sexta-feira, junho 17, 2022

O mamilo da freira que habita in heaven

 


Tentei não castigar as almas mais sensíveis, lembrei-me de tapar o mamilo da portuguese nun com uma flor. Mas não fui bem sucedida. O mamilo está visível. Que desvie o olhar quem não suporte ver o botão florido de um seio de mulher.

A impudica monja que segura o seio desnudo com a sua mão oferece-o aqui à vista de quem quiser olhá-lo. Não sei porque está ela assim. Estará a pensar no seu bem amado? Chorará o seu inacessível amor amparando a tristeza de um seio abandonado? Ou estará a ver-se ao espelho, a explorar a sua própria sensualidade, sonhando no que poderá fazer com ela?

Quem souber que guarde o segredo para si. Há segredos que devem permanecer assim, envoltos em mistério, em lembranças, em subtis e evanescentes rêveries.

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