quarta-feira, abril 26, 2017

Hugo Soares e João Almeida, a geração rançosa que não consegue tirar o sarro pafioso que se lhes colou à pele.
E a companhia que procuro para limpar o espírito: John Berger, Michael Ondaatje


John Berger, “Ways of Seeing”

No vídeo abaixo, John Berger conversa com Michael Ondaatje e o que eu gosto de ouvir falar assim. Podia passar dias a ouvir falar pessoas como eles. Quanto mais a poluição me cerca, mais eu preciso de me isolar junto de quem usa palavras limpas.

Talvez o mal esteja em mim que não sei fugir para onde não se ouçam os comentadores e os deputados descarados ou os homens e mulheres dos aparelhos partidários velhos e relhos. De vez em quando distraio-me e dou por mim, sem querer, a ver na televisão gente como um tal Hugo Soares do PSD que, qual Kardashian da política, é conhecido por ser conhecido (e tem como currículo o ser do aparelho do PSD e aparecer a dizer coisas que não significam nada ou que, desinspiradamente, tentam reescrever a história) ou o João Almeida do CDS que, por mais barba que deixe crescer, nunca perde o ar de bebé chorão que não tem um uma ideia fresca naquela cabeça.


Cansa-me tanta falta de qualidade. Cansa-me a Cristas que não tem vergonha e tenta desesperadamente falar por parangonas, cansa-me a Leal ao Coelho que é um dos poucos animais sem vida que o PSD ainda arrasta juntamente com um póstumo Passos Coelho, cansa-me toda essa gente que não percebe que não acrescenta nada, que deslustra a política.

Por isso, agora, a ver se me animo, tenho estado entretida a ouvir gente inteligente. É tão bom ouvir ou ler as palavras de gente inteligente. 

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John Berger conversa com Michael Ondaatje


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Michael Ondaatje: a música nas palavras



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