Ontem passeámos e fomos uma conhecer uma terra tão perto mas, sei lá porquê, onde nunca tínhamos ido (e só tenho pena de estar tão preguiçosa senão ia escolher algumas fotografias para vos mostrar), e a seguir, porque não descobrimos onde comer a nosso gosto, desandámos e fomos a uma terra ali ao lado mas, onde queríamos ir almoçar, fechava a cozinha às 14:15, coisa nunca vista, e portanto fomos a um que conhecemos bem mas que, descobrimos depois, mudou de gerência e não está nada de especial e está com preços escandalosos, aliás como me parece que estão os preços todos naquela zona. Comida de pior qualidade e a preços que não se encontram em Lisboa em restaurantes muito melhores. É a portuguesice no seu pior. Deslumbram-se com os turistas e resolvem logo abusar, não percebendo que ou praticam os justos valores de mercado ou acabam por, a prazo, ser prejudicados.
Depois fomos passear na vila mas estava a deitar por fora. Se vencer esta preguiça com que estou, a ver se vou mesmo buscar as fotografias que o atestarão.
Dali ainda fomos ver os meus pais e, portanto, chegámos tarde a casa (e com uma bela manchinha de tangerinas que uma vizinha da minha mãe lhe deu e que ela guardou para mim).
Hoje o programa foi mais razoável. Não fomos para longe de casa. Caminhámos à beira rio, aproveitámos os solzinho bom que aquecia a pele apesar de tanto frio. Depois de almoço resolvemos ir ao centro comercial ali perto para ver se, nos saldos da Zara, víamos mais umas coisitas para os miúdos. Estava muita gente mas, ainda assim, arranjámos coisas boas. Ainda demos uma saltada à Fnac mas fui muito contida.
Ainda demos um salto ao supermercado e, de caminho, já deixámos as coisas no meu filho. À minha filha será para a semana.
Agora já despachei uma máquina da roupa, já arrumei o que tinha arrumar, já fiz uma panela de sopa e a carninha estufada com tomate, cebola, salsa e coentros e feijão-verde.
Agora, enquanto a carne descansa, vim aqui espreitar os onlines e, como sempre, estive a ver as fotografias do The Guardian. E, acreditem ou não, no meio dos vários conjuntos de fotografias das mais variadas autorias, géneros e origens, por três vezes achei que pareciam portugueses e, das três vezes, bingo: eram mesmo portugueses.
E fiquei contente: como se nós, portugueses, fossemos inconfundíveis ou como se houvesse entre mim e o resto dos meus concidadãos uma inegável comunhão de identidade, mesmo quando o que vejo não me agrade especialmente. Nada a fazer, somos assim, para o bem e para o mal.
..........................................
A primeira fotografia, de Mike Freel, mostra mulheres conversando ao sol no Funchal. Lembrei-me da minha mãe e das amigas que, quando se encontram, logo desatam numa sorridente tagarelice.
A segunda, de Mário Cruz, mostra um primeiro banho, no dia de Ano Novo, em Carcavelos e trouxe-me à memória imagens da minha infância em que era habitual ver-se pais carregados de bronquice a forçar as crianças a tomar banho na praia, quando elas choravam a bom chorar de medo. Faziam o que aqui se vê: punham-lhes uma mão na boca e pimbas, mergulhavam as aflitas crianças. Tomara que isto que se vê na fotografia não sejam ainda reminiscências desses tempos.
A terceira, de Patrícia de Melo Moreira, mostra uma criança a fumar no Norte do País, em Vale de Salgueiro. E espero que isso aconteça apenas no Dia de Reis, embora já fosse sendo tempo de acabar com esta tradição.
A primeira é (quase) inconfundivelmente portuguesa ou melhor dum conjunto de retratadas mulheres portuguesas; a segunda, ao menos da minha parte, poderia atribuir o seu conteúdo a, também, outras paragens que não só nacionais internas; a terceira, como desconhecia a tradição retratada na mesma, por esta última jamais poderia fazer ideia qual a sua concreta origem, ainda que haja algo que à partida também me inclinaria para contudo interno. Em qualquer caso e no computo geral, depois de ler a descrição feita para cada uma das fotos, sou forçado a concordar com a identidade nacional do conteúdo de qualquer das respectivas!
ResponderEliminarAbraço
VB