No outro dia descobri uma fragância de violeta. Foi logo. O santo graal. Há anos que andava atrás de essência de violeta.
O frasco é bonito, a tampa mimosa e alegre na sua criativdade -- mas acho que não tem nada a ver. Deveria ser dourado com inscrições em violeta, ou dourado com toque de veludo lilás. Coisa assim. Mas não.
Tal como num livro não me é indiferente a capa ou a paginação, também num perfume sou sensível à elegância do frasco ou à coerência da tampa.Mas, enfim, quando, de manhã, a coloco regresso a dias felizes da infância, a vasinhos de violetas, a um frasquinho lindo e pequenino que ofereci à minha mãe.
No entanto, mal ao fim do dia chego ao pé do meu marido, ele mostra que qualquer coisa ali não está de feição: 'Que perfume é esse?' E eu, que o conheço bem, sei que isso significa que preferia que eu me tivesse mantido fiel. Bem tento dizer-lhe que é o maravilhoso perfuminho novo; mas não o convenço. Penso que é o problema de sempre: a transformação dos perfumes ao longo do dia pelo contacto com a minha pele não é aquela que mais aprecio (e o meu marido, pelos vistos, também não). Parece que perdem as notas florais para que sobressaiam sobretudo as mais adocicadas.
E, embora os perfumes adocicados estejam tão na moda, não fazem o meu género.
Por isso, inevitavelmente regresso à casa de partida. Chanel.
Contudo, aproveitei as ocasições presentícias para ousar: Cristalle, 19, Coco. Diferentes e todos perfeitos. E perfeitos ao longo do dia. Chego à noite e o toque ainda é fresco, subtil. No entanto, claro que me mantenho fiel ao meu verdadeiro amor. Nº 5. Parece que floresce ao contacto com a minha pele.
Contudo, aproveitei as ocasições presentícias para ousar: Cristalle, 19, Coco. Diferentes e todos perfeitos. E perfeitos ao longo do dia. Chego à noite e o toque ainda é fresco, subtil. No entanto, claro que me mantenho fiel ao meu verdadeiro amor. Nº 5. Parece que floresce ao contacto com a minha pele.
Bem. Vem isto a propósito de.
Saíu novo Coco Mademoiselle e, com ele, saíu o novo vídeo. A sedução, a irreverência de sempre. Keira Knightley é uma vez mais a sedutora a que, verdadeiramente, ninguém consegue deitar a mão. Johan Renck é, de novo, o realizador escolhido.
E a propósito, apesar de não ser de agora, a graça das camélias e o seu poder na marca Chanel.
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