Não estou inspirada para puxar à mente temas laboriosos, espirituosos ou glamorosos. Os dias têm decorrido pressurosos e, em chegando à noite, tal a dormência que me vem atacando, só me ocorrem temas ociosos. Ou gulosos. Ou isso ou outros temas copiosos desde que, claro está, acabem em osos.
Por isso, não se estranhe que, à míngua de temas endógenos ou de sapiência osmótica, me dê para preguiçar para as bandas dos onlines desta vida. Mas a canseira é tal que dá coceira mental. Por isso, deslizando pl'o The Guardian, não me fixei em nada senão na Little Lola Sunshine.
E lembrei-me da minha mãe. Não que tenha parecenças com a Little Lola mas por outra coisa. No outro dia, eu tinha ido buscá-la e, à janela da moradia em frente, vi um vulto. Míope como sou fiquei na dúvida se era a vizinha se era um gato. A minha mãe disse: 'Não vês que não é ela? Ela é loura'.
Entretanto, arrancámos. A conversa continuou. Perguntei: 'Seria o Liszt?'. A minha mãe elucidou: 'Não. Deve ser outro. O Liszt morreu'. Não sabia. Tive pena. 'Imagino o desgosto dela...'. A minha mãe disse: 'Podes crer. Era como um filho'. E contou como a vizinha até se ofendia quando se referiam a Liszt como 'o gato'. E continuou: 'Era o Liszt e era a Mimi.'
Fiquei, de novo, muito admirada: 'Era...? Ah... A Mimi também...?'.
A minha mãe confirmou. 'E o que ela também gostava da Mimi'. E ilustrou: 'Diz que a Mimi cantava os Jingle Bells'. E, dizendo isto, desatou a rir. 'Cantava...?' A minha mãe explicou, perdida de riso: ' Pelo Natal, ela fazia um bolo para a Mimi e todos cantavam o Jingle Bells. E a Mimi fazia assim...' e a minha mãe imitou os dotes corais da Mimi.
O meu marido ia ao volante e, como sempre, nem ai nem ui. Eu a rir a bom rir, a minha mãe perdida de riso a ganir em tom natalício e ele, como se fosse surdo, nem um little smile.
O meu marido ia ao volante e, como sempre, nem ai nem ui. Eu a rir a bom rir, a minha mãe perdida de riso a ganir em tom natalício e ele, como se fosse surdo, nem um little smile.
Mas, enfim, no The Guardian não foi nenhum destes que ali apareceu e que prendeu a minha atenção. Foi mesmo a Little Lola Sunshine.
A Yorkshire terrier, used as a model and named Little Lola Sunshine, is festooned with feathery attire and shades during Paris fashion week
Finésima, a Little Lola. Tomara eu ter tanta pinta. A ver se lhe imito o estilo. Amanhã, que não sei o que hei-de vestir, ainda me ponho assim. Há bocado estive a experimentar algumas peças e não cheguei a nenhum consenso. Ou isso ou ainda faço é como a senhora aqui de baixo que, só para não aturar o ar enfadado dos filhos que achavam todas as suas toilettes embaraçosas, tomou uma decisão radical. Acho que vou é nessa.
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E queiram continuar a descer que no post abaixo, qual serviço público, tenho um doutor a explicar como se põe um colírio. E tenho um modelo de burca muito polivalente. E um senhor que, em vez de soprar para o balão... (não digo o resto para não estragar a surpresa). Mas aviso desde já: vão com calma. E com espírito aberto.
Avisei.
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