Por obra e graça de um dos big brothers que reinam sobre os humanos, neste caso aquele que dá pelo nome de google, reapareceu o post que na noite de sexta para sábado se tinha evaporado. Sem explicação dada sobre o sucedido ei, pois, que voltou a materializar-se.
Com vossa licença, repesco-o, pois, para aqui.
Conseguimos sair a horas razoáveis. Queríamos ir a uma loja longe de nós. Pusemos o gps e lá fomos. Nunca tinha andado por aquelas bandas e, como sempre, estava espantada não apenas com a paisagem como com o que para ali havia de pequena indústria, de armazéns, de comércio de revenda.
Cheirava bem por ali. Tínhamos prevenido que iríamos pelo que, se não chegássemos a tempo, teríamos quem nos atendesse. Mas chegámos a horas. O meu marido falou no aroma. Era uma torrefacção de café lá perto. Curioso. Pelos vistos, tal como há cerveja artesanal, feita fora das grandes fábricas, a mesma coisa acontece com o café. Lotes especiais. Negócio de nicho. Um cheirinho bom no ar.
A loja funciona numa moradia. Quando entrei vi umas suculentas num canteiro. Quando nos despachámos, perguntei ao senhor: 'Posso tirar um pé de uma daquelas plantas?'. O senhor sorriu, disse que sim. O meu marido não disse nada mas é o tipo de coisas que não faz exactamente o género Dele. Vi há pouco que não sou a única. Sorri ao ler.
Vínhamos com gps a sair de lá, passámos por uma grande loja, com grande parte ao ar livre: um recinto com vasos de toda a espécie e feitio. Pedi para irmos ver. Era do outro lado da estrada. Não queria, disse que não podia virar. Pedi. Lá me fez a vontade. Tantos vasos, de tantos materiais, de tantos tamanhos. Só que eu estava aflita para fazer chichi. Ainda pensei que talvez houvesse uma casa de banho. Mas não vi nenhuma. Estava já um bocado de frio, vento. Aquilo enorme. Eu aflita. Pensei que nem conseguia cirandar à vontade. Fiz-lhe a vontade: disse que era melhor irmos andando. Disse-me: pareces uma criança pequena.
(Não sei se tem a ver com ser criança ou com esta coisa horrível de nunca haver casas de banho públicas quando a gente precisa delas.)
Gosto de vasos mas têm que ser bonitos e estar agrupados. Ou, então, se o espaço não pede ajuntamento de vasinhos, têm que estar em locais especiais e ser apenas um aqui, um ali, onde sejam um focal point.
Gosto muito dos de terracota escura, artesanal, com alguma imperfeição. Mas no outro dia vi no Leroy uns parecidos em plástico. Não trouxe. Mas nem parecem de plástico. Tenho andado a pensar que, se calhar, fiz mal. Agora, ao ver um dos vídeos da Linda Vater, concluí que, de facto, bem integrados, de permeio com genuínos, nem se tem aquela sensação de que são fake. E têm uma grande vantagem: são muito mais leves. Os de barro, pedra ou terracota são um pesadelo. Se quero mudá-los de sítio lá tenho que pedir ajuda o que nem sempre é fácil de obter.
E é isto que aqui podem ver: quanto mais cheia de trabalho ando, mais me apetece plantar flores, arranjar vasos, pintar a casa, pintar móveis, rejuvenescer tudo à minha volta.
Na horta há uma desconjuntada estufa de painéis plásticos. Está abandonada. Tenho vontade de lá pôr vasos e imagino-os pintados de azuis: azul alfazema, azul céu, azul chumbo, azul suavidade, azul água. Acho que um conjunto de vasinhos em diferentes de azul deve ser uma graça.
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E agora conversa já de hoje:
Entretanto, este sábado estivemos in heaven e fartámo-nos de trabalhar. Com bibelots, quadros, molduras e grande parte dos espelhos retirados, com alguns móveis afastados das paredes, com tapetes dobrados num canto, a casa ficou com a necessidade de limpeza à vista. O meu marido achou disparate: com a casa quase a entrar em pinturas, acha que não vale a pena. Eu acho que vale. E a casa limpa por dentro, fui para a rua varrer folhas, areia e terra que se junta. Pelo meio, comi uma mão cheia de nêsperas. Love, love nêsperas. Começou por ser uma nespereira. Agora já há mais quatro. Fico feliz da vida com este milagre da multiplicação. No outro dia, o vizinho da ponta da rua, ao vê-las disse, com admiração: nascem na pedra e medram. De facto.
Viemos tarde e ainda andei em arrumações aqui e a tratar da lavagem da roupa. Trabalho que me farto e o bizarro é que parece que assim é que estou bem. Não nasci para dondoca. E, se me ponho a pensar, não me dá para me imaginar de férias, de papo para o ar mas, sim, a fazer coisas: a plantar flores, a pintar vasos, a pintar móveis, a tratar das mil coisas que me ocorrem.
E agora vou ficar-me por aqui porque quero ir à procura de florzinhas azuis ou em lilás para plantar em vasinhos azuis. Não deve ficar lindo? Se calhar, flores cor-de-rosa em vasinhos azuis também fica bonito. Vou à procura. Com licença.
Bom dia!
ResponderEliminarQuando vejo os seus vídeos e fotos e leio os seus posts, fico com mais vontade de alindar o meu pequenino heaven.
A ideia das florinhas azuis em vasos também azuis é um mimo. Vou 'roubá-la' para o jardim dos meninos, um jardinzinho que fiz para os meus netos.
Um domingo bem florido.
Parece que há um netinho que iria gostar de ver estes vasos cheios de suculentas:
ResponderEliminarhttps://www.buymeacoffee.com/boobespt
Bom domingo !!
Olá Maria Dolores,
ResponderEliminarDeve ficar mesmo bonito, não é? Há tantas coisas que, se bem combinadas, podem ficar tão bonitas e trazer-nos tanta alegria, não é? Também lhe acontece ficar feliz da vida com coisas assim?
Uma bela semana!
Olá Amofinado,
ResponderEliminarE não é que tem razão? Ele iria delirar com uma série de vasinhos mamalhudos. Haveria de andar sempre a regar as suculentas...
Não percebi é como é que se encomendam. Se calhar é porque não fui até ao fim no processo. Mas pede que se pague sem possibilidade de se dizer o que se quer.
Mas hei-de ver se descubro pois parece-me a ideia um achado.
Thank you Amofy.