O que foi este meu dia nem vale a pena dizer. Digamos que foi o culminar de uma semana inteira mal dormida, pouco ou nada descansada e em que o trabalho tombou imparavelmente em cima de mim. À hora de almoço, a um colega que entrou no meu gabinete, enquanto saía outro, eu disse: acho que isto está a começar a ser de uma violência desumana. Depois não disse mais nada porque senti que estava a começar a ter pena de mim.
Passado um bocado, à hora de almoço, saí nas horas de estalar para ir à consulta de ginecologia que deveria ser anual ou bianual ou sei lá e à qual não ia há anos. A maior parte das vezes, quando me lembro, peço a algum médico qualquer que me passe precrição para exames, vou e, se estiver tudo bem, acaba aí, já acho que não vale a pena perder mais tempo com consultas.
Desta vez, quando soube de pessoa próxima com um problema, e já lá vai ano e tal, pensei que tinha que ir à médica. Afinal só há uns meses lá fui. Mandou fazer uma série de exames e deu-me uma desanda. Para conseguir agendá-los todos de seguida e ao início da manhã, tive que esperar uns meses. E a seguir, para conseguir vaga com a médica à hora de almoço, mais uns meses. Foi hoje. Mas a consultra atrasou-se e eu comecei a ficar sem tempo pois, daí a nada, nova reunião. Portanto, com a pressa de me vir embora, nem fiz a pergunta que levava engatilhada com o propósito de marcar logo, nem que fosse para daqui a dez anos: qual a periodicidade indicada para este tipo de revisões. Esqueci-me. Agora olha, é quando voltar a lembrar-me.
Drew Barrimore |
Desta vez, quando soube de pessoa próxima com um problema, e já lá vai ano e tal, pensei que tinha que ir à médica. Afinal só há uns meses lá fui. Mandou fazer uma série de exames e deu-me uma desanda. Para conseguir agendá-los todos de seguida e ao início da manhã, tive que esperar uns meses. E a seguir, para conseguir vaga com a médica à hora de almoço, mais uns meses. Foi hoje. Mas a consultra atrasou-se e eu comecei a ficar sem tempo pois, daí a nada, nova reunião. Portanto, com a pressa de me vir embora, nem fiz a pergunta que levava engatilhada com o propósito de marcar logo, nem que fosse para daqui a dez anos: qual a periodicidade indicada para este tipo de revisões. Esqueci-me. Agora olha, é quando voltar a lembrar-me.
Drew Barrimore |
Ele levantou-se agora para se ir deitar e eu abri a tampa do computador mas mais por vício do que por inspiração.
À vinda para casa, conversei com os dois rapazinhos da minha filha e, à despedida, o mais novo, o que fez sete, perguntou como se chamava a quinta filha daquela família que só tinha meninas, a Pata, a Peta, a Pita e a Pota. Pelo inesperado, ri e disse que não podia responder, que ele me estava a sair um belo malandro. E ele: 'Porquê? A menina chamava-se Maria'.
Ainda me estava a rir quando liguei à minha mãe.
Depois fui ver a menina que ontem passou por uma cirurgia com anestesia geral. Hoje estava fresca, como se nada se tivesse passado. Tem que ficar uma semana em casa e tem que fazer dieta mas, quem não saiba jamais desconfiará. Em contrapartida, o mano bebé estava cheio de febre, embora mal o ben-u-ron tenha começado a fazer efeito, tivesse também ficado fino como um alho. Depois chegou o mano do meio, que vinha do judo com o pai. Radiantes e brincalhões, todos.
Ontem toda a gente deu cromos à menina (todos menos eu...) e ela esteve a mostrar-me a caderneta e os que tem repetidos. É a colecção das Lol, umas meninas gaiteiras, cheias de brilhantes à volta. Depois perguntou se eu gostava que ela me colasse um na carteira do telemóvel. Aí desarmou-me. Sou furiosamente anti-piroseiras mas senti que desvalorizaria a sua ideia se recusasse. Como tendo muito a deixar cair telemóveis e dei cabo de alguns, agora tenho o actual dentro de uma espécie de capa que supostamente o protege. Infelizmente, sempre que precisei que o fizesse, não resultou lá muito, mas enfim. Mas é uma capa preta do mais discreto que há. Então, face à generosidade da minha menina, disse que sim, na parte de dentro. Perguntou qual a boneca de que eu mais gostava. Disse que ela pusesse a de que gostava menos. Disse que gostava de todas e que eu escolhesse a mais bonita. E assim fiz. Ficou toda contente. Depois disse que eu podia escolher outra para pôr na parte de fora. E eu, perdida por cem, perdida por mil, escolhi. Uma coisa que, em condições normais, não lembraria ao diabo. Nem imagino como vou andar de telemóvel na mão com meninas Lol auto-colantes e auto-brilhantes. Um vexame. Mas como a minha condição é a de devota dos meus amores, abro mão de todos os pruridos e faço o que os faz felizes a eles e ponto final.
À vinda para casa, conversei com os dois rapazinhos da minha filha e, à despedida, o mais novo, o que fez sete, perguntou como se chamava a quinta filha daquela família que só tinha meninas, a Pata, a Peta, a Pita e a Pota. Pelo inesperado, ri e disse que não podia responder, que ele me estava a sair um belo malandro. E ele: 'Porquê? A menina chamava-se Maria'.
Ainda me estava a rir quando liguei à minha mãe.
Depois fui ver a menina que ontem passou por uma cirurgia com anestesia geral. Hoje estava fresca, como se nada se tivesse passado. Tem que ficar uma semana em casa e tem que fazer dieta mas, quem não saiba jamais desconfiará. Em contrapartida, o mano bebé estava cheio de febre, embora mal o ben-u-ron tenha começado a fazer efeito, tivesse também ficado fino como um alho. Depois chegou o mano do meio, que vinha do judo com o pai. Radiantes e brincalhões, todos.
Ontem toda a gente deu cromos à menina (todos menos eu...) e ela esteve a mostrar-me a caderneta e os que tem repetidos. É a colecção das Lol, umas meninas gaiteiras, cheias de brilhantes à volta. Depois perguntou se eu gostava que ela me colasse um na carteira do telemóvel. Aí desarmou-me. Sou furiosamente anti-piroseiras mas senti que desvalorizaria a sua ideia se recusasse. Como tendo muito a deixar cair telemóveis e dei cabo de alguns, agora tenho o actual dentro de uma espécie de capa que supostamente o protege. Infelizmente, sempre que precisei que o fizesse, não resultou lá muito, mas enfim. Mas é uma capa preta do mais discreto que há. Então, face à generosidade da minha menina, disse que sim, na parte de dentro. Perguntou qual a boneca de que eu mais gostava. Disse que ela pusesse a de que gostava menos. Disse que gostava de todas e que eu escolhesse a mais bonita. E assim fiz. Ficou toda contente. Depois disse que eu podia escolher outra para pôr na parte de fora. E eu, perdida por cem, perdida por mil, escolhi. Uma coisa que, em condições normais, não lembraria ao diabo. Nem imagino como vou andar de telemóvel na mão com meninas Lol auto-colantes e auto-brilhantes. Um vexame. Mas como a minha condição é a de devota dos meus amores, abro mão de todos os pruridos e faço o que os faz felizes a eles e ponto final.
Mas ando cansada e agora que acordei estou já a pensar nos dias que aí vêm. Dias loucos até às férias e, na verdade, até ao fim do ano. É a economia a abrir à força toda -- investimentos, internacionalizações, modernizações -- e tudo o que se conteve durante os últimos anos, irrompe agora com sentido de urgência.
Julia Roberts |
Mas enfim, é fim de semana e não quero pensar em nada disto. Quero é dormir, passear, ler. Claro que não tendo máquina fotográfica de jeito, o entusiasmo esfria um bocado. A nano máquina não me enche as mãos, quanto mais as medidas. Mas, não tarda, faço anos pelo que pode ser que alguma alma caridosa se apiede de mim.
E pronto, fico-me por aqui porque tenho mesmo que ir dormir. Continuo com mails (pessoais) importantes para responder (importantes para mim, sobretudo), continuo faltista em relação a tantas coisas, a telefonemas para amigos, a palavras de afecto para quem o espera. Mas o meu tempo não estica mais. Nem alguns dos blogs que gosto de seguir diariamente tenho conseguido ver.
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Fotografias do Velvet Code, um espaço onde se divulgam imagens pouco conhecidas de figuras públicas bem conhecidas.
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