Aqui chegadas, a este antro de perdição, as almas sensíveis devem fazer uma de quatro:
1 - Fechar os olhos
2 - Saltar para o post seguinte
3 - Fechar o computador
4 - Não fazer nenhuma das anteriores mas, a seguir, ir a correr rezar cem avé-marias
Agora que o aviso está feito, acrescento apenas que, não encontrando eu o livro que procurava, me dirigi à livreira: 'Por favor: tem o livro do João Habitualmente?' ao que ela, disfarçando que tinha ficado intrigada, indagou: 'Mas como é que se chama o autor?'. E eu 'João Habitualmente' e ela, achando que não estava a ouvir bem: 'Habitualmente?! É o nome dele?'. Não consegui ser assertiva: 'Acho que sim'. É que não faço ideia se é nome mesmo, se é nom de plume.
Já cá o tenho. E é o que eu antevi quando o ouvi e vi na RTP. Um ganda maluco. Portanto: gosto.
E que não se pense que é tudo assim, como o hímen. Não é. Mas este caíu-me no goto. Salvo seja, claro. Melhor: caíu-me tudo no goto -- os poemas, o livro em si, o desgrenhado e desavergonhado autor.
E que não se pense que é tudo assim, como o hímen. Não é. Mas este caíu-me no goto. Salvo seja, claro. Melhor: caíu-me tudo no goto -- os poemas, o livro em si, o desgrenhado e desavergonhado autor.
Mas, então, vamos lá. Com vossa licença.
A acompanhar o hímen (in 'Um dia tudo isto será meu'), uma fotografia de Robert Mapplethorp, a primeira, e outra de Man Ray, a segunda. E, para rematar, porque nada como umas notas de música para abrilhantar uma festa, Michelle Pfeiffer, a fabulosa.
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À laia de bolinha encarnada no canto superior direito : 👿
E a altivez agressiva desta pila
que rejubila e sobe para o céu?
Enrijece está tão hirta direi tesa?
e aponta para o hímen esse véu
E se a sua insistência altiva
te não cativa, Teresa
É como se esta vontade de me vir
não radicasse na zona genital
mas numa grande vontade de rir
ao olhar esse cu monumental
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E, a todos, desejo um santo dia.
Cum cara... ças!
ResponderEliminarQue dirá a sua bonequinha linda quando vier espreitar o blogue da vóvó?
Olha que pilinha tão gira. A minha avó é mesmo bué da fixe. Vou já partilhar com as minhas amiguinhas.
Enfim, cada um educa à sua maneira...
A internet no seu melhor!
ResponderEliminarUJM,
ResponderEliminarSou mais apreciadora de uma linguagem 'despudorada','lisa' e 'fria' no que a questões de sexo e nudez diz respeito, quando se trata de imagem/fotografia do que em palavras, em especial na poesia.
Daí gostar mais das fotos que aqui estão do que do poema.
Um dos exercícios que aprecio no labor da poesia é o compromisso ou equilíbrio entre a delicadeza e a força, e a busca de palavras para expressá-lo através de alusões, metáforas ou outros recursos estilísticos.
Embora não seja o caso, julgo, estou a lembrar-me que não gosto nada de poesia (ou de outros textos) que use palavras ou expressões consideradas 'asneiras' ou 'palavrões'.
Não é uma questão de pudor, naquele sentido do casto 'ai que horror, poucas vergonhas', mas por não alinhar com a estética do linguajar que me é conforme e que aprecio, e até por achar que é uma opção de facilitismo.
Nem Bocage Isabel Pires?
EliminarO Luís Fernandes (Porto, 1961) já foi Célio Lopes e agora é João Habitualmente.
ResponderEliminarDesistiu de Engenharia Química (descobriu que não gostava de
matemática) e mudou para Psicologia.
Eu diria que é uma pessoa muito interessante, a julgar pelo que li e ouvi acerca dele.
Pode pesquisar na net.
Boa tarde.
Olá Anónima,
ResponderEliminarVejo que estou a falar com uma alma sensível, aliás facilmente reconhecível, pelo que vou explicar devagarinho:
1 - Os meus netos não consultam este convento a menos que os pais o mostrem face a algum tema que lhes pareça merecer a atenção das crianças e, ainda assim, são os pais que aqui os colocam. Talvez não saiba mas eu explico também devagarinho: aqui não há nada que interesse crianças da idade dos meus. Além do mais, só usam computador com permissão e vigilância dos pais.
2 - Acha que as crianças diriam 'Olha que pilinha tão gira'? Olhe que não sei. A mim parece-me é que essa é a sua opinião. Não lhe digo se concordo ou não que é o que me faltava era estar a dizer-lhe qual a minha opinião sobre pilinhas. Digo-lhe apenas que não não se entusiasme: aquilo ali não é só pilinha, há ali sombra que parece que amplia a coisa. E acha que os meus netos já saberiam partilhar com amiguinhos um link? Olhe que não, olhe que não. A mim parece-me, de novo, é que essa seria a sua vontade e aí tenho que lhe dizer que só lhe fica bem: generosidade da sua parte, partilhar uma pilinha que acha bonita com as suas amiguinhas.
Tirando isso, nada.
Bons pensamentos e melhores sonhos.
Olá Admirador de arte na internet,
ResponderEliminarThanks pelo entusiasmo.
Dias felizes para si.
Olá Isabel Pires,
ResponderEliminarEu não consigo usar o linguajar vernacular a menos que em circuito fechado e, ainda assim, há palavras que não uso de maneira nenhuma. Uma, então, nunca. Mas não é por nada de especial, é porque me soa mal, deselegante, vulgar.
E detesto ler, por exemplo, em blogs, o uso de palavrões de forma banalizada. Não gosto, acho infantil, gratuito.
Mas acho piada a poesia erótico/humorística/irónico-pornográfica. O humor associado aos temas vulgarmente interditos dá-me vontade de rir.
Quanto à fotografia, aprecio imenso o seu gosto: é despojado, 'clean', elegante. Por isso, percebo muito bem o que diz.
Obrigada pelo seu comentário. E não apenas dias felize, Isabel, mas o ano inteiro a correr bem!
Olá Anónimo/a,
ResponderEliminarSabe que fui mesmo pesquisar na net e fiquei a achar o João Habitualmente ainda mais interessante. Parece ser aquele género de pessoa para quem não há grandes limites e que, a toda a hora, se diverte à brava.
Obrigada.
Dias felizes e um belo 2020. (Ainda estamos no princípio de Janeiro, ainda dá para desejar um bom ano)
Não precisa agradecer, o Luís/João é um ser realmente interessante a vários níveis: humano, profissional, político e artístico, com ideias fora da caixa e muito sentido de humor.
EliminarVale a pena conhecê-lo melhor e não nos focarmos apenas na parte mais erótico/brejeira da sua obra.
Também fui eu que fiz o primeiro comentário e apenas pretendia alertá-la. A senhora nem imagina o que as crianças sabem fazer com os computadores e tlm (e sei do que falo, pois lido muito com elas) e as suas, segundo nos conta, até são bem curiosas e inteligentes.
Conheço bem a obra e os jogos de sombras do fotógrafo em causa (e as minhas amiguinhas também) pelo que não preciso de partilhar nada com elas.
Agradeço os votos de bom ano, que retribuo cordialmente.
Bom dia.
A UJM passou-se de todo! Até na forma como se dirigiu à Leitora anónima. Sinceramente, o que é que lhe vai nessa cabeça? Pilas e quejandos? Realmente, "não havia necessidade" de semelhante foto. É que umja coisa é ir pesquisar um Blogue sensual, erótico, que se focalize neste tipo de temas, ou tópicos, e até os há muito bons, falo do ponto de vista da escrita e linguagem, sobretudo, e até da forma como a questão sexual é abordada, outra é um Blogue como este, onde a autora de repente lhe dá para desatinar. Não é que choque em termos abstractos, mas vai além de quem aqui vem lê-la. E, pior, sendo a foto, desse "excremento" da fotigrafia internacional. O tal que viu a sua exposição em causa no Porto, que um tal "jovem" tolo, na sua posição de direcção, achava que merecia ser mostrada.
ResponderEliminarPosts destetipo acabam por dar um ar de deselegância ao "Um Jeito Manso". Para quê este tipode exibicionismo? Se calhar estou errado, mas fica a pergunta.
Boa malha UJM.
ResponderEliminarAs virgens (e os) arrependidas que meditem sobre este vídeo da brasileira Zélia Duncan publicado pela Manuela D´Ávila:
https://www.facebook.com/manueladavila/videos/309907723248553/
Bom Ano e "desconcerte-nos" de quando em vez. Faz bem ao fígado
AV
Olá Anónimo indignado,
ResponderEliminarEm primeiro lugar deixe que lhe diga que o direito à indignação é seu e ninguém lho tira. Muito bem.
Em segundo, não percebo porque é que acha que eu virei exibicionista... É que a pilinha daquele senhor é dele, não é minha, e eu acho que os exibicionistas não exibem pilinhas dos outros.
Depois, acho que não concordo com a sua apreciação. Acha que o Robert Mapplethorpe é o "excremento" da fotigrafia internacional? Pronto. É uma opinião. Eu não concordo. Dessas três palavras só concordo com 'internacional'. De resto não acho que ele fosse um 'excremento', muito menos que se dedicasse à fotigrafia
No entanto, deixe que lhe diga: respeito o sentido estético dos meus Leitores e, portanto, se quiser anular a deselegãncia dos quejandos deste meu post, quer sugerir uma obra elegante que seja de sua afeição?
Ao dispor.
Olá Corvo (então é quem se tem assinado por AV?)
ResponderEliminarGostei muuuiiito de ouvir a Zélia Duncan. Muito bom.
E muito obrigada pelas suas palavras e por ter achado que um bom desconcerto faz bem ao fígado.
Saúde!
E um belíssimo Ano Novo para si!
Paulo B, para mim, o mérito e valor que reconheço aos outros e às coisas, nem sempre é coincidente com os meus gostos e interesses.
ResponderEliminarMais ou menos isto: reconheço que o chocolate tem benefícios, e nessa óptica é bom, mas eu não gosto de chocolate e por isso não o como, a menos que seja obrigada enquanto ´medicamento' ou não haja mais nada para comer. Mas gosto muito do cheiro do chocolate.
Portanto, relativamente aos textos sobre os quais opinei e que derivei para falar sobre certo tipo de escrita e linguajar, quero deixar claro que não me referi ao mérito de quem faz dessa forma, que reconheço, quer seja o autor aqui referido, o Bocage ou outro. O que eu disse é que não encaixa nos gostos e interesses que me alimentam o espírito. Mas não viro costas a tudo o que não se enquadra no meu gosto e interesse, que eu amo a diferença e agrada-me manter essa perspectiva de um mundo grande.
Compreendo perfeitamente. A minha pergunta do Bocage era só para perceber melhor se era mesmo a temática se a forma. Não que me tenha perguntado, mas digo-lhe que este João Habitualmente (que conheci aqui) não me convence. Mas acho piada ao género! Abraço. Bom fim-de-semana.
EliminarGosto mais de senaitas (embora compreenda o gosto de uma Lady por tarolos)!
ResponderEliminarOlá,
ResponderEliminarNão pretendi, em relação aos meus filhos, fechar-lhes portas à curiosidade. De resto, considero que é inútil: nada é mais apelativo do que o interdito. Também não o farei em relação aos meus netos. Se sabem pesquisar, saberão encontrar. É preciso é que haja acompanhamento, enquadramento, desdramatização do que for de desdramatizar. Por exemplo, o corpo humano não é sinónimo de pecado e é importante que o conheçam. Claro que há alturas para tudo. Seja como for, o meu blog não é coisa que lhes interesse pois não é coisa que ombreie com as fails, os Simpsons, o Mr. Bean, as grandes jogadas de futebol, as macacadas que aparecem nos castings dos Got Talents, etc.
Mas obrigada pelo seu cuidado.
Um bom fim de semana.
Olá Anónimo,
ResponderEliminarOra aí está uma palavra que desconhecia. Até tive que ir consultar o dicionário, imagine. Por que será que há tantas palavras para a mesma coisa?
Quanto à segunda palavra, acho que nunca a tinha visto associada ao dito cujo mas é tão óbvio o significado que nem foi preciso ir ao dicionário.
Gracias pela informação.
E um bom fim de semana!
Corvo Negro não é AV que se assina aqui. Poderá ter as mesmas iniciais mas somos pessoas diferentes.
ResponderEliminarUm Sábado feliz!
A melhor "atenção" dada à Senaita e ao Tarolo, em tom divertido e erudito,aparece em duas obras extraordinárioas de humor, embora com um vocabulário forte, mas muito bem redigido, que são: "O Meu Pipi, diário"(da Oficina do Livro) e o segundo "O Meu PIPI, Sermões"(da Tinta da China). Não estando actualmente à venda, esgotaram-se e depois de alguns milhares de edições, não voltaram a ser reeditados. Mas, qualquer leitor ou leitora interessada pode pedi-los numa Fnac, por exemplo.
ResponderEliminarNunca li algo igual, onde o humor impera a par de uma escrita intelectuamente brilhante.
Como tem sentido de humor e ousadia quanto baste, acredito que iria apreciar e divertir-se. Um conselho: não leia o/s livro/s em público (combóio, numa sala de estar de um consultório, etc) porque, pode começar a rir de forma a suscitar uma inusitada atenção das pessoas ali á sua volta.
Prefiro manter o anonimato como atrás, não pensar que sou maluco. Mas a UJM, se tiver boa memória, descobrirá quem sou, visto, em tempos, lhe ter referido estas duas notáveis obras!
Um bom fim de semana com sol e outrs coisas...
Olá AV,
ResponderEliminarObrigada pelo esclarecimento pois, de facto, fiquei a modos que confundida. Assim, fica mais claro.
Uma boa semana para si!
Olá, Recomendador de Pipis,
ResponderEliminarLembro-me que me recomendou, sim, e eu já andei à procura do livro, sem sucesso. Não me lembrei de encomendar mas é bem lembrado, sim senhor. A ver se trato disso.
E, afinal, chegou a saber-se quem é o autor?
Tenho ideia que sei quem V. é mas pesquisei aqui no blog para confirmar e não consegui. Por isso, não quero aqui arriscar. Mas, a sério, julga que eu o acharei maluco se me disser quem é? Ora essa... Mesmo que me dissesse ser o autor eu não acharia isso.
E obrigada por me voltar a lembrar: amante de livros e amante do género, como fui eu passar ao largo desses livros? Não percebo.
Uma bela semana para si.