de opiniões, que não fazia sentido estar sempre naquilo.
Em Novembro foi, toda animada, carregada com mil malas, um verdadeiro enxoval, para uma residência com enfermagem diária, com médico, e onde estavam colegas e amigas. Segundo me confessou, ia com esperança que o médico reconhecesse que se poderia suprimir ou reduzir a medicação para a sua maleita.
Mas o médico foi categórico, disse-lhe que nem pensar, que a medicação era a correcta e imprescindível. Isso foi um balde de água fria para ela, um verdadeiro desânimo. Tenho para mim que, se não fosse para manter algumas aparências, nesse mesmo dia tinha feito as malas a voltado para casa.
E, ao fim de pouco tempo, o seu estado começou a agravar-se inexplicavelmente. De forma acentuada, a sua debilidade era cada vez mais incapacitante. Pensou-se que era ansiedade, quiçá uma depressão. Eu achava que, se calhar, tinha perdido as esperanças de arranjar um médico que mandasse parar os medicamentos que, segundo ela, só lhe faziam mal e que isso estava a deixá-la deveras perturbada. Mas, ao mesmo tempo, percebia que alguma coisa estava realmente mal, que não podia ser só depressão, que qualquer outra coisa estava a minar diabolicamente a sua saúde. Andei todos aqueles dias com o coração apertado, apertado, numa grande angústia, intuindo que algo de grave estava a consumi-la.
Até que, num exame em meados de Dezembro, estava ela já muito fraca, descobrimos que tinha afinal uma doença já em fase terminal. E, por mero acaso, descobrimos também que ela já o sabia. Aliás, quase ao mesmo tempo, descobri exames de um ano antes em que já se falava da forte suspeição, em que já se descrevia o problema. Não sabemos porque o escondeu mas admito que por receio dos tratamentos e talvez contando que a progressão fosse lenta. A verdade é que encobriu a doença. E mesmo a outra situação que eu julgava que estava compensada, afinal também não estava bem, provavelmente por ter saltado, de quando em quando, se calhar mais vezes do que poderemos alguma vez comprovar, algumas tomas dos tais fatídicos medicamentos.
Para nós foi um choque tremendo. Fiquei atordoada, senti-me derrotada, vencida, infeliz de todo.
Foi internada em estado muito crítico. E o seu estado foi piorando de dia para dia. Os médicos explicavam que a situação era grave, terminal. Mas diziam também -- e isso para mim é um (estranho) consolo -- que, se calhar sem querer, a minha mãe tomou a atitude mais inteligente pois viveu bem, sem limitações, até há muito pouco tempo, poupando-se a exames e a tratamentos, se calhar dolorosos e, com certeza, dada a idade avançada e a conjunção de patologias, inviáveis ou inúteis.
Portanto, depois do choque que me trouxe em estado de incomensurável ansiedade
primeiro por não perceber o que estava a passar-se e, depois, por termos descoberto a gravidade das suas doenças numa fase em que já nada havia a fazer, por me sentir impotente, incapaz de poder fazer ou decidir alguma coisa que pudesse ajudar a salvá-la ou ajudar a prolongar a sua vida, num estado de enorme abalo e tristeza por ver como o seu estado se agravava de dia para dia, sempre naquele limbo em que nunca sabíamos se, ao entrarmos no quarto, a iríamos ver melhor ou já sem respirar, numa angústia sem atenuante, uma angústia tão grande, tão profunda, por ver como a minha mãe, lúcida, sofria por não se sentir a melhorar, assistindo à triste perda, uma a uma, de todas as suas faculdades,
quero agora começar a pensar que, vendo bem as coisas, a minha mãe viveu como quis, decidiu o que quis, conseguiu que, até há muito pouco tempo, não a olhássemos com a tristeza de a sabermos com uma doença incurável. Conseguiu viver normalmente quase até ao fim.
No outro dia, salvo erro neste sábado, quase sem voz, um fiozinho, um sopro quase inaudível, disse-me, com muita tristeza: 'Já viste bem o problema...? Querer falar e não ter voz...'. Eu pensei que o grande problema era outro, era a quase inevitabilidade da morte que avançava a passos largos. Mas esforcei-me, acho que não deixei transparecer, e disse-lhe num tom que tentei que fosse leve: 'Mas eu estou a ouvir o que diz, percebo tudo, nós percebemos o que diz...' e a minha filha, que também lá estava, confirmou: 'Ó vó, tu já estiveste pior, já estiveste mesmo sem falar, agora percebe-se tudo o que dizes, estás melhor...'. Tentámos animá-la e ela pareceu deixar-se animar, embora de uma forma quase indiferente, embora talvez estivesse apenas cansada, ou a fingir, não sei, pois sabia que o fim estava a aproximar-se.
Hoje, ao ver a sua carteira, vi o talão de uma loja de lingerie do último dia de Outubro. Estava bem, andou às compras, deve ter comprado camisolinhas interiores ou pijamas. Era muito ciosa da qualidade das peças de roupa que usava. Nesse dia comprou também pastéis de nata e ainda foi ao supermercado. Todos nós estávamos longe de supor o que se passava, longe de supor que, pouco tempo depois, estava como estava, prestes a soçobrar. Longe, muito longe de imaginar que dois meses e tal depois já cá não estaria.
E tinha sempre a preocupação de ter casaquinhos de malha para vestir por cima das blusinhas. Tinha-os de todas as cores mas havia sempre alguma cor que lhe faltava. Também no fim de Outubro foi, pois, comprar mais um, por sinal muito bonito em verde-dourado. Eu achava uma coqueteria dela, não percebia aquela vaidade de casaquinhos de todas as cores e feitios, mas, enfim, se ela ficava feliz com isso, dizer o quê? Acho que não chegou a estreá-lo e tenho pena pois ficar-lhe-ia bem. No verão fui com ela a uma loja que fez as suas delícias. Escolheu, apalpou a lã, inspeccionou os avessos. Dizia que era boa confecção, bons materiais, nada a ver com 'essas porcarias chinesas...'. Foi um presente meu: um casaquinho azul escuro com risquinhas brancas no cós do pescoço, no cós das mangas e em baixo, e um outro, que tive que insistir que o trouxesse pois achava garrido demais, em salmão, arrendado. Mas ficava-lhe mesmo bem. E uma tshirt com fundo claro, de manga curta, com manchas como folhas, como flores abstractas em vários tons de amarelo e laranja.
Dias depois a minha filha andou a passear com ela à beira-rio, foram até ao MAAT, foram lanchar ao Sud, estar por lá. Estava super bem-encarada, calças claras, essa tshirt alegre e estival, ténis frescos e claros.
A minha filha fotografou-a sentada na escada, corada, sorridente. Parecia cheia de saúde, via-se que estava feliz.
Quando ela se queixava de que os medicamentos lhe faziam isto e aquilo tentávamos dissuadi-la, chamando a sua atenção para o bem que estava, parecendo ter vinte anos a menos. E parecia mesmo. Quase sem rugas, pele muito lisa e bem hidratada, olhos azuis, corpo elegante, a andar bem.
Foi essa fotografia que a minha filha lhe tirou nesse dia de verão que escolhemos para figurar no cartão fúnebre e que a senhora da agência colocou numa moldura sobre o manto que cobria a urna.
Todas as pessoas estavam chocadas, intrigadas com a sua morte. Dizíamos: 'a fotografia é deste verão'. O que se tinha passado para que, estando tão bem, tivesse morrido assim tão de repente? -- todos perguntavam. Ainda no início de Novembro, antes de ir para aquela residência, estava no jardim a apanhar ervas daninhas, a podar as roseiras, a regar. As vizinhas referiram-no. E toda a gente referia as suas caminhadas, a sua energia. A todos parecia impossível que, de forma tão abrupta, tivesse morrido.
E embora eu própria ainda esteja a tentar recompor-me do tremendo choque que sofri ao sabê-la numa fase terminal e a vê-la a apagar-se inexoravelmente, de dia para dia, e do enorme desgosto que sinto,
tentando perceber como vou colmatar a sua perda, como vou passar sem os dois telefonemas por dia (em que, nos últimos tempos antes da terrível descoberta, já me enchiam de ansiedade e em que fazia enormes exercícios de criatividade para tentar provar-lhe que o que sentia não era nada de concreto e para tentar descobrir o argumento infalível que a convencesse a esquecer os efeitos secundários e tomar os comprimidos para a única doença que era do meu conhecimento -- mas, que, ainda assim, eram momentos integrantes da minha rotina diária), sem as visitas que lhe fazia, sem a sua existência física,
tento convencer-me que a minha mãe viveu bem até há pouco tempo, teve uma vida longa e preenchida, com netos e bisnetos que a enchiam de orgulho, sem que ninguém a olhasse com comiseração por ter uma doença numa fase terminal, sem que ela própria se visse a ter que enfrentar quimioterapias, radioterapias, entre médicos e hospitais. Poupou-se a isso e, se calhar, quem sabe?, também se sentiu contente e orgulhosa por ter poupado a família a isso.
Nesta quarta-feira, para me despedir da minha mãe, usei um casaquinho feito por ela em crochet supercolorido, uma réplica de um modelo Dolce & Gabbana. Naquela altura, ela andava a dizer que estava sem nada que fazer e eu, vendo aquele modelo tão bonito, disse-lhe que me candidatava a um assim. Ela agarrou o desafio. Foi muito trabalhoso e ela orgulhava-se muito daquele exigente trabalho, e eu também; sempre que o vestia, atraía as atenções e eu elucidava sempre: 'foi a minha mãe que o fez'. E contava-lhe isso, contava como as pessoas ficavam admiradas por ela ter feito um trabalho tão complexo e tão perfeito, e ela ficava contente. Usei, pois, esse casaquinho que ela me fez. Acho que ela teria gostado de saber. Foi como que uma homenagem. O seu trabalho, que fez com amorosas mãos, continua a ser muito estimado, continuarei a usá-lo com muito orgulho.
E usei também o fiozinho de ouro com um coração aberto, o contorno de um coração, que sempre lhe conheci junto ao pescoço. E usei os seus brincos inseparáveis, em ouro branco e dourado. O meu marido estranhou: 'Estás a usar essas coisas da tua mãe...?!'. A minha filha também me perguntou se não me fazia impressão usar o fio e os brincos dela, que ela usava sempre, em qualquer ocasião, que usou até ter entrado no hospital. Não. Não me fez impressão nenhuma. Senti que tinha que ser. Acho que foi uma forma de a ter ali comigo, bem junto a mim, naquele momento em que, na verdade, já não era ela que estava na urna.
A minha filha também levou uma blusinha branca com umas florzinhas coloridas que a avó lhe fez no verão. Também quis honrar a sua memória. Lembrou-se certamente da avó a provar-lhe a blusinha, a ver se estava de bom tamanho e largura, a decidirem em conjunto em que posição, a que altura, se haveria de pregar as florzinhas. São momentos assim que não se esquecem.
A minha filha é que falou com a senhora que vestiu a minha mãe, depois de ter morrido, porque eu estava incapaz disso. Antes combinámos entre nós e eu sugeri que vestisse, por cima, um casaco quentinho. A minha filha achou que não fazia sentido e que iria melhor só com as calças e a blusa bonita, no mesmo tom, que iria mais elegante, disse que a avó ligava muito a vestir-se com elegância e que um casaco, naquelas circunstâncias, não fazia sentido. Compreendi mas, inicialmente, antes de falar com ela, parecia-me que um casaco quentinho era indispensável. Mas aceitei que a minha filha tinha razão. Contudo, quando ela falou com a senhora, sugeriu que lhe fosse vestida uma camisola interior por baixo da blusinha bonita. Contou-me que a outra senhora estranhou, deve ter achado que não fazia falta ou que não fazia sentido, mas a minha filha achou melhor. E eu também achei bem. Pode não fazer sentido mas há um último reduto de irracionalidade para o qual nos movemos nestes momentos em que a emoção parece tomar conta de tudo.
Quando lá, na capela, num dado momento, eu disse 'a minha mãe está ali', o meu marido corrigiu-me, disse que já não era a minha mãe que estava ali. E sei que não. Ali já era apenas o corpo que tinha resistido até um dia e tal antes. Tal como não é ela que agora está transformada em cinzas que em breve serão enterradas.
A minha mãe está nas nossas memórias, no que recordamos dela. Está também no estojo de costura que hoje encontrei numa das suas malas, ela sempre tão ciosa das suas costuras imaculadas, as caixinhas da costura sempre tão bem arrumadas (ao contrário das minhas, sempre uma confusão), está no dedal de prata que usou toda a vida e que hoje guardei na minha mesa de cabeceira, está no espelhinho, tão bonito, que trazia sempre na sua carteira. E está no que irei descobrindo à medida que for mexendo nas suas coisas. E está nas fotografias em que estava sorridente e feliz entre nós.
Cada um reage à sua maneira. Umas pessoas mais racionalmente, outras mais emotivamente. Mas, de uma maneira ou de outra, é sempre uma perda, uma dor. Sei pela experiência da perda do meu pai que o tempo vai atenuando, vai adoçando, vai tornando os contornos mais suaves.
E sei que, no fundo, o que ficará de todo este processo é a inteligência e sabedoria da minha mãe ao conseguir viver bem quase até ao fim, furtando-se ao máximo ao estatuto de doente e de coitadinha. Viveu quase até aos noventa e um anos e, com excepção do último mês e picos, viveu na plena posse das suas faculdades, a decidir sobre a sua vida, como uma pessoa livre e independente. E, quando me esquecer do último ano e tal (em que, talvez por saber o que tinha e por ter decidido seguir adiante sem se tratar e sem comunicar à família, parecia quase sempre um bocado preocupada, frequentemente como se tivesse medo de tudo e mais alguma coisa), lembrá-la-ei como lembro os seus momentos mais luminosos: bem disposta, sorridente, por vezes rindo até às lágrimas, sempre muito bem informada, com uma memória infinita e inacreditável, muito amiga de ler, com opiniões próprias, a gostar de contar histórias, imitando os personagens dessas histórias, desfiando recordações dos seus tempos de professora, a fazer arranjos nas roupas de todos, a fazer meias de lã, mantinhas, blusas e casaquinhos, a gostar de preparar grandes lanches em sua casa com bolos e crepes e tartes que fazia em doses duplas e que todos adoravam, a gostar de ter os miúdos a desarrumar-lhe a escrivaninha que mais parece uma arca do tesouro, a conversar animadamente com a minha filha, a querer que o meu filho lá fosse apanhar as laranjas, tão doces, e, não menos importante, a professora querida de que os alunos não se esquecem nunca. É assim que a minha mãe era, é assim que quero guardá-la dentro de mim, é assim que gostava que todos nós, na família e entre amigos, nos lembrássemos dela.
Os meus sinceros pêsames
ResponderEliminarSentidos pêsames.
ResponderEliminar
ResponderEliminarQuerida UJM
Emocionada.
Imagino a sua dor, pois já passei por isso,
e acompanho-a nesses momentos tão tristes.
As boas recordações servirão, talvez, para
que a tremenda falta da sua presença se vá
atenuando com o tempo.
Grande abraço, bem apertado.
Beijinhos
Olinda
Uma Grande Senhora!
ResponderEliminarFicará também um pouco dela em nós, através da sua escrita.
Abraço sentido
Boa tarde.
ResponderEliminarNada a dizer, porque nestas alturas as palavras não fazem qualquer sentido.
Coragem e força.
Este testemunho sincero, saudoso e de dor da UJM, pela partida da sua mãe(a qual à sua maneira não quis que a doença lhe ditasse estes meses de vida...) suscita também sentimentos de emoção a quem o lê, em especial a quem vai acompanhando os "posts". É um texto que fala por si mesmo, ou antes em que a UJM manifesta o que lhe vai na alma neste período difícil...
ResponderEliminarUm abraço sentido.
Os meus sentimentos.
ResponderEliminarDói a ler. É bom.
ResponderEliminarPerdi a minha em Outubro, como julgo saber, como tal compreendo muito bem a sua dor. Também usei no funeral (usámos) roupa feita por ela ou objetos dos quais gostava muito. Não voltei à rua, nem ao prédio, nem à cidade onde morava. Os últimos dois anos foram de enorme debilidade, sempre hesitante ela própria entre a vontade de desistir e a de viver. O que nos conforta é sempre termos estado lá, pense nisso. Mas não posso esconder nem dizer que não vai sentir o vazio, eu pego no telefone todos os domingos para lhe ligar...
ResponderEliminarPara si e família um abraço.
( e sim, os blogues não se fizeram só para expressarmos coisas boas, eles são vida e a vida é feita de muitas coisas).
~CC~
Que exemplo de coragem e de amor o da sua Mãe!
ResponderEliminarUm abraço amigo da
Filo
ResponderEliminarMuito obrigada pelas vossas palavras.