O google e a própria bula dos medicamentos incentivam bastante este tipo de problemas. Para quem sofra desta síndrome, os sintomas aí estão à disposição. À la carte.
Durante as fases de hipocondria aguda, as pessoas que disso padecem ficam voluntariamente entregues, quase a 100%, a si próprias, a olharem para dentro de si, tentando identificar e caracterizar os sintomas, validando na documentação a que acedem que esses sintomas confirmem a doença, tentando identificar outros que o reforcem, tentando verificar se também os sentem.... etc.
Não querem conviver pois não querem perder de vista os seus sintomas não vá a coisa agravar-se, não querem que os outros digam que é tudo inventado (ou imaginado). Geralmente ficam deprimidas, mal encaradas. Comportam-se como se estivessem mesmo mal e melindram-se com o descaso que verificam nos outros.
Uma pessoa hipocondríaca não é apenas uma pessoa que destrói a sua própria qualidade de vida como a dos que a cercam pois, quem está por perto, teme sempre o dia em que algum daqueles sintomas seja real e que, por o ter desvalorizado, fique responsável por a pessoa não ter sido acudida a tempo. E, por outro lado, não é confortável ficar no papel de quem é insensível e inconsciente a ponto de não prestar atenção a alguém gravemente doente. Mesmo perante o hipocondríaco que se sente portador de doença grave e/ou terminal, como ficamos se mostramos que aquilo não passa de mais uma daquelas invenções habituais e transitórias?
Por isso, que não se menospreze o poder devastador da hipocondria.
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Mas passo a palavra ao ChatGPT
Eu:
O que é, a que se deve e como se trata a hipocondria?
ChatGPT:
A hipocondria, também conhecida como transtorno de ansiedade de doença, é um transtorno psicológico caracterizado pela preocupação excessiva e persistente com a possibilidade de ter uma doença grave, mesmo na ausência de evidências médicas que justifiquem essas preocupações. As pessoas com hipocondria geralmente interpretam sintomas físicos normais como sinais de doença grave e tendem a buscar constantemente exames médicos e investigações para confirmar suas preocupações.
A causa exata da hipocondria não é conhecida, mas acredita-se que seja uma combinação de fatores genéticos, ambientais e psicológicos. Pessoas com histórico familiar de transtornos de ansiedade, traumas passados ou experiências negativas com doenças podem estar em maior risco de desenvolver hipocondria.
O tratamento da hipocondria envolve uma abordagem multidisciplinar que pode incluir:
Terapia cognitivo-comportamental (TCC): A TCC é uma forma de terapia que visa identificar e modificar os padrões de pensamento negativos e distorcidos associados à hipocondria. O terapeuta ajuda a pessoa a examinar e desafiar as crenças irracionais relacionadas à saúde, desenvolvendo estratégias para lidar com a ansiedade e reduzir os comportamentos de busca por reassurance médica.
Terapia de exposição: A terapia de exposição gradualmente expõe a pessoa a situações temidas, como consultar médicos com menos frequência ou adiar a procura de informações médicas, com o objetivo de reduzir a ansiedade associada à hipocondria.
Medicamentos: Em alguns casos, medicamentos como antidepressivos ou ansiolíticos podem ser prescritos para ajudar a reduzir a ansiedade e os sintomas relacionados à hipocondria. É importante lembrar que os medicamentos devem ser prescritos por um profissional de saúde e seu uso deve ser acompanhado de perto.
Além dessas abordagens, é fundamental o suporte de uma equipe médica e profissionais de saúde mental especializados no tratamento da hipocondria. É importante que a pessoa com hipocondria tenha um ambiente de apoio, com familiares e amigos compreensivos, para ajudar na superação desse transtorno.
Se você ou alguém que você conhece está lidando com a hipocondria, é recomendado buscar ajuda de um profissional de saúde mental para obter um diagnóstico adequado e um plano de tratamento personalizado.
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Uma outra abordagem
- que entre a malta da Porta dos Fundos
Segundo o Google, tenho apenas mais dois dias de vida. Tudo começou com uma coceira de nada no pescoço, cocei tanto que desloquei meu ombro e chamei meu amigo Jorge para colocar no lugar. Ele não conseguiu ajudar e devia estar gripado, pois agora também estou espirrando e com uma dor de garganta muito forte. E juro que não tem nada a ver com a mamada que eu dei nele na hora. Adeus, mundo!
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Bom dia UJM,
ResponderEliminarComo seria o Universo se todos nos regessemos pela sensatez do equilíbrio?
Com a idade, o medo de contrair doenças levam, por vezes algumas pessoas que sonharam viver em cidades de província e eram felizes, voltar para as capitais onde os hospitais estão mais perto e os médicos mais acessíveis.
Outras aceitam que à medida que a idade avança, esta máquina complexa que é o corpo humano, vai murchando, aos poucos ficando lenta, o discurso mais pobre, a paciencia escassa dando lugar à ansiedade e é tudo normal, faz parte do processo de envelhecimento.
Por vezes no desejo de nos mantermos ativos, somos acusados de ir ao limite do possivel e não nos pouparmos.
Como encontrar o tal equilibrio? Como nos mantermos à tona neste mar de exageros?
Toda a vida houve bebés mais dificeis de dormir -hoje procura-se uma consulta do sono.
Toda a vida as crianças tiveram de aprender a lidar com as frustações - hoje recorre-se ao psicologo.
Toda a vida as crianças ocuparam os tempos livres a brincar e a inventar brincadeiras - hoje são inscritas em varias actividades extra escola.
E assim, no estado em que o mundo está, tudo nos alerta para a saúde mental.
Por mim tento fazer o que me parece melhor.
Espero que esteja a habituar-se bem à sua nova vida e que brevemente nos dê a alegria dos seus livros à venda. Estou ansiosa.
Um beijinho e até sempre, cuide-se.
Isto está a ficar complicado.
ResponderEliminarAgora ao ler o comentário que fiz, lembrei-me das noites que passou com o seu filho quando bebé em termos de sono. Resolveu o assunto. Acha que um psicologo teria ajudado?
A vida mudou tanto que se chega a esta idade e temos mesmo de nos adaptar a ela.
Até logo.
Olá Querida Pôr do Sol
ResponderEliminarTem toda a razão.
E é verdade: o meu filho que chorava, puxava os vómitos, se atirava da cama... Alguma vez me passou pela cabeça ir para o psicólogo com ele...? E hoje é um homem feito, pai de família, excelente pai, homem de família, cheio de amigos.
Ou a minha filha que era um castigo para comer...? Horas a enrolar a comida na boca...? Alguma vez fui com ela para o médico ou para o psicólogo com ela? E hoje é também excelente mãe de família, uma mulher cheia de vida, com amigos, amiga da família.
Não é fácil, hoje, não.
Ainda me lembro de uma rapariga que trabalhava comigo e que andava com o miúdo no psicólogo e que dava Ritalina ao miúdo porque, segundo ela, o miúdo era mal comportado nas aulas, sempre irrequieto, com energia a mais. E um dia que o miúdo passou lá a tarde vi que o miúdo coitado tinha peso a mais e passou a tarde a comer gomas, a comer bolachas e a beber refrigerantes. Disse à mãe: "Mas isso tem excesso de calorias... Não admira que o miúdo depois tenha que gastar a energia. Ele não devia comer comida mais saudável?". Diz ela que era o que o miúdo queria, que só comia pão daquele de forma, branco, refinado, sem côdea... E ela não era capaz de contrariar o miúdo mas era capaz de o encher de comprimidos...
Quanto aos medos das doenças que as pessoas de idade têm, pode ser compreensível. Contudo, racionalmente seria melhor aproveitar bem a vida. Mas, enfim, estas coisas muitas vezes não seguem a racionalidade... e temos que ter paciência e compreensão...
Agradeço o seu comentário tão cheio daquela sabedoria feita de experiência.
Um beijinho, Sol Nascente. Tudo de bom para si e para os seus.