segunda-feira, setembro 12, 2022

Um domingo tranquilo na despedida do verão



Tenho a dizer que tive um domingo bem tranquilo. No sábado tinha ido sair com a minha mãe, demos um belo passeio ao sol, à beira rio, depois pela cidade e acabámos a lanchar numa esplanada.

Antes já tinha lavado a roupa, tinha arrumado a casa. Tempos houve em que a roupa transitava da máquina de lavar para a de secar. Desde que esta se avariou voltámos ao são hábito de secar a roupa ao ar, no estendal. Dá mais trabalho mas prefiro. 

Mas, portanto, o domingo nasceu sem compromissos. 

Dormi até que o sono me quis, tomei o pequeno almoço nas calminhas. Coisa boa.

Depois, caminhámos e estava um sol bem bom que quase me arrependi de não me ter protegido com o meu sprayzinho SPF 50.

Para o almoço, fiz legumes estufados ao de leve, qualquer coisa a meio caminho entre os simplesmente cozidos e os lightly guisados. Coisa soft. Em cima, escalfei dois ovos pois adoro ovos escalfados com o sabor do molho em que cozinham. Desta maneira os legumes ficaram não-binários, talvez na versão fluida. Ou seja, a ideia é que os legumes dessem quer para acompanhar o peixe do almoço quer carne amanhã. 

Ao lado, numa frigideira, em azeite alourei cebola às rodelas, dentes de alho (aos quais não tiro a casca), louro, uns pezinhos de perfumado alecrim. 

Quando estava tudo já bem lourinho, quase caramelizado, coloquei por cima lombos altos de atum. Por cima dos lombos deitei pedrinhas de sal e raspa da casca de uma lima. Depois, para reforçar, cortei a dita lima às rodelas e coloquei-as na frigideira. Virei os lombos para não ficarem passados. Douradinhos nas superfícies mas rosadinhos por dentro.  Nem sempre é fácil. Com medo que os lombos fiquem crus, frequentemente deixo-os passar do ponto. Mas, desta vez, interceptei-os a tempo. Ficaram au point.

Depois de almoço, estendi-me lá fora a ver se dormia. Mas deu-me vontade de procurar umas coisas na net e passou-me o sono. (Ando com umas ideias e, para não tentarem demover-me, fui procurar às escondidas).

Depois fomos passear para a zona nova da Expo. Ainda lhe chamo Expo porque me parece mais mignon que Parque das Nações. Prédios muito bonitos, todos iguais, uma disposição e uma dimensão equilibradas, bem pensadas. Toda aquela zona tem uma organização muito interessante, com parques infantis, máquinas de desporto, espreguiçadeiras de madeira à beira rio, passeios largos e jardins muito bonitos. 

A turma da minha filha já lá estava. Quando o urso felpudo os viu ficou doido de alegria. Salta para um, salta para outro, abraça um, abraça outro, uma euforia. É um extrovertido.

Na marina, vimos uma coisa que nos deixou cheios de ideias: casinhas-flutuantes. São casinhas e são barcos. Cada uma tem um terraço com zona de lounge, com bicicletas, e, em cima, um outro terraço com espreguiçadeira e cama de rede. Tem motores e volante. Os meninos, habituados a velejar, diziam que devia ter âncora e cabos (ou correntes?) e, perante a perspectiva dos avós saírem pelo rio sem estarem habituados às manobras marítimas, ofereceram-se para ir numa outra casinha para nos irem dando apoio. Mas escusam de se preocupar, não sou de me afoitar mar adentro. 

Se experimentasse era para me manter acostada, só para sentir a leve ondulação, para experimentar dormir sobre as águas e acordar envolta em maresia. Contento-me com pouco.

No regresso, fui ao supermercado fazer as compras da semana.

Para o jantar, comprei massa não de farinha de trigo mas de lentilhas. Trouxe também salmão fumado, bolinhas de mozzarela, salada de alfaces, coentros. O meu marido partiu ainda tostas aos bocadinhos lá para dentro. Croutons, pois então. Temperei a minha salada com molho de manga e lima, um molho que lá vi num frasquinho e que me pareceu que faria pendant com a salada que tinha em mente. O meu marido não vai nas minhas aventuras e temperou com azeite e ketchup. 

E depois de arrumar a cozinha e de pôr mais comida na tigela do cão, desloquei-me até este meu poiso, o sofá onde me sento a escrever estas conversas vadias.

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Como faço sempre que ligo o computador, espreito o que o YouTube tem para me oferecer. Há dias em que abro um vídeo, abro outro. Acontece que o sono que não dormi a seguir ao almoço está agora aqui a puxar-me pela pestana e, por isso, vi o primeiro e gostei o suficiente para ficar por ali. E vou partilhar pois o que é bom para se ver.

Marieta Severo abre sua casa no Rio e mostra coleção de arte popular brasileira | Lar

Em episódio da série documental "Lar: Vida Interior", a atriz Marieta Severo abre as portas de sua casa no Rio de Janeiro e mostra sua coleção de arte popular brasileira. A paixão pela cerâmica começou ainda na década de 70, e só cresceu ao longo dos anos junto com o número de itens. Com obras de artesãos como Roque Santero e Tiago Amorim, a coleção se expandiu tanto que Marieta chamou uma museóloga para catalogar cada obra. Dê play e conheça esse verdadeiro tesouro que a atriz guarda em sua casa!

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As flores nasceram das mãos de Van Gogh e pela mão dos Tindersticks vem For The Beauty

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Uma boa semana a começar já nesta segunda-feira
Saúde. Boa disposição. Paz.

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