Desde há uns dias andava cansada, com alguma dor de cabeça, a sentir-me murcha. Como nada disto me é usual, pensei que não estava lá muito bem.
Passei o dia de natal e o dia a seguir a caminho de casa dos meus pais, preocupada, a minha mãe com gripe, muito abananada, com febre. Com a idade que tem e com esta estirpe de gripe que por aí anda fiquei apreensiva. Não sou fatalista mas nos últimos dias morreram as mães de três conhecidos. Sintomas um bocado idênticos, fraqueza e tiro e queda. Chamou-se médico a casa. Pulmões limpos mas repouso, muitos líquidos, medicação até passar. Lá fomos à procura de farmácia de serviço no dia de natal.
Na segunda feira tinha metido dia de férias. O meu corpo estava a pedir descanso, a minha cabeça tréguas.
Zero. Na segunda-feira era o meu pai. Tosse permanente, febre. Para agravar, não quer a cabeceira da cama levantada. Quase afogado na tosse. E a minha mãe fraca, muito apanhada. Médico a casa. Necessidade de antibiótico e mais isto, aquilo e o outro. E eu de roda deles.
Às tantas, recebo um sms. Vou ver. Era do meu marido que estava lá na sala, a avisar-me para não andar completamente de volta deles e para lavar as mãos.
E à noite eu já com frio, frio, a cabeça a incomodar-me. Fui trabalhar mas a sentir que não estava na forma normal.
Esta quarta-feira mais um dia de férias para ficar com dois dos pimentinhas. Mas toda eu arrepios, os olhos vermelhos, a arder, a cabeça a estalar, o corpo dorido.
Agasalhada, com chapéu (a minha filha deu-me um chapéu lindo), lá fui com eles para um parque infantil. O meu filho também de férias juntou-se-nos mas apenas com o mais novo porque a menininha tinha ido ao médico com a mãe, tosse, febre.
Para começar, quando lá cheguei vi que me tinha esquecido do telemóvel em casa. E o meu filho ainda sem chegar, se calhar a ligar-me para ver onde é que eu andava. Imaginei: vai ligar para o pai, o pai vai ligar e eu não atendo, vai ser logo um drama.
Lá fui com os dois irrequietos rapazes a uma pastelaria pedir se me deixavam telefonear. Felizmente tenho um papel mínimo, já meio gasto, com alguns números (porque não sei nenhum número de cor, só meu e o fixo de casa da minha mãe). Liguei ao meu marido. Atendeu-me furioso, que sou sempre assim, despistada, que já estavam fartos de me ligar e de ligar um para o outro, já preocupados, há mais de meia hora.
Passado um bocado, lá chegou o meu filho. Jogo de futebol, viril, sarrafada de criar bicho. Três pimentinhas e um pimentarolas, a jogarem a sério, com faltas, discussões. E eu enregelada.
Depois fomos lanchar. À chegada perto cá de casa, ainda aproveitaram para uma futebolada. E eu toda apanhada.
Ao fim da tarde, já sozinha em casa, enrolei-me numa manta e dormi, dormi. Não tenho feito outra coisa senão dormir. Acho que estou com febre. Dói-me a cabeça, dói-me o corpo. Já tomei um comprimido. Ainda não começou a fazer efeito. Se calhar mais daqui a nada vou tomar paracetamol.
Gostava de ser capaz de escrever alguma coisa minimamente de jeito e não sei sobre o quê. Está a dar uma entrevista ao Júlio Isidro. É um homem inteligente e equilibrado. Mas não consigo prestar muita atenção. A sala está quente e eu super agasalhada mas não me passa o frio e o mal-estar. Também me está a doer a garganta.
A médica que foi ver o meu pai e o médico que foi ver a minha mãe acharam que mais valia ficarem em casa, em repouso, a beberem líquidos e a serem medicados, pois, disseram e vi na televisão, os hospitais estão caóticos.
Já lhes telefonei hoje umas três vezes. Parece que estão melhores. Mas agora está doente a senhora que vai lá a casa tratar da higiene e das refeições do meu pai e dar um jeito na casa. Tomara que não vá à cama, senão como é que ficam os meus pais?
Ai....
Ai....
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As fotografias mostram arranjos florais que o florista Geoffroy Mottart espalha pelas estátuas de Bruxelas, fotografando-as ao abrigo de um projecto a que deu o nome de Fleurissements. Não têm nada a ver com o que escrevi. Só se for pelo facto de eu achar que era bem bom que me apetecesse ter flores a enfeitar o cabelo.
A música é um bocado mal empregada aqui mas é o que suporto ouvir. Trancrevo directamente do youtube:
"O Virgin Pure”, Hymn of Saint Nectarios, num arranjo vocal e musical de Vassilis Tsabropoulos
Voz: Nektaria Karantzi; Piano: Vassilis Tsabropoulos
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Um dia feliz para vocês, meus Caros Leitores, e saúde.
Abifem-se e abafem-se a ver se escapam a esta malvada gripe.
melhorinhas de tanta doença. Isso é quase uma avalanche. Mas por vezes acontece.
ResponderEliminarAbifem-se, avinhem-se e abafem-se, assim é que está correto.
ResponderEliminarE aconselho a UJM que se avinhe com um tinto bom da minha região da Bairrada, com moderação, vai ver que fica muito melhor!
Um Bom Ano!
UC
a duas semanas penei das 10 da noite de domingo ás 5h30 no S.João para ser atendido, e no Sábado 3 horas em famalicão,como não fui com a cara da médica que saiu-me na rifa, vim embora e no dia seguinte, fui ao S.joão e finalmente só num médico particular é que comecei a ter melhoras, no meu caso tenho bronquite, uma semana não conseguia estar na cama, esperava pelas 5 da manhã para não parecer muito mal e ía passear, nessa semana devo ter dormido 10 horas.
ResponderEliminartenho pavor da gripe, espero sempre fora, e olho pelo vidro para ver quando é a minha vez, nos serviços nesta altura
Bob Marley
não disse um Bom Natal ,mas desejo-lhe um Bom Ano, para mim este é para esquecer
Ontem estava tão azamboada que nem agradeci... Obrigada pelo vosso cuidado. Parece que já me sinto melhor.
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