sábado, fevereiro 04, 2017

Conversa à toa e um palhaço filósofo que não tem nada a ver com a conversa



Hoje os meninos já não dormem cá, já estão nas suas caminhas. O pai regressou, a família reuniu-se. No outro dia o menino dizia à mãe que estava com saudades da sua banheira e a mim disse: 'já estou com saudades do papá'. Depois mudou de conversa. No entanto, nunca quis falar com o pai pelo telemóvel. Enquando o pai falava, ele fazia palhaçadas. Ela não. Via ou ouvia o pai no telemóvel e toda se derretia 'papá...' e queria saber se lá era de dia ou de noite, se nevava e o que andava ele a fazer numa escola. 

De manhã, ao perguntar-lhe o que queria calçar, ela saía do quarto, ia ver como estava o tempo. Pensava eu que ia à varanda da cozinha ver o tempo a sul. Um dia disse, eu abro as janelas da varanda da sala, escusas de ir ao outro lado. Não. Ia ver ao telemóvel da mamã. Ia ver o site de meterologia. Informações precisas. Vai chover mas só até às 9h. De tarde há sol. Por isso, não eram precisas galochas. Senti-me info excluída. De manhã, ao levantar-me, espreito o rio e o céu que o cerca. Assim, me abeiro do tempo do dia.

Esta noite já aqui não tive, pois, o jogo da glória, as batotas dele e a focalização dela, todos os dias a ganhar. Mas estou descansada. Sinto-me sempre melhor quando as minhas asas conseguem alcançar os meus pintos, apesar dos meus pintos estarem longe de precisar das asas da mãe. Mas quando se nasce mãe-galinha, o tempo só acentua essa faceta.


Talvez pelo silêncio, à noite cheguei à sala e adormeci profundamente. O dia foi agitado. À hora de almoço tive vontade de ir ao Almada. Cheguei até lá. Mas percebi que não tinha tempo. A exposição é grande, requer uma visita sem horário. Vai estar até Junho, tenho tempo. Cruzei-me por lá com um e pensei que podia muito bem ser um dos bloggers que acompanho. Mas sei lá.

Não tenho podido acompanhar as notícias com atenção tal como não tenho respondido a mails ou a comentários. 

E, para mais, estava já refeita do torcicolo e, como sempre, mal estou bem esqueço-me de quando estou mal. No outro dia, estavamos sentados nas camas dos meninos e a mamã e a menina estavam a falar com o papá. Como sempre, ele a fazer das dele. Naquele dia deu-lhe para se atirar a mim, fazer-me cair sobre a cama, subir-me para o pescoço, saltar-me por cima. O meu marido entrou lá naquela altura e disse: 'deves ficar bonita, com ele a saltar-te em cima dessa maneira... e tu deixas... e ris...' E é, o menino é um judoca a sério e é um irrequieto e tem tamanha energia e alegria que me contagia. A verdade é que ainda não devia ter os músculos do pescoço bem curados e, de manhã, estava outra vez aflita. O meu marido arrelia-se 'Mas não haverias de estar...? com o que deixaste que o puto te fizesse... ' Por isso a noite passada dormi mal, dores no pescoço. E ainda me dói. Não quero tomar nenhum analgésico ou relaxante muscular senão fico outra vez pedrada com vontade de dormir durante uma semana inteira.


Este meu fim de semana promete mas, para começar, a ver se faço a vontade ao meu marido e vou à cabeleireira. Há mais de dois ou três anos que não vou. Corto o cabelo em casa e sinto-me bem com o cabelo descontraído, a l'aise. Mas ele diz que eu devia tentar 'normalizar' ligeiramente o cabelo. Ao jantar, foi tema de conversa. Falaram-me em alisá-lo. Mas não consigo imaginar-me de cabelo liso e muito penteada. A ver se vou mesmo ou se arranjo maneira de me arrepender. 


Também já não vou ao cinema há mais de um mês. Tenho curiosidade em ver o Moonlight mas não sei se me apetece ir no sábado. Talvez noutro dia. Logo se vê.

Agora vou descansar senão não consigo levantar-me cedo e isso servirá automaticamente de desculpa para não ir à cabeleireira.

Entretanto, deixo-vos com um vídeo que vi há pouco, enquanto tentava acordar, e de que gostei. As últimas imagens são muito bonitas.

Tal como as fotografias que usei aqui, tem a marca National Geographic.


Rooted in physical comedy, clowning has transcended cultural barriers since ancient times. In this short film by the American Theatre Wing, enter the whimsical world of philosopher Slava Polunin and follow clowns through their routines.


O palhaço filósofo  que vive num mundo maravilhoso




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Permitam ainda que vos recomende o vídeo abaixo, sobre as razões biológicas das opções políticas.


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2 comentários:

  1. Pois é, eles são mesmo viciantes.
    Alteram-nos as rotinas, fazem-nos sentir das suas idades, não nos levam a sério e conseguem que esqueçamos dores e outros incómodos.
    São o melhor da vida.
    Bom fim de semana, sem muitas saudades deles.

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  2. Venho deixar-lhe aqui parabéns pela chegada do seu quinto pimentinha e votos de muitas felicidades.
    Peço desculpa, mas não vejo o link para comentários no post respectivo.

    Uma abraço.

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