Em casos assim, é inevitável: a gente lembra-se do Tony Ramos. Eita homem mais peludo, minha nossa. Há quem ache sexy, homem macho. Mas eu, cá para mim, se isso é macheza então acho que, se calhar, não seria precisa tanta. Claro que a gente pode ver por outra perspectiva: é fofinho, ursinho peludão. E, no inverno, deve ser quentinho.
Mas eu, se fosse a cara-metade dele, capaz de, quando o apanhasse a dormir de barriga para baixo, lhe pôr umas bandas de cera depilatória e pimbas: já foste. Pelos ao ar.
Ou então, para ele não dar pela coisa, punha uma espuminha macia e, ao de levezinho, com uma lâmina cuidadosa, fazia-lhe a barba às costas. E nem lhe dizia nada.
Mas ficava atenta: se visse que, qual Sansão, lhe estava a faltar a força, então, olhem, se calhar reconsiderava e deixava que a guedelha lhe crescesse de novo. E cala-te boca.
De resto, isto é como tudo: gostos não se discutem.
E o importante é que o ursinho fofinho seja bom rapazinho, que isso é que importa
-- e o resto são conversas.
Nem mais. Deixe lá os pêlos do homem no lugar, ninguém se mede ao pêlo.
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