libidinoso e ereto entrei em ti
no âmago do teu sexo delirante.
numa obscena loucura pressenti
que pensavas nalgum secreto amante.
posso também dizer nunca te vi
delirar dessa forma exuberante
mas confesso também nunca senti
nenhum orgasmo assim tão excitante.
como de amantes nunca foste amante
embora tantos fossem pretendentes
posso dizer que achei deselegante
pressentir algo tão sujo e indecente
quando afinal teu corpo é um diamante
que não se vende e só meu corpo sente.
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Poema de batista_oliveira, Leitor amigo de há muito tempo e a quem muito agradeço a generosa amabilidade de me oferecer o livro 'trazias no teu corpo a volúpia dos sentidos' da editora Poesia Impossível
A pintura com que ousei ilustrar o poema é Tigre-pantera, da autoria de Júlio Pomar
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Um dia bom
Saúde. Prazer. Paz.
Caríssima UJM, grato por ter partilhado neste seu belíssimo blogue um soneto do meu livro de poesia "trazias no teu corpo a volúpia dos sentidos". Sendo eu um modesto rabiscador de palavras pseudopoéticas não poderia deixar de lhe agradecer e apreciar a sua escolha do soneto "erótico delírio" que muito valorizou com uma pintura oportuna do grande Júlio Pomar.
ResponderEliminarGostaria de acrescentar que, apesar do estilo usado, sem vírgulas e em minúsculas, foi ceifado, por eventual gralha de cópia, um ponto final no fim do segundo verso (após "...sexo delirante."
Mais uma vez grato e sempre a considerá-la, com muita estima e amizade.
Domingos Oliveira (batista_oliveira)
Olá Domingos,
ResponderEliminarGrata eu pelo presente!
E já repus o ponto, claro. Gosto de os copiar à mão, palavra a palavra, para os dizendo e sentindo e, no acto, o ponto evaporou-se.
Que a inspiração não esmoreça e que a sua musa abençoe todos os dias o amor que lhe dedica.
Um abraço, com estima.