segunda-feira, setembro 04, 2023

Vidas simples, zonas azuis

 

Ontem cheguei à noite com uma certa dor no colo do fémur. Na cama, não foi fácil encontrar uma posição inócua. Felizmente não me impediu de dormir. Mas, de quando em quando, tinha que me reposicionar.

Ao queixar-me, o meu marido zangou-se, diz que parece que não aprendo.

A questão é que, de dia, tinha andado a apanhar caruma, pinhas roídas, folhas secas, terra. Puxo com ancinho ou varro, faço montes e depois, se o local de destino está perto, apanho à mão e ponho lá. Se não, coloco dentro de um cilindro de ráfia e transporto-o até onde o possa despejar. 

Como sempre acontece, não me custa, não me canso, não me dói nada. O meu marido avisa-me que tenha cuidado. Ele andava a fazer o mesmo e a cortar ramos de carrasco e de aroeira. Pensei que estava a ser cautelosa, que não estava a fazer nada de extraordinariamente pesado. Mas o meu corpo, depois de tanto que trabalhou, parece que se tomou de melindres e, agora, a cada trabalho mais árduo, ressente-se. A idade tem isto, creio que desgasta um bocado as articulações. Não sei.

[Não sei se já contei que há uns meses fiz uma osteodensiometria. Numa outra, feita algum tempo antes, tinha sido assinalado que tinha baixa densidade óssea, não osteoporose mas a caminho disso.  Então, ao ver o relatório e ao ver que lá estava escrito que havia uma significativa alteração, fiquei assarapantada, julgando que tinha piorado. Afinal, foi ao contrário, estava bem melhor. Caminhadas, ar livre e sol produziram bons resultados.]

Felizmente, acordei melhor. O sono tem um poderoso efeito reparador.

Ontem tinha ido visitar a minha mãe e depois fomos ficar com uns dos meninos até os pais chegarem. 

Este domingo foi tranquilo. Estava na dúvida sobre a minha capacidade para fazer uma caminhada mas fui. Fizemos um belo passeio por um agradável pinhal. Estava muito mais fresco do que nos dias anteriores, a prometer chuva, mas, afinal, o que veio pouco mais foi que uns envergonhados pingos. 

Para o almoço fiz maruca cozida com batata normal, batata doce, feijão verde, cebola e ovo. De sobremesa, uvas das nossas.

Ao fim do dia, novo passeio. 

Não será por falta de me mexer que emperrarei, nem será por comer comida pouco saudável que me entupirei. 

(A minha filha diz que, nisto da comida, o meu problema são as quantidades, diz que deveria comer menos. Não digo que não. Mas tenho sempre apetite. Gosto de comer.)

Entretanto, hoje estive também na conversa com amigos reencontrados e com outros com quem, em tempos, partilhei os mesmos espaços sem o saber. A vida é uma coisa extraordinária. Surpreendo-me a cada dia que passa. Penso que as pessoas que se fecham sobre si próprias acabam por não colher das surpresas da vida nem a metade.

Agora, à noite, estive a ouvir música e a ver mais um daqueles vídeos sobre as Blue Zones, aquelas zonas do planeta em que as pessoas vivem, saudáveis, até mais tarde. 

É o que se sabe: vida activa, ar livre, trabalhar, caminhar, comida simples (vegetais, frutos secos, feijão...). Partilho convosco pois pode ser-vos útil.

The secret to longer life may be in where you live, not exercise or supplements

ABC News’ Phil Lipof spoke with Dan Buettner, National Geographic Explorer and author of “Blue Zones: Secrets for Living Longer,” about how certain lifestyles can be reverse engineered for long life.


Desejo-vos uma boa semana a começar já nesta segunda-feira
Saúde. Harmonia. Paz.

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