Desesperado por não conseguir conquistar o coração das hostes laranjas e completamente ignorado pelos portugueses em geral, Rui Rio, também já apelidado de Rei das Órgias, terá contratado um agente de imagem brasileiro que tem dado provas em várias eleições. Ainda há pouco que está em funções mas as iniciativas já postas no terreno são a garantia de que o PSD está a mudar. Para já, criou vários grupos de WhatsApp, do Instagram e do Facebook para difundir massivamente mensagens de apoio ao grande líder e para os seus membros comentarem favoravelmente os novos nomes que Rio já começou a nomear para o Governo que, por enquanto o é na sombra, mas que Rio pretende constituir como Governo a sério.
O primeiro nome que foi lançado para a ribalta é, nada mais, nada menos que o de Cristina Ferreira, nome que atrai multidões e que promete vir a revolucionar o conceito da política em Portugal, tirando as teias de aranha aos preconceitos dos bem pensantes.
Querendo mostrar que o PSD está fortemente enraizado na sociedade e querendo evidenciar independência partidária, fala-se que novos nomes estão na calha e todos surpreendentes. Fala-se em Felícia Cabrita para Ministra da Administração Interna, Carlos Alexandre para Ministro da Justiça, José Gomes Ferreira para Ministro das Finanças, Paulo Rangel para Ministro da Comunicação Social, Helena Matos para Ministra da Educação, Ana Rita Cavaco para Ministra da Saúde, um GNR de Loulé para Ministro da Defesa e João Rendeiro para Ministro das Finanças. Mas estes nomes carecem ainda de confirmação.
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E claro que este é um fake post. Nada do que acima escrevi é real. Mas imagine-se que começava a correr na net, imagine-se que grupos formados para o efeito nas redes sociais começavam a pô-lo a circular de forma quase viral. Em menos de um foguete, a credibilidade de Rui Rio, que já é ínfima, ficaria na lama, com meio mundo a comentar e a gozar estas escolhas, com os jornais mais 'imediatistas' a propalarem as novidades, com comentadores a arrasarem o actual PSD em jornais e televisões.
E, no entanto, é graça a estratagemas destes, já antes usados em Portugal (incluindo, e muito activamente, pelo PSD), que algumas eleições são influenciadas. Parte das eleições do Brasil estão a ser condicionadas por falsas manchas negras que enlameiam a reputação de alguns candidatos. Bolsonaro chegou onde chegou sem ter que mexer uma palha, bastaram notícias forjadas para denegrir os opositores, em especial os ligados ao PT. O mesmo aconteceu na eleição de Trump com Hillary Clinton e demais candidatos democratas a serem trucidados por uma avalancha de fake news.
O Diário de Notícias dá conta do que se passa em Portugal: "Como funciona uma rede de notícias falsas em Portugal" - Vários sites sediados no Canadá alojam fake news sobre a política portuguesa. Depois, vários grupos no Facebook, com milhares de membros, divulgam-nas. O criador desta operação explica-nos porquê.
Como o artigo é pago, para quem não seja subscritor, pode ver-se algum desenvolvimento no Expresso. "Sites portugueses de notícias falsas? Sim, muitos. Estão sediados no Canadá, mas nasceram em Santo Tirso" - Criam notícias falsas sobre a política portuguesa, que vários grupos nas redes sociais, com milhares de membros, divulgam depois. Uma investigação do “Diário de Notícias” demonstra a existência em Portugal de uma realidade paralela, destinada a enganar a opinião pública
Tenho para mim que redes sociais como as de Zuckerberg (que está a ser contestado internamente correndo o risco de, à semelhança de anteriores criadores, ser rejeitado pela sua criação) são terreno fértil para a propagação do que de pior existe na natureza humana e, talvez por isso, a porta aberta para o populismo (e, logo, para o fim da democracia). Os políticos deveriam prestar atenção a este fenómeno para melhor o regularem -- antes que seja tarde demais.
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Tenho para mim que redes sociais como as de Zuckerberg (que está a ser contestado internamente correndo o risco de, à semelhança de anteriores criadores, ser rejeitado pela sua criação) são terreno fértil para a propagação do que de pior existe na natureza humana e, talvez por isso, a porta aberta para o populismo (e, logo, para o fim da democracia). Os políticos deveriam prestar atenção a este fenómeno para melhor o regularem -- antes que seja tarde demais.
Muito bem. Não há como não concordar.
ResponderEliminarEstou a ver que a UJM tem mesmo queda para a política. Cá para mim precisa de entrar nisso com os dois pés e candidatar-se a PM nas próximas Legislativas.
Isto está a precisar da visão de uma mentalidade feminina, clara e objectiva.
Ah, mas nada de copiar os modelitos, como fez com os sapatos da CF. Já reparou que são iguaizinhos aos 'seus'? Quem terá copiado quem?
Um abraço! :)
Olá Janita,
ResponderEliminarSabe que acertou? Tenho grande apetência pela política. E só gostava que as pessoas que nela se metem não tivessem que fazer tantos fretes ou ficar sujeitas a tanta maledicência para poder ganhar coragem para me afoitar e ter uma vida política activa. Mas, de qualquer forma, é daquelas que não descarto. Quem sabe. Um dia.
E sabe que nem tinha dado pelo pormenor dos sapatos. Li o seu comentário e fiquei sem perceber. Fui ver e não é que são mesmo parecidos com os da Léa Seydoux...? Ele há coisas.
Uma bela semana para si, Janita! E um abraço.