Não sou de me exibir, nem aqui nem em qualquer outro lugar. Não me acho interessante enquanto objecto. Por exemplo, não sou como este aqui acima que tem uma mais valia relevante. Eu não. Sou banal. Por exemplo, não tenho maminhas à frente e maminhas nas costas. Gosto de fotografar, não de ser fotografada.
Apenas uma vez aqui me mostrei. Quando o Um Jeito Manso se aproximava perigosamente dos dois milhões de visitas, o meu marido, ao perguntar-lhe eu como me sugeria que assinalasse o momento, voltou a dizer-me que me desse a conhecer melhor. Depois de começar por rejeitar a ideia, fiquei a pensar e ocorreu-me que, então, me fotografasse ele. Assim o fez. E foi assim que, nesse post, não apenas se ouve a nossa conversa como se pode ver a misteriosa autora deste blog.
Quando no outro dia cheguei às 2.500.000 visitas pensei voltar a pedir-lhe que me fotografasse e, em cima da imagem, photoshopá-la de forma a ocultar a minha identidade mas inserindo-lhe algum humor. Mas nem tenho sapiência para fazer isso de forma ágil ou artística nem me sobra disponibilidade para aprendizagens nestes domínios. Portanto, não fiz nada e, de resto, esqueci-me da ideia e, quando dei por ela, e foi a partir de um mail de um Leitor, já ia avançada nos dois milhões e quinhentas e muitas mil.
Um casal de outro mundo flutuando sobre o varandim da escadaria |
Um dia em que me sobre tempo ainda me hei-de aventurar a ver se consigo pôr umas asas a sair-me das costas, umas mãos compridas das quais jorrem palavras, uns olhos dos quais jorrem cores, uma boca da qual jorrem sorrisos, umas pernas das quais jorrem mares, uns cabelos dos quais nasçam árvores e, por cima, mil luas, mil sóis. Coisa assim. E, no fundo, poemas, músicas, flores, montes, pássaros, veleiros, frutos doces e maduros. Coisa simples, portanto.
E, se ficar imperfeito, paciência. Não sou perfeccionista. Até porque se há coisa a que acho graça é a manipulações fotográficas desajeitadas. Há-as deliberadamente amalucadas e há aquelas em que, simplesmente, a coisa não correu lá muito bem.
Estas que aqui tenho são acidentes que terão resultado de distração, pressas ou ajuste de contas com os visados.
Se eu fosse jeitosa na arte de manobrar o photoshop também podia tentar fazer graças 'acidentais' como estas. Ainda há um ou dois dias, vi o ex-irrevogável aí num debate qualquer, todo ele prosa e pose, e fiquei danadinha para o fotografar para logo o desconstruir e voltar a construir com ainda mais garbo, feito empresário vintage e com um láparo no bolso. Ou, agora que estou a ver na televisão a notícia sobre aquilo de que falo no post abaixo -- a incontinente bizarria de Dom Clemas --, era bom que conseguisse pô-lo, qual Diácono Remédios, a enfiar-se na cama de desnudos casais pecadores para os impedir de chegarem a vias de facto, 'oh meus amigos, não havia nechechidade'. Mas, para a coisa ter graça, pô-lo-ia a ele próprio castamente nu (para lhes provar que se pode conversar em regime de tête-a-tête, nu em pêlo, como os casados o fazem e, ainda assim, não se pecar). Bem, todo nu se calhar não que, provavelmente, as pessoas de bem não se põem nuas. Talvez com uma púdica e discreta cuequinha em lycra nude e com uma cruz na mão para afugentar o capeta, mas tendo o cuidado de o pôr a segurar a cruz de forma benevolente, jamais sado-inquisitorial.
Mas, claro está, tudo acidente meu de photoshop - 'Uuupsss, a cara não era para ser a dele. Queria a cara de uma santa figura do Tiepolo e, sem querer, saíu-me a de Senhor Dom. Não sei como. Totalmente involuntário, Inabilidade minha. Sorry. Passa a vida a acontecer-me. Caraças. Tenho que me deixar disto, troco sempre as mãos e, vai daí, sem saber como, aparecem-me as caras trocadas.'
Upsss... Estava a retocar a rainha... Upsss... que nabice a minha... nem sei como... troquei as caras.... Sorry. |
Adiante.
Por aqui me fico. Era para falar de um tema já aqui antes abordado, o das bonecas sexuais com inteligência artificial, mas o tema pede recato e eu, com o sono com que estou, já não consigo articular três palavras de seguida quanto mais debruçar-me sobre um assunto tão dado a profundidades, declinações e cálculos diferenciais. Não. Para pegar nelas, não apenas tenho que estar de luvas como tenho que ter pelo menos três neurórios a funcionar. Não hoje, portanto.
Uma nadadora a quem o exercício fez crescer o braço (para além de lhe dar uma boa elasticidade) A ver se na fisioterapia, quando lá conseguir ir, me conseguem ginasticar desta boa maneira |
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E queiram espreitar a árvore aqui abaixo para verem o safado do macaquinho empatador.
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