Já aqui escrevi várias vezes que acredito que o crescimento do Chega resulta em grande parte da comunicação social levar o Ventura ao colo e da forma como o MP e a comunicação social tratam os processos ou pseudoprocessos que envolvem políticos e outras figuras mediáticas ou com poder.
O Ventura não tem uma única proposta para o País, não diz o que faria sobre os diversos setores se fosse eleito. Cavalga o que vai mal, anuncia medidas populistas inconcretizáveis, mente e não tem uma ideia, nem aproximada, sobre o orçamento de Estado e muito menos sobre os custos e proveitos que o compõem.
No entanto, o que é que a comunicação social divulga sobre os discursos do Ventura?
Divulga os sound bites, muitas vezes mentiras, sem se dar ao trabalho, que seria o verdadeiro trabalho de jornalista, de informar que o Ventura está a mentir.
Ainda hoje, no Congresso, o Ventura avançou mais uma vez com um número sobre os gastos com a igualdade de género que já foi bastamente demonstrado que é mentira. No entanto, é um dos excertos do discurso que passa em tudo o que é notícia. O único jornalista que ouvi referir que o Ventura diz, impunemente, as mentiras que lhe apetece foi o Anselmo Crespo na cobertura que a CNN fez do Congresso do Chega. Que raio de jornalistas e jornalismo temos que divulgam mentiras, que sabem que são mentiras, e não o referem?
Outra moda agora dos comentadores e jornalistas/comentadores é transmitirem a ideia que o Chega vai crescer muito nas próximas eleições. É mais uma ajuda para o Ventura porque a ideia de vencedor angaria os votos de quem gosta de estar com quem vence. Seria útil que, de uma forma séria e isenta, a comunicação social tratasse o Ventura como ele merece. Se não me engano, uma análise correta das sondagens revela não haver nenhum crescimento exponencial do Chega.
O Ventura e o Prof. Marcelo são um filão para a comunicação social que temos. No entanto, não teriam interesse por aí além para a comunicação social de que precisamos.
Antes de terminar, ainda uma palavra para o Pedro Nuno Santos. Hoje veio com um discurso meio sem jeito sobre o governo do PS. Assim, infelizmente, não vai longe. As pessoas querem abordagens simples e pela positiva. E reincidiu na conversa da empatia. Tem muito que aprender com o António Costa. O Pedro Nuno não se deve esquecer que, ao contrário de todos os PM anteriores, o António Costa sairá do governo com uma imagem bastante positiva. O António Costa é, aqui concordo com a maioria dos comentadores, o maior ativo do PS.
Pois sim, mas já nem se atrevem a publicar sondagens.
ResponderEliminarO chega é o único partido que é assumidamente contra o "sistema", se vai mudar alguma coisa não sei dado que isto está tudo feito para se manter tudo igual. De qualquer forma admiro e muito a sua coragem e a sua resistência a tantas descriminacoes que vem sendo alvo. Não desarma nem se encolhe, GRANDE André Ventura diz as verdades de forma genuína e dá o "corpo as balas". O único que encara a ideologia de gênero (por exemplo)como a fraude que é. Poder econômico:
ResponderEliminarIndústria farmacêutica ,
Medicina inventada (medicina tradicional)
Indústria alimentar,
Governo.
Somos povinho alienado pelo poder econômico.
Precisamos de um "maluco" para ajudar a "acordar", sim porque para mudar ainda falta muito estamos e muito "adormecidos" com esta lavagem cerebral que fomos alvo de geração em geração, infelizmente vai levar o seu tempo.
Os acentos circunflexos são coisa do Cruzeiro do Sul? A grafia deste lado do Atlântico é o acento agudo nas palavras que usou. Mas tudo bem, são variantes.
EliminarCreia, malucos não faltam por cá. Abundam, aliás.
"descriminacoes"?! Boa...!
EliminarMeu Caríssimo SR.
ResponderEliminarApesar de tudo, o Chega, serve-nos para perceber - os que ainda não tinham percebido! - que o PSD e CDS, foram formados, para dar abrigo á direita chauvinista, antidemocrática e requentada da ditadura, composta aqui e ali, por alguma sociedade de direita democrática cristã. Mas na sua essência, na sua génese, a matriz politica da sua formação, é altamente tradicionalista e de enorme conservadorismo onde aparece com muita frequência " Pais e Avôs fascistas" como o congressista do Chega ontem na reunião da extrema direita reacionária que se escondeu no regaço do PSD e CDS ao longo da democracia neste país.
Diz o SR. e com razão!, de que a Comunicação Social, é a grande causadora do Chega chegar ás pessoas. Efetivamente assim é. A CS aposta tudo no crescimento do chega, para esvaziar o PSD, sendo meio caminho andado para despachar Montenegro, e proporcionar a aparição numa manhã de nevoeiro, o seu sebastianismo Passista, contando com Marcelo, para uma nova encenação para derrube do governo PS caso não tenha maioria absoluta a 10 de Março. O esquema está montado com Comunicação social mais o Chega, e sempre, a "mão escondida atrás do arbusto" que anda por aí, na calada da noite.
Escrevam todos os homens e mulheres de esquerda, nas vossas cabeças que, quando a esquerda- ou seja, o PS- perder o poder neste país, a comunicação social, e o poder económico da direita, esmaga a possibilidade da esquerda voltar ao poder durante vinte anos. Ninguém duvide disto.
A comunicação social hoje, toda ela, até a do Estado, arregimentou todos os comentadeiros avençados de cariz politico mais reacionário e até fascizantes para enviesar o debate levando-o para um plano inclinado sempre contra o Partido Socialista aproveitando até os idiotas uteis que se dizem do PS, e que agora se colaram a Pedro Nuno Santos. Os "Assis" neste país, há em resmas, ao virar da esquina.
Quanto a Pedro Nuno Santos. Também estou de acordo com o SR. P.N.S já vai parecendo um feirante da banha da cobra, que eram sempre imperdíveis e carismáticos em todas as feiras que me lembre. Oferecer tudo e um par de botas a todos, vai sair caro a quem alimenta o sonho de adquirir, mas ainda mais caro, a quem promete. Percebo a intenção, mas o momento e o modo, como parece querer fazer, acho que lhe vai faltar chita ( para quem não sabe, "Tecido de algodão estampado a cores" ) para acabar a toalha de mesa para o banquete. Vamos ver.
A Sinda Barros, foi ao médico, este, passou a receita, foi á farmácia, e depois, depois no dia a seguir, acordou... e, cadê o comprimido?! Resultado: foi a merdice que nos diz.
ResponderEliminarSempre me disseram que, de um burro, querer fazer cavalo de corrida, a meta é uma miragem.
Ó Sinda Barros, tem dó, porra. Olha o comprimido.
Parabéns, marido da UJM
ResponderEliminarPublicou um excelente, simples e realista texto que eu gostaria de poder ter assinado consigo.
Abraço e as melhoras da sua esposa.