Se o dia é muito quadrado, cheio de quadros, tabelas, dashboards, kpi's e coisas dessas que parte da população desconhece (não perdendo grande coisa), acontece-me chegar a esta hora e só me ocorrer virar o blog do avesso. É que não me apetece dizer nada, muito menos coisa que tenha pingo de sumo: só mesmo coisas do caneco, que não tenham nada a ver com nada. Juro.
Bem, a ver no que dá. Vou esforçar-me, pode ser que consiga atinar.
Bem, a ver no que dá. Vou esforçar-me, pode ser que consiga atinar.
Ainda por cima, acho que andei distraída e não dei pela chegada da silly season.
Só dei por ela quando soube daquela ave exótica, cor de ovo do campo em versão açafrão-choque e que, quando foram a ver, afinal era uma gaivota que tinha desfilado na avenida, na parada lgbt, toda linda, toda tingidona de caril.
Também pode acontecer que o início da estação dos malucos tenha sido quando ouvi aquilo do polícia sindicalista que nos dias de folga ia buscar droga para passar. Moço fino.
Ou o Cavaco, dito o impoluto da marquise, a dizer que não é amigo do Ricardo Salgado. E a malta do costume, uma maltosa info excluída, maledicente, num excitex, caíu em em cima do marido da Dona Maria Cavaca a pés juntos sem perceber que ele queria dizer é que não se tinha amigado com ele no Face. Qual jantarinho, qual carapuça. O amigo da onça estava a pensar era em likes e assim e a malta, como de costume, não percebeu. Muito gostam os info-excluídos de embirrar com o bolo-rei da casa da coelha. Poças.
E outra: parece que aquela senhora que se esforça tanto por ter um ar assertivó'iluminado e que só consegue ter um ar de gaiteira avant la lettre escreveu uma baboseira equivalente a todas as outras baboseiras que usualmente escreve e, uma vez mais, as redes sociais pegaram fogo, o mundo dividido em dois, o comissário marcelista, João Miguel Tavares de seu nome, também a opinar, malta civilizada a indignar-se, outros a espumar, provavelmente outros a esgazear -- e tudo como se o que a Menina Bonifácia diz interessasse para alguma coisa. Nunca. Nunca disse casca de caracol que interessasse. Por amor da santa, esqueçam as self-perecíveis opiniões da vizinha Bonifácia. Get a life.
Só dei por ela quando soube daquela ave exótica, cor de ovo do campo em versão açafrão-choque e que, quando foram a ver, afinal era uma gaivota que tinha desfilado na avenida, na parada lgbt, toda linda, toda tingidona de caril.
Também pode acontecer que o início da estação dos malucos tenha sido quando ouvi aquilo do polícia sindicalista que nos dias de folga ia buscar droga para passar. Moço fino.
Ou o Cavaco, dito o impoluto da marquise, a dizer que não é amigo do Ricardo Salgado. E a malta do costume, uma maltosa info excluída, maledicente, num excitex, caíu em em cima do marido da Dona Maria Cavaca a pés juntos sem perceber que ele queria dizer é que não se tinha amigado com ele no Face. Qual jantarinho, qual carapuça. O amigo da onça estava a pensar era em likes e assim e a malta, como de costume, não percebeu. Muito gostam os info-excluídos de embirrar com o bolo-rei da casa da coelha. Poças.
E outra: parece que aquela senhora que se esforça tanto por ter um ar assertivó'iluminado e que só consegue ter um ar de gaiteira avant la lettre escreveu uma baboseira equivalente a todas as outras baboseiras que usualmente escreve e, uma vez mais, as redes sociais pegaram fogo, o mundo dividido em dois, o comissário marcelista, João Miguel Tavares de seu nome, também a opinar, malta civilizada a indignar-se, outros a espumar, provavelmente outros a esgazear -- e tudo como se o que a Menina Bonifácia diz interessasse para alguma coisa. Nunca. Nunca disse casca de caracol que interessasse. Por amor da santa, esqueçam as self-perecíveis opiniões da vizinha Bonifácia. Get a life.
Claro que também há aquilo de a PJ ter andado de roda de outra câmara do PSD. Começaram pelo norte, passaram pelas Beiras e agora já chegaram ao Algarve. E o que vejo é o pipeline dos investigados e arguidos a ir enchendo, enchendo, enchendo. E sair não sai nada, ou porque tanta investigação não dá em nada -- é a aquela coisa de chocar, chocar e não nascer nenhum pinto -- ou porque leva tantos anos que os ditos ficam velhinhos, velhinhos, e a coisa acaba por chatear a malta, que às tantas já nem se sabe se já foram soltos, se nunca chegaram a entrar, se por aí andam de pulseirinha ou se foi tudo mais um desvario do Rosarinho e do super Alex. Portanto, começa é a ser estranho haver autarquia em que não apareça aquele bando de agentes a fazer rusgas, sacar computadores, espiolhar as gavetas e revistar o armário da casa de banho onde as senhoras guardam os pensos. Só autarquia fajuta, brega, saloia é que não interessa pr'a ninguém, autarca pé rapado que não consegue nem ser arguido de coisa nenhuma.
Tirando isso estou em crer que só mesmo o Marcelo mas aqui não vou dizer que tenha a ver com silly season ou que não deita sumo. Tudo o que o nosso ubíquo prof. diz ou faz é presidencialmente pertinente, ora essa. Mas não sei o que aqui referir porque ele fala tanto sobre médico, enfermeiro, polícia, bombeiro, deputado, porteiro, professor, presidente, rainha, papa, são tomense, moçambicano, cabo e sargento de Tancos, livro feito, livro por fazer, agricultor, velhinha, criancinha, investigador, psicólogo, barbeiro, motorista, sindicalista, massagista, artista, alpinista, guitarrista, jornalista, polícia-sinaleiro, cozinheiro, solteira, tia de Cascais, simples peão e etc. que não sei qual o tema a destacar. Nem seria correcto eu destacar alguma coisa porque quem sou eu para dar em fazer seleccção em tema presidencial...? Ná, nessa não me apanham. Cada macaco no seu galho e o meu galho é cá em baixo, pequenino, plebeinho.
E depois, claro, há sempre aqueles temas que são silly em todas as seasons como os do conselheiro Marques Mendes mas eu, quando aparece esse cromozito, mudo logo para o canal dos agricultores, gente mais bem formada, mais sã.
Pode parecer que não, que aquilo ali é tudo maluco encartado, desde os agricultores às putativas madames agricultoras, mas é gente mais clean de cabeça do que o Nóia e a sua Clara amestrada. Aquilo ali, no campo, é tudo ecológico, tudo se auto-recicla, tudo se transforma em ar mal acaba de ser dito e, portanto, aqui chegada nada me ocorre dizer sobre o tema. Só sei que é coisa mais aproveitável do que as bocas, os recadinhos e as tretas do conselheiro da SIC.
E isto tudo para dizer que o dia foi muito convencional e, querendo eu virar o texto do avesso, não encontro matéria para me ajudar na acrobacia. Tento, tento, tento e... nada.
Acresce que isto de deitar tarde e levantar cedo não me estimula os neurónios. Zero. E o pior, e isto eu nem devia aqui fazer confidências destas, é que por causa de umas cenas que eu cá sei, tenho trazido trabalho para casa. E, assim sendo, com a cabeça nos comentários a que não tenho conseguido responder e no texto que me apetece revirar e atirar ao ar, tenho que usar este meu escasso tempo a ler e responder a mails, ler relatórios e alinhavar pareceres. E blog, que é bom e eu gosto, nada, só no fim, quando já estou completamente nos finalmentes do dia de moi-même.
Pauvre, pauvre... lá diria a menina Orquídea. Mas não seria a mim que ela se estaria a referir, pauvre, pauvre de moi que de mim ninguém se apieda. Nem ninguém me escreve missivas, pauvre, pauvre de mim, com canetas não sei quê e caligrafia não sei de onde. A mim só budgeds, dashboards e coisas sem filosofia, psicologia, poesia, rêveria. Uma aridez. Ainda se ao menos viessem em grego antigo que é a minha língua de eleição. E, já agora, pela mão de um tal calmeirão que tem deixado algumas senhoras da bloga ao rubro....Mas não, nem isso. Nada. Bola.
Portanto, olhem, lamento mas hoje, uma vez mais, aos costumes digo nada.
Pode parecer que não, que aquilo ali é tudo maluco encartado, desde os agricultores às putativas madames agricultoras, mas é gente mais clean de cabeça do que o Nóia e a sua Clara amestrada. Aquilo ali, no campo, é tudo ecológico, tudo se auto-recicla, tudo se transforma em ar mal acaba de ser dito e, portanto, aqui chegada nada me ocorre dizer sobre o tema. Só sei que é coisa mais aproveitável do que as bocas, os recadinhos e as tretas do conselheiro da SIC.
E isto tudo para dizer que o dia foi muito convencional e, querendo eu virar o texto do avesso, não encontro matéria para me ajudar na acrobacia. Tento, tento, tento e... nada.
Acresce que isto de deitar tarde e levantar cedo não me estimula os neurónios. Zero. E o pior, e isto eu nem devia aqui fazer confidências destas, é que por causa de umas cenas que eu cá sei, tenho trazido trabalho para casa. E, assim sendo, com a cabeça nos comentários a que não tenho conseguido responder e no texto que me apetece revirar e atirar ao ar, tenho que usar este meu escasso tempo a ler e responder a mails, ler relatórios e alinhavar pareceres. E blog, que é bom e eu gosto, nada, só no fim, quando já estou completamente nos finalmentes do dia de moi-même.
Pauvre, pauvre... lá diria a menina Orquídea. Mas não seria a mim que ela se estaria a referir, pauvre, pauvre de moi que de mim ninguém se apieda. Nem ninguém me escreve missivas, pauvre, pauvre de mim, com canetas não sei quê e caligrafia não sei de onde. A mim só budgeds, dashboards e coisas sem filosofia, psicologia, poesia, rêveria. Uma aridez. Ainda se ao menos viessem em grego antigo que é a minha língua de eleição. E, já agora, pela mão de um tal calmeirão que tem deixado algumas senhoras da bloga ao rubro....Mas não, nem isso. Nada. Bola.
Portanto, olhem, lamento mas hoje, uma vez mais, aos costumes digo nada.
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Mas vá, já agora, para que alguma coisa valha a pena para além do espectacular Kantori Ongaku lá em cima (vejam o vídeo, ok?), aqui vos deixo o dito Devendra Banhart a mostrar a sua casa.
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Polvilhei o otxet* com o riso do Yue Minjun porque sim. Ou, vá, porque talvez.
[* texto do avesso]
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E dias felizes para todos
cabeça do que o Nóia e a sua Clara amestrada.
ResponderEliminarQue desaforo! Dizer estas coisas da Clarinha .
Deixo aqui o meu "protesto".