domingo, agosto 30, 2020

A fábula do bêbado que perdeu a chave no bosque num dia em que dois ganda malucos fugiram de casa de seus pais


O fulano começou por me propor Pedro Paixão, coisa que vejo sempre com agrado. Já assumi: malucagem é comigo. Gosto. 

E, tendo constatado que vejo de gosto, começou a testar-me. Passou dele para derivadas dele, inclusivamente para uma entrevista da Lena d'Água em que ela fala do ano da graça de 1985 em que estava apaixonada por ele e ele a curtir o desgosto por ter sido abandonado por outra. 

E, agora, derivou ainda para mais longe, agora já vai no amigo, no tal que ele adora de paixão (lá está, what's in a name) e que lhe ficou com a mulher, outro ganda maluco que, tal como o PP 
(ao abreviar para PP refiro-me obviamente ao Peter e não ao Paul, que o Paulinho nem entra nesta história em concreto), 
tem aquela graça que advém de terem neurónios em quantidade suficiente para falarem como se não estivessem a falar a direito, adornando a conversa com disfarces de todo o género -- de ironia, de erudição, de desdém, de humor, de desfaçatez, de gaiatice, de insolência, de graça.

Pois bem, desta vez o algoritmo propôs-me um excerto daquele programa com que eu delirava. Miguel Esteves Cardoso à conversa com Bruno Nogueira. Muito bom. 

Deviam reatar e, quiçá até aumentar o naipe: umas vezes eles os dois, duetos sempre virtuosos, outras o Bruno e o Pedro Paixão, outras os três (a ver no que dava este ménage: se zaragata, se beijos na boca). Ou também o Manuel João ou o Alvim. Tertúlias em geometria variável mas só com malucos. Não perderia um programa. Juro. Em vez dos comentadores do costume, que já não consigo ver nem com molho de tomate, bem podiam pôr gente assim a encher os horários nobres da televisão. Isso é que era. 

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E uma semana bem disposta, minha gente! Bora lá rir.

[E nem vale a pena irem indispor-se com o post abaixo. Estou a avisar]

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