quarta-feira, junho 28, 2023

Coisas da minha vidinha (incluindo da sub-vidinha de candidata a escritora)
E um aviso a mijadores em locais públicos e a tremenda lição de vida de um patinho fofo

 

Hoje vão fazer o favor de me perdoar mas não vou alongar-me. Tenho calor (apesar de estar com o ar condicionado ligado), tenho sono e, para ajudar à festa, esta quarta-feira vou ter que me levantar muito cedo pois temos aqui uma coisa que tem que ser arranjada e o homem que cá vem resolver o problema, como já tinha o dia todo ocupado, disse que, para vir, teria que vir quase de madrugada.

Eu, que tinha pensado que iria pôr o sono o dia, chapéu. Portanto, estou aqui a pensar que o melhor que tenho a fazer é ir para a cama.

E depois, para dizer a verdade, não tenho muito a contar. 

Continuo a fazer hidroginástica e já consigo atinar com as esquerdas e as direitas, braço para aqui, perna para acolá, e troca, e salta e salta, e, no fim, aproveito sempre para nadar um bocado. Gosto bastante.

E andei outra vez a apanhar orégãos (apesar do calor horrível) pois gosto imenso, consumimos bastante, e gosto de ter para dar. 

E andei a regar, embora com muita contenção. Faz-me muita impressão esta secura e penso que temos que tentar impedir que tudo morra à míngua de água.

E estou a escrever um conto e isto comigo funciona de uma forma que, se calhar, é disfuncional. Não sei se quem escreve habitualmente planifica ou premedita. Eu não. Meto-me nas coisas um bocado à maluca e isso, claro, traz-me dificuldades.

Por exemplo, há não muito escrevi uma história sobre uma mulher que tinha uma certa profissão. A história desenvolve-se em torno da vida e do trabalho dessa mulher. Quando contei à minha filha, ela mostrou algum espanto e ironizou: "Tudo coisas sobre as quais sabes tudo...". Deu-me imensa vontade de rir pois era questão que não me tinha ocorrido. E, na verdade, é um mundo que desconheço na íntegra. E, no entanto, meti-me, sem pensar, a escrever sobre isso. E adorei. Foi como se o mundo se me tivesse revelado. Se calhar, se alguma vez alguém que, na realidade, vive naqueles lugares e tem aquela profissão, ler o que escrevi, vai achar que sou é maluca, que não é nada daquilo. Mas o que hei-de eu fazer...?

E agora, para este conto, foi a mesma coisa. Comecei a escrever e, quando dei por mim, a personagem tinha dado uma reviravolta na sua vida para ir fazer uma coisa que eu, igualmente, desconheço na íntegra.

Por isso, agora estou a escrever sobre um mundo que me está nos antípodas. E isso traz-me dificuldades que me obrigam a fazer pesquisas pois posso ser maluca de todo mas não sou parva. Pelo menos, acho que não sou.

Mas porque é que faço isto? 

Não sei. São as minhas mãos que me levam, que me levam para mundos novos. E eu, que sou levada, ando de gosto a conhecer vidas das quais estou a milhas. De vez em quando tenho que parar pois não sei o que vai acontecer a seguir. Não consigo escrever histórias sem histórias. A escrita circular, escrever só por escrever, não é comigo. Mas as histórias são percursos dos personagens e, por vezes, não sei que percurso é que elas vão seguir.

Não sei como é que isto é lido pois receio que pensem que estou a dar uma de escritora. Não estou. Estou, em total humildade, a começar a experimentar novos caminhos. Não sei onde é que eles me vão levar mas sei que tenho que me aventurar.

Isto ocupa-me o tempo livre que tenho e ocupa-me também a cabeça.

Mas, portanto, não me levem a mal mas hoje também não vou comentar os vosso comentários. Aqui deixo o meu agradecimento. 

E, para que não sintam que, tudo espremido, nada, deixem que, para acrescentar alguma little coisinha, partilhe um sinal contra urinar em cima das plantas que me parece bastante criativo. Eu, pelo menos, acho o máximo. 

E, se quiserem ver arbustos artisticamente aparados, podem vê-los no mesmo sítio.


E depois há o patinho fofo e esperto que, em situação de risco, resolve fazer-se de morto.

Ensinamento muito útil.

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Um dia bom

Saúde. Alegria. Paz.

3 comentários:

  1. UJM. Viva.

    Permita que aconselhe aqui, a quem bem entender, naturalmente, a visita ao Blog "Aspirina B", e ver a "pérola justificativa", que levou Marcelo, a equacionar, dissolução ou não em função dos vinte e tal comentadores de direita que enxameia a bolha mediática, e que "VALUPI", transcreve
    as tais inacreditáveis, e impensáveis, e, inapropriadas declarações de um Presidente da República sem a mínima capacidade politica!, e até, porque não dizer, em meu entender...falta de respeitabilidade pessoal, para o cargo que exerce.

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  2. Olá Caro Ccastanho

    Espero que as costeletas hoje estejam melhores que ontem e que amanhã estejam melhores que hoje.

    E tem razão, mais um grande texto do Valupi. É tal e qual. O descaminho de Marcelo acentua-se. Ou ele cai na real ou não vai acabar bem.

    Obrigada pela dica pois fica aqui para todos os Leitores a verem.

    Rápidas melhoras.

    Um abraço!

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  3. Cara UJM.

    As costeletas lá vão fazendo o seu caminho a passo de caracol...Desde pequeno que ouço dizer: erva ruim não queima a geada.

    Muito Obrigado.

    Um abraço para si e seu Marido. E, já agora, aguardo prosa dele, sempre muito escorreita, para além da elegância de escrita, tem pensamento.

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