sexta-feira, fevereiro 03, 2023

Um amendoim verde entalado no cu do padre

 

Remeto-me à dimensão caseira: greve de professores, tamanho dos palcos e da pacóvia mania das grandezas -- tudo na mesma. O tempo passa, o ano lectivo avança e os alunos vão tendo aulas quando têm porque, no resto do tempo, voltam para casa ou andam aos caídos ou no forró durante os furos; e, não tarda, está a chegar o Papa e mais a multidão de pecadores que aí vem danada para se confessar e curtir e a malta ainda por aí anda a cacarejar acerca dos projectos, dos orçamentos, sobre quem é o  coordenador e sobre toda a barafunda que se armou. Até a múmia parece que continua na mesma, a aparecer quando a gente já nem se lembra dela. Deve vir dar mais uma lição daquelas dela, daquelas com que ninguém aprende o que quer que seja e em que toda a gente fica indisposta. Toda a gente menos a sua senhora, dona pespenica excelentíssima, que essa, habituada ao fel que escorre da boca do amado esposo, acha sempre tudo o máximo e, na volta, até parirá inspirado poema. Ámen.

Portanto, não havendo novidades a festejar, depois de atirar papelinhos dourados para cima do fantástico Tom Ball, agora dou a palavra a quem quase morreu duas vezes sem que alguém tivesse dado por isso. Se fosse essa a hora, teria ido mesmo, uma afogado à beira de água entalado entre um caiaque e uma lata de cerveja e outra asfixiado com um amendoim verde entalado no cu do padre*. Entalanços como sina. O tema, tendo o seu quê de religioso, aconselharia a alguma fé mas, ainda assim, acho que é mais de ver e ouvir para crer.

Augusto Madeira quase morreu duas vezes e ninguém viu! 

| Que Historia É Essa, Porchat?

* Melhor escrevendo:  'Cu do Padre' -- e agora não sei se o cu do padre fica melhor com ou sem aspas...

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E queiram, por favor, descer mais um pouco, ok?

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