terça-feira, abril 19, 2022

Há um planeta B...?
Quando destruirmos este e nos destruirmos a nós próprios, se tivermos a sorte de ter sobrado um homem e uma mulher (... e uma flor...), será que há um outro planeta onde se possa começar tudo de novo?

[Com o apelo de Aneeshwar Kunchala de 7 anos]

 

Se uma guerra é justificada por outras, nunca vai deixar de haver guerra. Se os erros passados vão sempre justificar erros futuros, nunca aprenderemos a ser melhores.

Se aceitamos que haja quem cruelmente cave a dor no peito dos outros, não nos admiremos que o desejo de vingança se metastize pelos sobreviventes.

Se, perante a destruição, arranjamos razões que desculpem o agressor, novos agressores irão germinar como térmitas em madeira prestes a virar pó.

Se, para acabar com a agressão e com o terror, advogamos a rendição, os terroristas sentir-se-ão livres para continuar a espalhar o horror -- e os próximos a ser agredidos, violados e mortos somos nós.

Se condescendemos em que as cidades sejam transformadas em escombros, que as árvores sejam queimadas, os pássaros reduzidos a uma longínqua memória, que as pessoas sejam dizimadas como inúteis objectos, que se exterminem todas as formas de vida -- que mundo estaremos a deixar para o último homem, para a última mulher, para a última flor? Um mundo feito de pó, de negrume, de solidão?

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Aneeshwar Kunchala é um mini David Attenborough e o que ele diz e a forma como o diz são comoventes


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