Tenho-me lembrado desta adivinha a propósito do negacionismo e da inacreditável posição do PZP a propósito da invasão e da destruição da Ucrânia por parte da Rússia.
Pergunta: Porque é que são precisos pelo menos seis escuteiros para ajudar uma velhinha a atravessar uma rua?
Resposta: Porque a velhinha não quer atravessar a rua.
Os ucranianos são cidadãos de um país que se quer independente e livre e, como tal, querem ter o direito a decidir como entenderem e a fazer o que querem dentro das suas fronteiras.
Se os russos, a mando de um criminoso, pensam o contrário e, contra todas as normas do direito internacional, invadem a Ucrânia, os ucranianos têm todo o direito a defenderem-se como podem. Poderiam defenestrar os vendidos, os miguéis de vasconcelos e os pachecos desta vida, poderiam correr com os invasores à espadeirada, poderiam ser como a nossa padeira de Aljubarrota ou como a valorosa Joana D'Arc -- e, se calhar, têm feito um pouco de tudo isso. Perante as mais tenebrosas ameaças, há quem tenha a coragem de fazer o que pode para defender o país e a liberdade. E felizmente há heróis que, perante os golias, continuam a lutar, a dar a vida até à última pinga de sangue pelo seu país.
O nosso PZP não percebe isto? Não percebe que os ucranianos querem ser ucranianos e querem ser livres?
O que advoga o PZP?
Defendem que os ucranianos deveriam ter-se deitado no chão para as tropas de Putin passarem por cima? Que servissem cafezinhos aos russos? Que se pusessem todos à janela a acenar com lencinhos brancos para receber os invasores? Ou o PZP acha que quem fale russo deve ser russo? É isso?
Felizmente não falo russo senão ainda seria condenada pelo PZP se me defendesse (apedrejando os bandidos ou fazendo o que estivesse ao meu alcance), caso os russos resolvessem destruir-me a casa ou dar-me tiros à queima-roupa por eu não querer ser russa.
Agora, com as cobardes e hipócritas posições que os vejo a tomarem, já ponho toda a minha ideia sobre eles em perspectiva. Acho até que quem assim pensa é gente perigosa. Aparentemente serão os primeiros a render-se e a vergar caso o país seja invadido e agredido, serão os primeiros a trair os mais sagrados valores da democracia. E, pelo que tenho observado -- vendo-os a usar os argumentos mais insanos e vendo a agressividade que usam na sua argumentação -- até admito que seriam capazes de denunciar aos russos todos os que não se vendessem ou não fossem alistar-se nas milícias pró-russas.
Caraças.
Como é que não percebi antes que era gente capaz de tanto ódio à liberdade e tanta submissão perante a tirania?
Desonram o seu passado. Desonram os que deram a vida pela liberdade.
Não serão todos, acredito. Acredito que muitos se desliguem do partido. Acredito que muitos, por honrarem o seu passado, se demarcarão do que o PCP hoje representa.
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Os desgraçados que se vêem nestas fotografias são os belicistas desta história? São!?
Vejam bem, demorem o tempo de que precisarem, e depois respondam. Mas respondam ao espelho, a olharem-se nos olhos.
Fotografias da Reuters: A city destroyed: Scenes of devastation in besieged Mariupol
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No vídeo abaixo, Putin dá ordem ao seu Ministro da Defesa de não deixar passar nem uma mosca num local onde estão, isoladas, milhares de pessoas (militares e civis), decretando assim que morram à sede e à fome, sem água, sem luz, sem comunicações.
Mas Putin não está a dar ordens para o seu Ministro actuar dentro das fronteiras do seu próprio país: não, está a esmagar, a pulverizar um outro país, condenando ao êxodo os que conseguem sair e condenando à morte os que não conseguem.
É isto que o PZP defende?
São belicistas os ucranianos que ficam sem casa, sem familiares, que se refugiam seja onde for e que, em alguns casos, são deportados para campos (de concentração?) na Rússia? São belicistas os que lutam até à morte?
Que vergonha, senhores comunistas, que vergonha, que vergonha tão grande.
Acha que o PCP defende isto? Eu acho que não, bem pelo contrário.
ResponderEliminarMonteiro
ResponderEliminarNão sei se defende se não. O que sei é que não condena isto nem quem pratica isto. Pelo contrário, acha que estas pessoas que aqui vemos, feridas, mortas, expatriadas, é que se puseram a jeito ao não aceitarem fazer parte da Rússia, ao terem o sonho de pertencer à União Europeia ou de quererem a protecção da Nato.
Ou seja, na prática, defendem quem lhes está a fazer isto. Acham que lhes deve ser negado o direito a serem ucranianos, europeus e ao quererem estar protegidos dos mísseis russos.
E isso, Caro Monteiro, é revoltante.
Não, não sou comunista, mas também não sou "manso", nem parvo, e sou educado. Vejamos então qual foi o feito heroico do querido vilão Zelenski que lhe valeu uma aplaudida ida Parlamento:
ResponderEliminarPor não desistir de se inscrever na NATO, por não aceitar a neutralidade, ganhou a guerra, ou seja, conseguiu a destruição do seu país e a morte de milhares dos seus concidadãos. Grande feito.
E não me digam que não pensavam que o Putin fizesse o que fez. O esperto do Bedin bem o incentivou. Sim, porque a verdadeira guerra é entre os EUA e a Rússia (ou não é?)
Não é honesto não querer saber se defende ou não para depois atacar. O PCP Não condena o quê? A guerra? Claro que condena. Foi um choque para toda a gente. A questão da Nato é mais complexa. A Nato surge como uma organização defensiva e na pratica não é isso que acontece. A Nato tem sido causa de muita morte e muita destruição que todos fazem por ignorar e é tão repugnante quanta a brutalidade atual. Condenar a Rússia não quer dizer que se tenha de amar a Nato. Ambos têm um comportamento execrável. Estive na Guiné e eu pelo que me toca nunca dei um tiro, nunca disparei uma arma, só em treino, mas ouvi camaradas dos Comandos e dos Paraquedistas a contarem grandes atrocidades cometidas por eles no meio de grande entusiasmo, que bestas!. Queimavam tabancas com mulheres e crianças lá dentro e disso nunca cá se falou porque o regime não autorizava. Os assinantes da Newsweek é que recebiam em casa a revista com menos 2 ou 3 páginas porque os inspetores da Pide iam para a Bertrand mutilar as revistas e depois não sabíamos o que dizer aos assinantes quando reclamavam e queriam saber o que se tinha passado com as publicações.
ResponderEliminarSe o arrependimento matasse, já tinha subido ao inferno. Sim. Os ateus, é para lá o desterro.
ResponderEliminarVotei nas presidenciais no gajo do PCP. Porra, votei num gajo com as mãos sujas de sangue nesta guerra de apoio ao nazi Putin. Paciência, já nada posso fazer.
Agora é claro, é uma evidência, o PCP é hoje, repito, hoje, um partido fascizante.
Um partido que apoia a opressão. Um partido mentiroso.
Um partido sem dignidade democrática.
Um partido que ultraja os revolucionários que passaram e alguns morreram nas masmorras da fascista pide na luta revolucionária contra a ditadura.
Um partido que já não faz parte desta democracia.
«Não há dúvidas, vivemos hoje uma era de crises catastróficas, na qual vidas de civis inocentes estão sendo sacrificadas em guerras de seus comandantes. Sim na Ucrânia, mas não apenas. Desde o último encontro do Parlamento Europeu, dezenas de milhares de cidadãos afegãos têm sido forçados a fugir em busca de comida e segurança. Cinco milhões de crianças enfrentam a fome, a agonizante e dolorosa morte, um aumento de 500% nos casamentos infantis e a venda de crianças apenas para garantir suas sobrevivências. E nenhuma menção sobre isso. Nem aqui, nem em nenhum outro lugar. Sequer uma reportagem na TV, nenhum plano de emergência, nenhum plenário especial, nem mesmo uma menção neste parlamento. Sem delegações afegãs ou mesmo declarações. Meu Deus, eles devem perguntar-se o que tornou a sua “crise humanitária” tão desimportante. É a cor da sua pele? É porque não são brancos? Porque não são europeus? Ou o problema é que foram vítimas de armas dos EUA e de uma invasão doa EUA? O problema é que estão tendo suas riquezas roubadas por um déspota americano e não um russo? Porque, meu Deus, todas as guerras são perversas e todas as suas vítimas merecem apoio! E até que nós cheguemos a um acordo sobre isso, não teremos nenhuma credibilidade!» Clare Daly no Parlamento Europeu, para a "dondoca da guerra" ler e reflectir
ResponderEliminarEsta democracia é muito nova. Nasceu em Frankfurt em 1951 e aparece como forma de ditadura da classe dominante que assim controla e utiliza a democracia como seu instrumento de domínio político e os pobres e os trabalhadores não têm qualquer expressão. Se tal acontecer os golpes de Estado tratam de devolver o poder à burguesia.
ResponderEliminarJá tinha prometido a mim próprio não voltar ao assunto, mas faltavam-me dizer duas coisas:
ResponderEliminarLamentar a existência aqui descritos de alguns comentários de ódio, ainda por cima disparatados, mentirosos, igorantes, estúpidos.
Lamentar a ida ao Parlamento, e os aplausos recebidos, daquela estrela ucraniana, responsável, insisto, pela destruição do seu país e pela morte de muitos ucranianos civis e militares.
Todos os dias recebo mails dos meus amigos do pZp a denegrir os dirigentes ucranianos, nomeadamente o Zelensky, dizendo que é isto, que é aquilo.
ResponderEliminarHoje fiquei a saber que os ucranianos são obrigados a permanecer nas caves para assim serem impedidos de vir para a rua saudar os soldados russos.
E votei eu tantas vezes nesta coisa !
"Os comunistas têm engendrado a mais inqualificável narrativa para defender os actos criminosos de Putin:"
ResponderEliminarVs
"Não sei se defende se não."
Então em que ficamos? Fiquei confuso.