Há uma qualquer disfunção entre mim e a Covid, seja na forma de doença seja na forma vacinal. A maior parte das pessoas que conheço que têm covid ou levam a vacina passam por ela de fininho. Eu, quando tive, fiquei a dormir e com um sono macaco durante meses. Agora é com a vacina. Ontem à noite uma soneira. Hoje ainda não dormi de dia, até porque não pude, mas tenho estado todo o dia sem gás, sem pilhas, o corpo a pedir-me cama e sono.
Para além disso ,dói-me um bocado o braço onde a dita me foi espetada. Cheguei a pensar que não estava em condições de ir para a piscina dar o corpo ao manifesto. Mas fui e lá me aguentei. Também pensei que não iria aguentar uma caminhada. Mas lá me aguentei. E até me soube bem. Caruma molhada, cogumelos, cheiro a pinheiros molhados, a erva verde. Oxigénio bom.
Resisti a isso. Mas teve consequências: as pilhas esgotaram-se mais um pouco.
Em contrapartida, o meu grupo de amigos esteve muito activo durante o dia: muita picardia, muita brincadeira. Assisti sem ter força para intervir. Como muitos são médicos, há sempre muita diversão em torno disso. Já aquela minha amiga médica que morreu sem ninguém perceber que estava a morrer (já falei aqui nisso algumas vezes pois fez-me muita impressão) passava a vida a enviar anedotas e cartoons sobre médicos, sobre doentes, sobre gaffes médicas, etc.
É isso e gays: não há quem diga mais anedotas sobre gays do que os gays.
Mas acho isso saudável. Uma pessoa não se levar demasiado a sério dá saúde. As piores pessoas que, até hoje, conheci são as que se acham o máximo, que desprezam os outros, que não têm nem compaixão nem tolerância nem sentido de humor. Pessoas assim são intragáveis.
E, por falar em saúde: parte da família está constipada. Ou isso (que com tanta evolução já nem sei distinguir uma constipação das outras coisas) ou virose. Ou resfriado. Tanto dá.
Felizmente, até ver, tenho escapado. E deixa cá bater três vezes na madeira senão já sei no que vai dar. Durmo de janela aberta para sentir o frio que chega da rua, em especial de madrugada. Como a persiana fica mal corrida, entra a penumbra e a luz e o frio e os sons da chuva e da noite. E durmo apenas com uma fina mantinha (para além do lençol, claro). O meu marido abomina sentir o ar frio da rua e, por cima da fina mantinha, tem uma grossa mantona e, se necessário for, ainda uma outra. Tudo do lado dele. Eu não aguentaria, morreria assada de calor.
Mas já estamos naquela época do ano em que, quando vou para a cama, lá para as duas ou mais da manhã, me é confortável encostar-me a ele. Aqueço num instante.
E agora está a dar um programa fantástico na RTP 2, Raízes e Frutos. Uma raridade. Quem não viu e puder pôr a andar para trás, sugiro que o faça. Muito bom. Dizem coisas extraordinárias. E simples. E há imagens incríveis. Um fascínio.
_______________________________
Grandma’s Hands | Kori Withers and Friends | Live Outside | Playing For Change
In celebration of Bill Withers' birthday, we invite you to experience music that will ignite your soul with this amazing, heartfelt Live Outside performance at Mark’s Park by Kori Withers and Friends, in a tribute to her father, performing a rendition of his beloved classic, "Grandma's Hands." Kori’s connection to the song is palpable, carrying the legacy and spirit of her father's music with grace and power.“Grandma’s Hands” is an ode to Bill Withers’ grandmother, Lula Carter Galloway. This story of gratitude and shared memories is now told in a beautifully illustrated children’s book, painted by multiple award-winning artist R. Gregory Christie and published by Joel Harper’s Freedom Three Publishing in collaboration with the Withers Family’s Mattie Music Group.
Raízes e frutos na RTP Play - https://www.rtp.pt/play/p12293/e724039/raizes-e-frutos
ResponderEliminarObrigada Ésse Gê, é isso mesmo. Obrigada por deixar o caminho para se chegar às raízes aos frutos!
ResponderEliminarBom domingo.