Em certas matérias, não sou muito destas coisas de tipo 'desta água não beberei'. Sei lá se bererei, se não beberei.
Por exemplo, nunca me passou pela cabeça fazer-me operar para me tirarem uns anos de cima, para me injectarem para ficar sem rugas ou sinais de peso da gravidade, para me aumentarem os seios, para me levantarem e insuflarem as nádegas, para me deixarem sem um grama de gordura na barriga. Se puder evitar anestesias, evito, e se puder evitar que me cortem, injectem ou me mexam debaixo da pele evito.
E só o medo de, depois, ao porem-me um espelho à frente da cara ou à frente do corpo e eu me achar disforme, desconhecida, assustadora... Bolas, medo... Nem pensar... Ou seja, até ver, não é daquelas que me ocorra arriscar.
No entanto, não posso jurar a pés juntos que tal nunca me ocorrerá. É improvável mas, creio, não impossível. Sei lá se um dia não me dá uma qualquer travadinha e não acho que está na altura de deixar de parecer velha, muito distante da jovem que sinto em mim... Sei lá se não me dá uma pancada e não acordo com vontade de parecer uma gatinha de vinte anos... Miau, miau. Ou igual à Kardashian...?
De vez em quando vejo mulheres que acho espantosamente bem 'mantidas', todas jovens e jeitosas e, depois, venho a saber que já se fizeram ajeitar várias vezes. E, portanto, mesmo que mantenha os cinco alqueires bem medidos, sei lá se um dia destes não me parecerá que faz sentido desde que tenha a garantia de coisa bem feita, subtil, indolor e pouco arriscada.
Mas, se um dia me der para isso, não posso ter presentes os casos que se encontram no extremo oposto: pessoas que se ajeitam tanto, se puxam e repuxam tanto, se insuflam tanto, se modificam de tal forma que se tornam uma caricatura de si próprias -- porque, se vou com essas imagens em mente, é certo e sabido que, de imediato, arrepiarei caminho.
Madonna é um desses casos. De dia para dia aparece com a pele mais lisa, os lábios mais intumescidos, toda ela esticada e repuxada, as mamas cada vez maiores, mais redondas, as sobrancelhas subidas, as maçãs do rosto salientes. E depois, nos vídeos, aparece com cinturinha de vespa. Mas, quando é apanhada à má fila, as imagens mostram-na com pneus, quase normal. Por isso, já nem se percebe se ela própria se tornou uma ficção ou se são os vídeos que estão ficcionados.
Agora um vídeo seu tornou-se viral: de cabelos encarniçados, como agora anda, dedos gordos e unhas improváveis, aparece a inalar um frasco com o que parece ser um medicamento e que ouço referir por poppers e depois parece que fica eufórica, meio passada. Uma coisa estranha. E tem um dente à frente com uma capa escura. Frequentemente com raízes pretas, agora com um dente que parece podre, comportamentos incomuns... eu não sei o que se passa com esta mulher, não sei mesmo.
Está a envelhecer mal, está estranha. Tem 64 anos mas olha-se para ela e não se consegue concluir se é nova, se é velha ou se é simplesmente estranha. Mas bonita, acho eu, não está.
Não sei se Madonna é feliz ou se anda perdida e, por isso, olho para ela e não sinto vontade de rir.
Mas a interlocutora dela no vídeo, uma tal Terri Joe, desata-se a rir. E ri de uma forma também muito peculiar. E tão peculiar que me parece oportuno partilhar um vídeo que a minha filha me enviou. Com cada um...
Pessoas com risos estranhos
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Um belo dia de domingo
Saúde. Boa disposição. Paz.
Imagino que existem pessoas que depois de cirurgias de estética nem a si mesmo se conheçam
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Um domingo feliz … Saudações cordiais.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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