quarta-feira, janeiro 22, 2020

Oh pah... digam-me o que é isto....


E eu a gabar a presciência do algoritmo do YouTube. Está bem, está... Ou, então, está mesmo bem. Tem-me na conta de uma pírulas da cabeça e, se calhar, até sou. É que abri para perceber que coisa mais mirabolante era aquela e, quanto mais via, menos acreditava no que estava a ver e, menos ainda, que continuava a ver.

O que se passa é que, na volta, sou ainda menos preconceituosa do que penso que sou. É que, na ideia que tenho de mim, bastava ver o outfit para intuir que dali não saía coisa de jeito e bye bye maria odete. Mas eu, na realidade, pelo que constato, sou permissiva, tolerante, curiosa. Ou maluca.

Acho que nunca mais vou conseguir ouvir o Clair de Lune sem pensar nesta virtuosa pianista em alvos trajes menores, com uma rosa a aflorar-lhe os lábios, depois numa pose absurda, rodeada de flores, uma virgem sem tirar nem pôr. Tudo de um kitsch inenarrável. Quase dá vontade imaginá-la como deputada, uma cicciolina reciclada. Talvez deputada do Livre. 

Lola Astanova, a musa, interpreta Clair de Lune


Até já

2 comentários:

  1. um kitsch inenarrável?
    Algumas das fotos que põe da decoração das suas casas ou dos eventos de natal conseguem ser piores.

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  2. Olá Anónimo/a

    Para nos pormos na mesma página, como soi dizer-se, quer definir, para si, o que é kitsch? Se tiver dificuldade também pode definir inenarrável. Se mesmo assim sentir dificuldade, talvez possa definir fotos.

    E vá lá dormir para ver se amanhã está melhor...

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