sexta-feira, janeiro 14, 2022

António Costa - Rui Rio
[Balanço no final do debate]

 

Balanço final do Debate

 na sequência do Balanço anterior


António Costa -- continuou, até ao fim, a mostrar que sabe o que faz e o que quer tal como continua a mostrar que é um optimista inveterado ao continuar a fazer tentativas para pôr ordem na cabeça do Rui Rio; tentou e tentou explicar-lhe, e tentou devagarinho, como é que as coisas funcionam mas, claro, debalde... Rui Rio não ouve, não percebe. António Costa, obviamente, continuou com a gravata verde e, segundo me parece, assim continuará até ao final do último debate.


Rui Rio -- esteve sempre fora de si, falou desabridamente, mostrou-se incoerente e irritadíssimo, chegou a parecer rancoroso e, não se percebendoporquê, esteve permanentemente aos papéis (mas parece que nunca encontrou o que queria). 


Resultado: o óbvio

E agora os comentadores vão fazer a festa, jogar uns contra os outros e tentar refazer a história (do debate)

Segundo percebo, este ano a campanha eleitoral está a cargo dos comentadores.

10 comentários:

  1. Francisco de Sousa Rodriguesjaneiro 14, 2022

    Nem mais, mas enfim, lá vão tentar dar uma ajudinha ao Rio para ver se a coisa lhe corre de feição.

    Um rico dia.

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  2. Portugal nunca recuperou cabalmente do PREC de 1974.

    Se a geração actual não varrer para o caixote do lixo, os Costas, os PC´s, BE´s , que nos envergonham como europeus, ficaremos miseráveis como qualquer socialismo rosa:

    Dirigentes "esclarecidos" e numerários servis.

    A Gama Vieira

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  3. Comentadeiros do Expresso: Rio ganhou (só Daniel Oliveira é exceção). Deve ter sido por causa daquele momento em que Rio mostrou, mais uma vez, para que dúvidas não restem, ser o mais sério dos homens: "Nomeações? Eu digo-lhe já que liguei uma vez para a pessoa que nomeei, que não conhecia de lado nenhum, mas que os meus amigos me disseram que era boa, e liguei só para lhe dizer que lhe dava o cargo." Mic drop, RIP António Costa.

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  4. José Duartejaneiro 14, 2022


    Olá, UJM. Não sei o que foi mais deplorável nos acontecimentos da noite de ontem - (1) se o "espalhanço" de Rui Rio, nervoso, remexido e gesticulador, sem ideias ou com ideias aterradoras (como é que o fulano se apregoa "economista"!?); ou (2) se o espectáculo montado após o debate pelas estações de TV possuídas e orientadas pela direita pura e dura, tentando desesperadamente salvar, "in extremis", o seu combalido "boxeur", claramente zonzo e espremido contra as cordas por um António Costa sereno e seguro, conhecedor dos "dossiers" e com provas de competência mais do que dadas durante os últimos seis anos (um terço dos quais passados em plena crise pandémica). Convidaram para os comentários a fina flor da brigada propagandística e reaccionária, a ressumar maledicência e a bolçar ódio ao "socialismo" - a maria avilez, a manuela leite, o poiares maduro, a helena matos, o marques mendes, etc. etc. Apesar do indisfarçável ambiente fúnebre que reinava entre eles, chegaram ao despudor de declarar Rio como vencedor, ele, coitado, que no termo da sua prestação exibia claramente a linguagem corporal de um vencido (aquele ar acabrunhado...). Resistindo no meio da desvairada e perigosa confraria, houve uma referência de objectividade analítica - Fernando Medina, o qual, ainda que piedosamente contido, esteve à beira de provocar um fanico irrecuperável à velha e empedernida manuela leite. As coisas ficaram definitivamente claras para quem queira ser honesto: Rui Rio tem umas "fezadas" num modelo a que ele chama "macro-económico" (mas que não tem ponta por onde se lhe pegue e muito menos qualquer sustentação técnica credível) e pede aos portugueses que lhe passem um cheque em branco. Não possui nem o perfil, nem o arcaboiço, nem o auto-domínio nem a competência exigíveis a quem tem de governar um país. Deus nos livre!

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  5. Olá Francisco,

    A ver no que dá. É preciso que as pessoas vão votar e votem com a cabeça e, de preferência, tendo-a no lugar.

    Espero que as suas 'cenas' doutorais vão de vento em popa. Bom trabalho e belos dias.

    Saúde e vai daqui aquele abraço.

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  6. Olá A. Gama Vieira,

    Mas em que mundo você vive...? Cristalizou...? Vive ainda com o coração no antes do 25 de Abril, não...? Onde é que se passa aquilo de que fala? Em Portugal não é...

    Não pense com os neurónios enraizados nessa direita reaccionária, homem... Olhe em redor, sacuda o pó, limpe as teias de aranha, abra a mente aos dias que correm. Vai ver que tem uma agradável surpresa.

    Desejo-lhe um sábado bom.

    E vai daqui um smile a piscar-lhe o olho, 😉... Será que recebo outro de volta...?

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  7. Olá Anónimo do Mic drop,

    São escolhidos a dedo. As televisões balançam entre a direita mais revanchista e os bloquistas mais ressabiados ou desiludidos.

    Gente de bem com a vida, cabeça no lugar, gente que saiba analisar factos e resultados, gente que saiba olhar para o futuro não descurando as lições do passado... esses contam-se pelos dedos da mão.

    Não sei se aquelas chusmas de comentadeiros a metro ainda influenciam muita gente mas uma coisa é certa: entre a vacuidade dos faces e dos instas e a manipulação da comunicação social venha o diabo e escolha.

    Por isso, em relação a estas Legislativas, acho que há que ter prudência quanto às expectativas.

    Um bom sábado!

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  8. Olá José Duarte,

    O José Miguel Júdice -- que anda um desbocado -- já se apresentou a público a dizer que o Rio não serve para 1º ministro.

    E qualquer pessoa com dois dedos de testa vê que o homem é errático, influenciável. As suas políticas são construídas com base no raciocínio de quem quer fazer oposição, não de quem pretende passá-las à prática. Ele deve saber que governar com base naquilo que apregoa seria lançar o país na maior confusão, seria lançar divisões, seria insustentável.

    Depois falta-lhe o lado humanista e culto que é indispensável num primeiro-ministro.

    Mas, enfim, se ele não serve para 1º ministro (e não serve mesmo!), não me choca por aí além que, em alguns pontos (e sob máximo controlo), caso seja indispensável, um governo socialista possa vir a contar com alguma forma de apoio dele. É que, depois do que o Bloco e o PCP fizeram, acho que não se pode voltar a arriscar: já provaram que não são confiáveis.

    Seja como for, só faz sentido construir cenários e juntar as peças de um possível puzzle quando se conhecerem os resultados das eleições. E nada está garantido.

    Portanto, vamos fazer figas e esperar o melhor.

    Desejo-lhe um belo sábado, José Duarte.

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  9. UJM.

    Boa resposta. Concordo em parte consigo. Trabalhava no tempo do PREC. Gosto do que escreve (com muitos smiles).

    A.Gama Vieira

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  10. Olá Alexandre,

    Tiro-lhe o chapéu, sim senhor: tem fair play. Pode não pensar como eu nem ver o mundo como eu mas tem bom humor e é simpático. E isso agrada-me. E deixa-me a sorrir.

    Desejo-lhe um belo dia de domingo.

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