Há quem se fie na Virgem e não corra. Quem não ponha o ticket no estacionamento contando que não passa o fiscal. Quem não leve o chapéu de chuva quando vai caminhar convencido que não vai chover e que, se chover, o corta-vento chega e sobra (aqui tenho que pôr o dedo no ar: sou eu, sou eu!). Quem exceda os limites de velocidade convencido que não há radar fixo ou móvel que o apanhe. Quem acenda a luz à noite deixando a janela aberta contando que não entrarão melgas.
E por aí vai.
Não que eu defenda que a gente se agarre a comportamentos hiper-prudenciais ou que tenha medo da própria sombra mas, ainda assim, acho que não nos devemos fiar na Virgem. É certo que há muito menino que acredita que ela apareceu mesmo em cima de uma azinheira e nem pára para pensar que, na volta, foi uma qualquer dondoca meio aselha que quis ir ver ao longe, trepou a uma azinheira, não conseguiu descer, foi apanhada lá em cima e, para disfarçar, pôs-se a mandar umas bocas, toda prosa. Mas, mesmo a esses crentes, nomeadamente ao nosso presidente que lá vai de quinze em quinze dias pedir perdão pelos maus actos da quinzena, eu digo: cautela e caldos de galinha não fazem mal a ninguém.
Por isso, se não quiserem ser penetrados por algum peixe mais ousado, cubram os orifícios. Quem vos avisa, vosso amigo é.
Isto, claro, se não quiserem acabar como o urso retratado por John Chaney. Aliás, não percebo se o peixe se lhe enviou pelo ouvido adentro ou se se jogou, tipo kamikase, contra a cabeça do urso. Mesmo que tenha sido a segunda hipótese também não se recomenda. Imaginem que é um espadarte. Ou um peixe-agulha... imaginem que uma pessoa anda nua. Caneco....
[Ver mais em Gallery of Winners and Finalists 2022 Finalists do The 2022 Comedy Wildlife Photography]
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E até já que a ver se ainda cá volto para contar umas coisas
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