O Marcelo pediu mudança e os portugueses deram-lha: aplicaram uma valente tareia no PSD, no CDS, no PCP e no Bloco. Uma coisa como (quase) ninguém estava à espera. Os respectivos líderes provavelmente irão todos à vida e fazem bem se forem pois, de uma maneira ou de outra, fizeram mal ao país ao abrirem a estúpida crise política que conduziu a este processo eleitoral. Se dúvidas houvesse, os portugueses clarificaram o que queriam. O que queriam, não: o que querem.
Foi mau para todos estes quatro partidos mas talvez o pior tenha sido o que aconteceu ao CDS: desaparece do mapa parlamentar. Na sua inocência, convencido que os portugueses vão em contrafações, o Chicão bem quis parecer-se com o Ventura. Não vão.
E, com o vazio criado pelas fracas lideranças do CDS e do PSD e empurrados pelo PCP e pelo BE, abriu-se o espaço de que o populismo está sempre à espreita.
Com aqueles olhinhos azuis de boneco e a fazer biquinho, o Chicão anunciou a sua inevitável demissão.
Portanto, com a sua actuação por vezes errática e, por vezes, a parecer oportunista, Marcelo conseguiu a linda proeza de provocar uma situação inédita: quatro dos principais partidos com representação parlamentar sofreram uma humilhação e vão certamente ver-se sem líderes a curto prazo.
Mas talvez isto não seja mau. A renovação pode ser uma coisa boa -- assim haja inteligência e mão firme para fazer frente ao populismo trauliteiro do Ventura.
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E queiram, por favor, continuar a descer
A que se deve o sucesso da Iniciativa Liberal? Disseram-me que era aos casacos, todos os dias levava um novo.
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