Estou a começar isto mais tarde do que é costume e, portanto, vou já directamente ao assunto.
Bem, directamente, directamente não, não faz o meu estilo. Deixem que faça um intróito.
Tive um dia super-hiper preenchido. De manhã grande limpeza à casa, tudo varrido, lavado, esfregado, cobertas de sofás, tapetes e almofadas tudo sacudido e pendurado ao sol, a casa toda rescendendo a lavado, tudo limpo de dar gosto. Enquanto isso o almoço no forno. Depois banho, almoço tardio e ala que se faz tarde, para casa da minha mãe.
Tive um dia super-hiper preenchido. De manhã grande limpeza à casa, tudo varrido, lavado, esfregado, cobertas de sofás, tapetes e almofadas tudo sacudido e pendurado ao sol, a casa toda rescendendo a lavado, tudo limpo de dar gosto. Enquanto isso o almoço no forno. Depois banho, almoço tardio e ala que se faz tarde, para casa da minha mãe.
Tem o jardim que é uma maravilha, rosas brancas e rosas vermelhas, e uma buganvília em fúcsia frida kahlo e outra, igualmente linda embora em laranja tez-trumpiana. E malmequeres e nem sei que mais. Nascem-lhe flores das mãos.
Ah, levei-lhe ramos de louro, de orégãos, de alfazema, de alecim e um com diversas florzinhas multi-coloridas. Se ela não quer ir para o campo vem o campo até ela.
Ah, levei-lhe ramos de louro, de orégãos, de alfazema, de alecim e um com diversas florzinhas multi-coloridas. Se ela não quer ir para o campo vem o campo até ela.
Estivemos à conversa. Depois lembrei-me de lhe mostrar a Grace e Frankie para ver se a convenço a ter a Netflix (olha para mim...).
À saída, bye, bye -- todos de máscara, os visitantes descalços, os sapatos à porta, todo um protocolo contra natura, e rebéu-béu, pardais ao ninho, tudo coisas que me desconcentram -- pego no computador e bora que já estamos atrasados. Tínhamos um compromisso, às dezanove, num sítio ainda a quase uma hora dali. Na autoestrada dá-me vontade de um magnum ruby. A carência em que ando por gelados leva-me a estar por tudo e estes até que não são maus. À entrada na estação de serviço, vou à carteira tirar os dois euritos... qué dê a carteira...? Queres ver que a deixei em casa da minha mãe...? O meu marido, claro está, a fazer um ar furioso. Liguei à minha mãe. Foi ver à outra sala. Lá estava.
Já que ali estávamos, ele atestou e eu fui a correr comprar o gelado.
Quando vinha a sair, estava ele a vir na minha direcção, ar ainda mais irritado, a apontar-me para a cara. Não percebi. Se já estivesse a comer, ainda pensava que estivesse lambuzada e ele a chamar a minha atenção. Mas não, ainda vinha com ele na mão (ele, o gelado, bem entendido), pronta para me desinfectar antes de não sei o quê. 'O que foi agora?', perguntei, também já maçada com tanto controlo operário. E ele: 'Foste sem máscara...?!'. Mais tinha ele visto que sim. Nem de tal me tinha lembrado. Que não tenho cuidado, que não me esforço -- os remoques do costume. Saímos da autoestrada e ala para trás. Mais de meia hora perdida. Avisei o nosso compromisso que ia chegar atrasada. Ao meu lado, impaciente, ele não se conformava: 'Custava-te muito pensares no que fazes? A esta hora agora termos que voltar para trás...'. Pois, de facto, uma chatice mas fazer o quê?
À saída, bye, bye -- todos de máscara, os visitantes descalços, os sapatos à porta, todo um protocolo contra natura, e rebéu-béu, pardais ao ninho, tudo coisas que me desconcentram -- pego no computador e bora que já estamos atrasados. Tínhamos um compromisso, às dezanove, num sítio ainda a quase uma hora dali. Na autoestrada dá-me vontade de um magnum ruby. A carência em que ando por gelados leva-me a estar por tudo e estes até que não são maus. À entrada na estação de serviço, vou à carteira tirar os dois euritos... qué dê a carteira...? Queres ver que a deixei em casa da minha mãe...? O meu marido, claro está, a fazer um ar furioso. Liguei à minha mãe. Foi ver à outra sala. Lá estava.
Já que ali estávamos, ele atestou e eu fui a correr comprar o gelado.
Quando vinha a sair, estava ele a vir na minha direcção, ar ainda mais irritado, a apontar-me para a cara. Não percebi. Se já estivesse a comer, ainda pensava que estivesse lambuzada e ele a chamar a minha atenção. Mas não, ainda vinha com ele na mão (ele, o gelado, bem entendido), pronta para me desinfectar antes de não sei o quê. 'O que foi agora?', perguntei, também já maçada com tanto controlo operário. E ele: 'Foste sem máscara...?!'. Mais tinha ele visto que sim. Nem de tal me tinha lembrado. Que não tenho cuidado, que não me esforço -- os remoques do costume. Saímos da autoestrada e ala para trás. Mais de meia hora perdida. Avisei o nosso compromisso que ia chegar atrasada. Ao meu lado, impaciente, ele não se conformava: 'Custava-te muito pensares no que fazes? A esta hora agora termos que voltar para trás...'. Pois, de facto, uma chatice mas fazer o quê?
Há bocado, viemos para casa. Aquela cena toda: andar de elevador sem tocar em nada, abrir a porta, descalçar à porta, trinta por uma linha e, ainda por cima, sob vigilância pois, segundo ele, sou descuidada, indisciplinada. Passa a vida a dizer, irritado comigo: 'O teu problema é a indisciplina. Numa situação destas é preciso alguma disciplina e tu tens que levar tudo à tua maneira, não como te dizem para fazer'. Se calhar é mas, caraças, bardacovid para o corona. Lavei as mãos, desinfectei o telemóvel, despi-me, trá-lá-lá. Quando já estava desnudada e lavada, lembrei-me: 'Ah.... deixei a máquina fotográfica no carro...Tenho que lá ir'. O meu marido, furioso: 'Não vais nada, prefiro ir eu'. E lá foi.
E depois meteram-se outras coisas e agora, já duas da matina, o tanto que tenho para fazer esta segunda e agora é que aqui estou.
E depois meteram-se outras coisas e agora, já duas da matina, o tanto que tenho para fazer esta segunda e agora é que aqui estou.
Mas a sério: não tenho pachorra para a droga do coisa pequena. Sei que é preciso cuidado, claro que sim, mas habituada a andar descalça por casa ou a enfiar umas havaianas e sair para o campo onde não há covides de espécie alguma, uma pessoa chega à cidade e parece que não dá.
Além do mais, li uma notícia que me deixou vesga das ideias: há um crocodilo no Douro? Veio de Tordesilhas? Parece piada. Morde-me a vontade de ir averiguar a veracidade ou a plausibilidade da coisa, essa, sim, o acontecimento da década. E bem digo que um dia destes, lá in heaven, quando der por mim tenho um elefante ao lado. Com a quantidade de lagartixas, lagartões, cobras e animais do género que por lá andam, até o crocodilo do Nilo também lá pode aparecer, de tratado na mão, a dizer que quer negociar.
Além do mais, li uma notícia que me deixou vesga das ideias: há um crocodilo no Douro? Veio de Tordesilhas? Parece piada. Morde-me a vontade de ir averiguar a veracidade ou a plausibilidade da coisa, essa, sim, o acontecimento da década. E bem digo que um dia destes, lá in heaven, quando der por mim tenho um elefante ao lado. Com a quantidade de lagartixas, lagartões, cobras e animais do género que por lá andam, até o crocodilo do Nilo também lá pode aparecer, de tratado na mão, a dizer que quer negociar.
Enfim.
Peço desculpa por não responder aos comentários (tentarei fazê-lo durante ou ao fim do dia) e vou, agora sim, para o Randy Rainbow que goza a bom gozar com o boquinha de rosa.
Peço desculpa por não responder aos comentários (tentarei fazê-lo durante ou ao fim do dia) e vou, agora sim, para o Randy Rainbow que goza a bom gozar com o boquinha de rosa.
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E uma semana a todos!
Bom dia:- E assim se vive cada dia. As máscaras?
ResponderEliminarEssas, pela sua originalidade, mereciam estar no Panteão da inspiração e criatividade, lol
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Feliz início de semana
Cumprimentos poéticos
Deixe-se dar uma de advogado das buganvílias:
ResponderEliminarfúcsia frida kahlo sem mustache e laranja tez-trumpiana sem icterícia.
Quanto aos malmequeres, talvez sejam margaridas.
Uma semana cheia de bem-me-queres
Olá R y k @ r d o,
ResponderEliminarSabe que, por vezes (ou melhor, muitas vezes, sinto-me completamente campónia?
Comprei no supermercado um conjunto de máscaras comunitárias brancas, lisas, simples, sem pregueados, enfeites. Para além dessas, tenho umas quantas ditas cirúrgicas, daquelas banais em verde claro que comprei na farmácia.
Pouco circulo mas, nesse pouco, nunca vi daquelas coloridas, artísticas, que vejo na televisão, por todo o lado. Parece que toda a gente tem máscaras todas fashion e eu, imagine-se, não faço ideia onde se vendem. Já pensei ir às minhas brancas, lisas, simples, e fazer-lhes uma pintura. Mas depois, quando fosse a lavá-las deveria ficar tudo esborratado. Portanto, se meio mundo consegue criativo com as máscaras... eu não...
Dias felizes!
Olá Desconfinado,
ResponderEliminarPois, na volta são margaridas. Ou gerberas. Não sei. A minha mãe corrigiu-me quando eu disse: 'Olha que bonito está o canteiro, com os malmequeres todos floridos', mas agora não me lembro da correcção o que significa que, apesar de ela corrigir, na minha cabeça estão a pedir para brincar com eles ao tira-teimas.Mal-me-queres, bem-me-queres.
Quanto às buganvílias, fiquei com vontade de fazer um photoshop: a frida devidamente depilada com as flores em cor de laranja embaciada e a pele da mesma cor, carregadinha de icterícia, e o donald com flores na cabeça, em fúcsia, e com as sobrancelhas carregadas e unidas e um moustache à maneira (e com aquela boquinha a fazer de cuzinho de bebé). De braço dado.
Diga-me: porque é que não ridicularizam mais o Trump? Ridicularizado por todo o lado. Inseguro e débil como é a ver se ele não recolhia à casota...
Dias também com muitos bem-me-queres para si!