quarta-feira, novembro 16, 2016

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos


Enquanto troco mails com alguém que não responde ao que pergunto ou que me envia links e tabelas quando apenas quero uma resposta simples e quando penso que não é a esta hora que deviam estar a pedir-me para resolver coisas para as quais não tenho informação suficiente quando nem conseguem responder-me a perguntas simples, tenho uma de três opções: 
  • ou faço de conta que não ouço os mails a chegarem e amanhã, quando tiver tempo, logo me ocupo disto; 
  • ou digo, com todas as letras que, se acham que está é a hora boa para me pedirem decisões então que, ao menos, venham com as lições na ponta da língua, 
  • ou faço o que estou agora a fazer -- a esforçar-me por ter paciência.
Paciência, pois. Em vez de descansar, estou em esforço, um tremendo esforço para ter paciência. Paciência.

Para o conseguir, dou comigo a procurar flores, reflexos de flores na água e a ouvir santas palavras.

Outro mail. Tlim. Devia tirar o sono a isto. Tenho sono, apetece-me descansar a cabeça e ler palavrinhas boas, ouvir musiquinhas serenas e estou nisto, mail para aqui, mail para acolá. 

Pausa. Pausa. Respirar fundo.

Deixa cá ver se me santifico:
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.



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