quarta-feira, março 22, 2017

Para sempre irreal,
para sempre obscena,
para sempre inocente
Serenidade, és minha.



Vem,  serenidade!
Vem cobrir a longa
fadiga dos homens,
este antigo desejo de nunca ser feliz



Vem, serenidade,
vem com a madrugada,
vem com os anjos de oiro que fugiram da Lua,
com as núvens que proíbem o céu,
vem com o nevoeiro.



Com as horas maiúsculas do cio,
com os músculos inchados da preguiça,
vem, serenidade!




Vem, com o perturbante mistério dos cabelos,
o riso que não é da boca nem dos dentes
mas que se espalha, inteiro,
num corpo alucinado de bandeira.


Neste Dia da Poesia.

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(Transcrevi curtos excertos da poesia que pode ser ouvida no vídeo acima da autoria do Cine Povero)

Fotografias da National Geographic a propósito da Primavera.

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