Ainda poucos presentes comprei. As coisas não me têm estado especialmente fáceis e o natal ainda não abriu alas dentro do meu espírito. Começou, a medo, mas, face ao que tem que ser, nada que se veja.
Fui ao fim da tarde julgando que, por ser dia de semana, ia apanhar pouca freguesia nas lojas. Sim, sim. Enchentes. Resmas. Paletes. Uma barafunda para a qual os meus neurónios já não estão adaptados. Gente por todo o lado, as caixas pejadas de gente, filas e filas. Esmoreci logo. Já não tem muito a ver comigo.
Também me desafeiçoei das compras online. O ano passado comprei fatos de treino para os meninos que, ao fim de algum tempo, estavam com borbotos. Uma facada no meu brio. Não digo onde foi mas digo que nunca mais lá compro coisas daquele género. Nem online. Ao vivo, talvez tivesse conseguido antever o que se perspectivava. Isto das compras online é uma facilidade mas a gente não sente o toque das coisas, não avalia com olhos de connaisseur. Desaderi.
Mas eu e muita outra gente pois aquilo tudo estava que não se podia.
Face a isso, aquela horita hoje não foi proveitosa. E depois também não vejo nada de jeito. Não sei se é defeito das coisas, de quem as produz ou se é meu. Gosto de coisas diferentes, com graça, com qualidade, que não sejam iguais a tudo o resto. E não encontro.
E depois também... não sei, quase tudo me parece desnecessário, desperdício, futilidade.
Li que, em vez dos excessos consumistas, se deveria optar por presentes imateriais: um passeio na natureza, por exemplo. Na tarde de natal vamos todos dar um passeio no parque. E esta ideia era o presente de todos para todos. Por exemplo. Ou um círculo de palavras. Todos sentados em círculo a falarem sobre um tema mutuamente aceite (por exemplo: qual a melhor recordação deste ano? Coisas boas desta vida?). Parece-me bem. Se calhar, tudo isto é uma boa ideia, melhor do que sacadas de papel para o lixo, sacadas de presentes.
Aliás, eu já era contrária a muito papel e fita para deitar fora. Gozavam comigo por dar presentes desembrulhados. E cada vez sou mais assim.
Gosto muito de oferecer presentes mas o meu minimalismo, coisa que estava só virada para mim, começa agora a expandir-se para os outros. Encher os outros também de tralha e treta para quê?
E, assim sendo, hoje resolvi aqui partilhar algumas coisas que podem ajudar-me a ajudar-vos a vocês com alguma ideia.
Presentes originais e úteis
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| Uma chávena que mostra aos outros que não estamos para conversas |
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| Uma mãozinha para nos ajudar nos trabalhinhos sujos |
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| Um pratinho com alpista para termos os passarinhos e os esquilinhos ao pé de nós |
Árvore de Natal
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| ´Árvore de Natal humana, boa para surpreender os amigos |
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