Não há muito, abria a agenda e estava preenchida quase de cabo a raso. Estava numa reunião e em stress porque se atrasavam e iam canibalizar parte da reunião seguinte ou tinha que atalhar, deixando os presentes aborrecidos pois as pessoas têm sempre muito para dizer, especialmente as que gostam muito de se ouvir a si próprias.
Agora é uma limpeza. Poucas coisas, muito espaçadas e predominantemente coisas pessoais. Um alívio. Nos dias em que tenho alguma coisa, já me parece muito.
Por isso, ando um bocado desfasada das especificidades do calendário. O dia da semana ainda sei sempre qual é. Mas, para me certificar sobre qual o dia do mês, já tenho que recorrer muitas vezes o telemóvel. Ainda esta terça-feira, depois de acordar, tentei descobrir a quantas andava. Tive que fazer uma ginástica, andando às arrecuas a partir do próximo sábado cujo dia do mês sei qual é. Percebi que era dia 21.
E, ao percorrer os blogs, vi mais poesia do que é costume. Ocorreu-me, então, que talvez fosse Dia da Poesia. Fui conferir. Assim era.
Penso que também era Dia da Árvore e só é pena que não seja também o começo da Primavera.
Estava à tarde a descansar no sofá do terraço. Tinha vindo da hidroginástica, tinha almoçado, e estava outra vez como ficava quando encetava a ápoca balnear e passava parte do dia na praia, chegando a casa moída, espapaçada. Assim me senti hoje à tarde: perdida de sono, com urgência em deitar-me e deixar-me ir. Peguei num livro, deitei-me e li até dormir profundamente. Quando acordei, fiquei a olhar para as florzinhas encarnadas da buganvília e para as amarelas do jasmim. Tão delicadas, tão bonitas. Do outro lado, a glicínia ostenta o primeiro cacho de florzinhas em suave lilás. Pensei que finalmente tínhamos entrado na primavera. Bem precisados andamos. Pelo menos, eu andava desejando temperaturas amenas, solzinho bom, perfumes florais, natureza, a paz da bondade e da justiça.
E com a mudança da hora para breve e com os dias a ficarem maiores, então, ainda mais animada fico e mais optimista me sinto. Que bom.
Mas, voltando ao tema da Poesia, quando quero aqui festejá-la e ter poesia dita e música e imagem, lembro-me deste vídeo do Cine Povero. Acho-o uma beleza. É o que volto a querer aqui ter. A leveza dos movimentos, a doçura das palavras, a cor luminosa, a musicalidade da toada poética.
Eugénio de Andrade |||| Faz uma chave
Faz uma chave, mesmo pequena,entra na casa.Consente na doçura, tem dóda matéria dos sonhos e das aves.Invoca o fogo, a claridade, a músicados flancos.Não digas pedra, diz janela.Não sejas como a sombra.Diz homem, diz criança, diz estrela.Repete as sílabasonde a luz é feliz e se demora.Volta a dizer: homem, mulher, criança.Onde a beleza é mais nova.
Bom dia 🌼 Um Jeito Manso!! Vva a força de procurar a vida. Viva os olhos que vêm beleza . Viva a Natureza que se renova,que nos renova. Viverr é bom. Obrigada pelo vídeo. Beijinho
ResponderEliminarO comentário foi feito no telemovel, saiu como anonimo. Peço desculpa.
ResponderEliminarRenovo os votos de um dia bem vivido
O comentário foi feito no telemovel, saiu como anonimo. Peço desculpa.
ResponderEliminarRenovo os votos de um dia bem vivido.
Um beijinho.
O comentário foi feito no telemovel, saiu como anonimo. Peço desculpa.
ResponderEliminarRenovo os votos de um dia bem vivido.
Um beijinho.
UJM
ResponderEliminarJá estou na outra fase de desagrado, por não ter objetivos imediatos. Por exemplo: saber que dentro de três dias, vence uma letra bancaria e ainda não ter dinheiro para tal. Ou, o dia 20 da segurança social, está próximo, e as cotizações, ainda não têm provisão, etc etc etc.
Este drama, de quem arriscou correr sozinho, na estrada da vida, que o levou a vida inteira a "acarretar água para a fonte" isto é, para a banca, que abocanhou a maioria das minhas mais-valias fruto do trabalho através do dinheiro que lhe comprava para a minha atividade profissional-
Depois de tudo isto, e muito outras coisas mais que a reforma resolveu acabar com tais situações, sem pretensão a masoquismo, já sinto falta do bater do coração nos apertos económicos que ao longo da vida me foram acontecendo. A continuação do cachimbo, faz a boca torta.
Já agora, e um bocado ao lado. Hoje ao passar perto de uma mini mini mini(já têm pouca gente descerebrada no partido em vias de extinção) ajuntamento do PCP, um elemento estendeu-me um panfleto e imediatamente, lhe disse que tal papel, cheirava a sangue Ucraniano, cheirava a sangue de crianças iguais aos meus netos. O putinista fascizante, ficou siderado a olhar para mim!, talvez com algum receio de levar troco ao cobarde apoio do PCP ao nazi putin.
ResponderEliminarUJM
Sem duvida, que, depois de décadas de trabalho no duro, quando dizemos basta!, o que queremos é viver um amanhã com prazer, e esta Sara Correia, com letra do Variações. é uma pérola:
https://www.youtube.com/watch?v=qt3i_U5PLVw